Grávida de um mafioso romance Capítulo 10

_eu acho que Kai deve me odiar, ainda bem que ele não me conhece, nem sabe meu nome e o melhor, o apelido foi citado na história como que se a equipe tivesse tido a ideia em conjunto_ sorrio sabendo que ele nunca iria saber quem foi a pessoa que lhe deu esse apelido.

_e você não tem medo de dizer isso para mim?_ vejo que Luigi não dava nenhuma risada ao contrário de mim que mal conseguia falar.

_por que eu teria? Há, por acaso você é o próprio Kai? O tirano?_ solto outra risada não aguentando mais.

_e se eu for o próprio?_ ele me olha com uma sobrancelha levantada como se estive me desafiando.

_não, você não poderia ser ele_ estou tentando recuperar meu fôlego com muita dificuldade. Tenho que manerar, minha barriga ja está começando à doer.

_e por que eu não poderia ser ele? Até então você nem sabe direito quem eu sou e muito menos o que eu estava fazendo naquele casamento. Eu poderia está disfarçado...

_sem chance! Você é um tesão de gostoso e o Kai ninguém nunca viu a cara, duvido muito que sejam a mesma pessoa_gesticulo e Luigi me olha atentamente_ eu tenho uma teoria de que esse tal filho mais velho do sr. Benacci seja muito feio e por isso não gosta de fotos, assim explicaria o fato de que ninguém ter uma foto dele.

Luigi agora estava explodindo em risadas e o som da sua risada faz com que me junte a ele, ambos rindo igual á dois malucos pelas ruas de Roma.

_eu amo o seu senso de humor, eu nunca que teria pensado em uma teoria como essas!_ ele sorri para mim e me derreto toda no banco.

Ainda bem que estou sentada!

_você tem que concordar que essa é uma boa teoria!_ minhas palavras fazem com que seu sorriso se alargue ainda mais. Rimos por alguns minutos aproveitando aquele momento descontraído.

Eu acho que nunca ri tanto em uma noite como hoje, Luigi me faz sentir mais leve também, queria passar mais tempo com ele, gostaria de tê-lo conhecido desde que cheguei na Itália, assim ficaria a semana toda junto dele. Mesmo ele sendo um total desconhecido eu me sentia bem, muito muito perto dele.

E não estou falando só da sua presença perigosamente tentadora, eu não sou tão tarada assim!

_tenho que te levar para o seu hotel antes que fique muito tarde, vamos!_ ele se levanta em um pulo animado e estende uma mão para mim para me ajudar a levantar.

Fico em pé com os pés descalsos sobre o chão da calçada fria, tenho que dizer que mesmo não sendo tão chique ou apropriado, a frieza nos meus pés quentes me fazem relaxar, assim como o vento frio que passava.

_me diz o endereço do seu hotel que eu te levo_ ele pega o celular para ver a hora na tela do mesmo.

_tem um probleminha...eu não sei o endereço, Melissa só me levou e me buscou de lá e eu também não sei o nome de nenhuma rua próxima.

_hm, você sabe o nome do hotel?_ ele parece calmo, com certeza deveria conhecer todos os hotéis em Roma.

Até porque ele mora aqui, dã Carolina.

_também não sei_ dou um sorrisinho sem graça, já imagino que vou levar uma bronca de Mariana, ela vai ficar furiosa porque eu sei nem o nome do bairro e nem da rua, ou até mesmo o nome do hotel em que eu fiquei hospedada por uma semana.

_tudo bem...você sabe pelo menos o nome do dono do hotel? Isso poderia ajudar um pouco a encontrar o lugar.

_também não sei_ abaixo a cabeça com vergonha, a mesma reação de quando uma criança faz besteira e os pais descobrem.

_como você fica num hotel e não sabe o nome do dono? Ou do gerente?_ me pergunto se saber o nome do gerente ajudaria em alguma coisa, como ele poderia achar o hotel em que estou hospedada através do nome do gerente?

Como ele havia dito antes, ele já trabalhou como gigolô e acho que por isso ele conhece tantos hotéis.

O bichinho deveria ser bastante rodado para saber o nome de todos os gerentes de todos os hotéis de Roma...fico curiosa para saber se ele já dormiu com homens...

_desculpa, eu não sei mesmo..._ fico totalmente sem graça e envergonhada por não ter pensado em como iria para casa, eu tinha muita confiança em que Melissa fosse me levar de volta. Agradeço por não estar sozinha nesse momento, caso senão eu estaria vagando perdida pelas ruas de Roma sem nem sequer saber falar uma palavra em italiano.

Se eu não estivesse com o meu italiano gato...eu estaria ferrada!

_Carolina, você ficou uma semana inteira naquele hotel e pelo que me contou, você esbarrou com o gerente mais de uma vez, como você não sabe ou perguntou o nome dele em uma dessas vezes?_ seu tom era calmo mas também sério.

_de início eu estava em negação, eu não queria acreditar que tinha ficado num fim de mundo igual aquele...e também eu fiquei com vergonha de perguntar o nome do homem de bigode engraçado como ele se chamava depois de esbarrar tantas vezes com ele durante a semana...seria estranho eu perguntar o nome dele depois de tanto tempo...e eu também não sabia que isso aconteceria!

_tudo bem, calma, tudo vai se resolver...você disse que o homem tinha um bigode engraçado?_ aceno com a cabeça que sim_ tenho que fazer uma ligação, eu já volto_ ele anda um pouco distante de mim e começa a ligar para alguém.

Por estar um pouco longe não consigo ouvir nada do que ele está dizendo para a outra pessoa na chamada. Esqueço um pouco de Luigi e pego meu celular dentro da bolsa que estava úmida agora, o seguro melancolicamente em minhas mãos e penso em todas as aventuras que passamos juntos. Eu com certeza tinha mais momentos felizes com esse celular do que eu tinha com os meus próprios familiares.

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