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Capítulo 136
- Luigi! - Carol estava no meio da sala gritando e olhando para todos os lados. Atordoada, como se estivesse procurando por algo.
Mas acho que a pergunta deveria ser por quem?
- Carolina? - Luigi invade a sala, inspecionando cada canto que os olhos de Carolina haviam passado. Procurando por alguma ameaça que a deixasse nesse estado desesperado.
Eu estava logo atrás, procurando por algo perigoso também. Não acredito que as Ferrazas tentariam um ataque tão cedo, e ainda por cima, na casa de Luigi.
Como elas conseguiram passar pela segurança e pelo alarme?
Pego a arma guardada cuidadosamente no bolso interno do meu terno e me preparo para qualquer que fosse o truque da vez.
- Carolina, o que aconteceu? - Luigi se aproxima de Carol preocupado, mas então seus olhos baixaram para a roupa que ela vestia. Meus olhos também se prendem no vestido de tricô em cores em tons pastéis, a peça parecia se adaptar muito bem á barriga redonda de cinco meses, um sobretudo marfim cobria seus ombros e suas costas - aonde você...
Antes que ele conseguisse questionar para onde ela pretendia ir vestida daquela forma, Carol olha para trás na minha direção...não, ela olha através de mim, para o canto mais baixo e um sorriso forma em seus lábios.
- Luigi! - ela diz alto e um som peculiar e inofensivo preenche a sala, patas muito pequenas batiam contra o piso e me viro guardando de volta a arma no bolso, o pequeno filhote de labrador de apenas um mês estava correndo na direção de Carolina, passando por debaixo das pernas de Luigi e parando nos saltos da dona. Parecia ter se acostumado muito rápido com ela.
Acho que a pergunta seria: quem não se acostumaria com Carolina?
- Luigi, aonde você estava? Fiquei preocupada - ela se agacha com muita dificuldade e eleva o filhote com ambas as mãos, falando com o mesmo como se fosse uma criança pequena.
Não acredito que ela colocou o nome do cachorro de Luigi!
Prendo meus lábios entre os dentes para conter o riso, fico imaginando a cara do Sr.Giovanni se ouvisse a Carolina chamando um cachorro pelo nome do seu filho.
Ele na certa mandaria dar um fim no pobre do cãozinho.
Olho para Luigi que estava parado com a cena na sua frente, sua expressão ia de alívio para raiva. Ele tinha ficado tão tenso quando ouviu os gritos escandalosos de Carolina que parecia temer que algo ruim acontecesse. Era como se ele sentisse que algo estava por vir.
Eu também tinha essa sensação, como se estivéssemos sentindo a ansiedade de um prelúdio do mal que condenava Luigi. Mas então o alívio havia o tomado quando percebeu que ela estava intacta e segura, apesar dos berros no meio da sala.
Mas como se tudo voltasse ao normal, a raiva pairava sobre se olhos verdes ao olhar o cachorrinho, que Carol batizou com o nome dele.
Se Luigi juntar as peças vai perceber que ela só fez isso para irritá-lo, porque se mordeu de ciúmes de ver a nova assistente dele em sua casa, a mesma mulher que ela havia visto aos beijos com seu noivo no dia da oficialização do compromisso dos dois. Era compreensível ela estar com raiva e querer de alguma forma o atingir.
- Quando foi que você comprou esse cachorro, Carolina? - ele pergunta cruzando os braços e tentando não demonstrar irritação, mas sua atuação era muito ruim, o que fez Carolina perceber e o atingir ainda mais forte onde o irritava.
Colocando sal na ferida...Carolina gostava de provocar e bater de frente para iniciar uma nova briga. Nunca vi uma grávida tão briguenta...
- Luigi? - ela se refere ao filhote e mostra o rostinho do filhote para o meu amigo. Não consigo segurar uma risada que me escapa assistindo aquela cena hilária. Luigi me lança um olhar severo e me apresso em abafar o riso com a mão - comprei hoje á caminho do bar.
Luigi me olha esperando uma explicação por eu não ter mencionado que Carolina tinha parado para comprar o cãozinho no meu relatório oral. Ele havia me chamado no seu escritório e antes de me mostrar a pulseira "básica" que ele comprou para Carolina, eu havia contado tudo o que aconteceu, por quais trajetos andamos, se tinha alguma movimentação estranha ou suspeita e até mesmo quantas pessoas estiveram perto da Carolina nessa tarde.
Quem estivesse vendo de fora poderia confundir ele com um psicopata obsessivo e ciumento, porém quem estava por dentro e sabendo de absolutamente todos os perigos que Carolina estava correndo ao pôr os pés na rua com as irmãs Ferraza estando na mesma cidade. No caso, apenas Luigi e eu, deveria ter certos cuidados.
E não achei que seria grande coisa avisar sobre uma parada repentina num pet shop para comprar um filhote de labrador que estava na vitrine. Não tinha risco algum naquilo mas receio que não deveria ter ocultado essa parte para Luigi. Se algo acontecesse á Carolina pela minha neglicencia ao não dizer uma parada que fizemos, eu jamais me perdoaria.
Não posso falhar com ela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Grávida de um mafioso
Continuação...
Onde está a continuação?...
Estou entrando em colapso preciso dos outros capítulos, só esse site é de graça 🥺...
Continua por favor,desde ontem que não saio do site só esperando o capítulo 190...
Preciso da continuação...