Grávida de um mafioso romance Capítulo 154

Indo até a localização da pessoa, que segundo Rex, havia ouvido mencionar o nome do Marco Almeida, sigo pela avenida e entro dentro de um pequeno cortiço de casas velhas e até abandonadas. Andando e entrando cada vez mais afundo naquele lugar, chego até uma casa no final com porta azul. Assim como o Rex disse que encontraria.

Me apresso em ficar na frente da porta e bater, eram oito horas da manhã então eu não incomodaria ninguém.

- Quem é? - uma voz feminina e bastante anasalada grita de dentro da casa e bato mais uma vez - mas que merda! Quem é que está batendo na minha porta uma hora dessas, caramba?! Já vai! Juro que se for você moleque, vou tacar um tijolo na sua cabeça e olha que nem vai adiantar correr, tem um monte de tijolos soltos nessa droga dessa parede então não vai dar problema nenhum eu pegar alguns e jogar em você! - ela abre a porta, me perguntando imediatamente quando me vê - quem é você? Te conheço?

Fico quase assustada com a agressividade dessa mulher e também do grande parentesco com a minha amiga. Claro, não eram iguais entretanto poderiam ser consideradas irmãs separadas na maternidade.

A mulher de voz anasalada era morena, de cabelos longos e olhos escuros, a boca larga e possuía duas olheiras abaixo dos cílios grandes e escuros.

Seu corpo magro estava vestido com uma regata preta e um short jeans rasgado até os bolsos. Parecia está olhando para algum tipo de parente distante de Carolina.

- Ah, não você não me conhece... - começo a explicar e ela fecha a porta na minha cara gritando de dentro que não queria ouvir nenhuma palavra de Deus ou comprar nenhum tapete ou cadeira de balanço. Por mais rude que a sua atitude tenha sido, persisto e bato na porta outra vez e ela abre com raiva - você por acaso é a Sabrina?

- Como sabes meu nome? Quem te contou? Pra quem você trabalha? - ela me enche de perguntas me observando dos pés até a cabeça e concluindo - não gosto de tiras e não falo com nenhum repórter. Se você está atrás de drogas, lamento dizer que está no lugar errado, o Paulo mora no andar de cima e pode te arrumar alguma coisa - Sabrina tenta fechar a porta na minha cara outra vez entretanto dessa vez eu coloco o pé na abertura da porta, impedindo que ela batesse - qual o seu problema, hein dona?

- Escuta aqui, eu vim até aqui porque preciso falar com você, minha amiga pode está correndo risco de vida e você é a única pista que tenho para me ajudar a montar esse quebra-cabeça - abaixo mais o tom da minha voz para não chamar a atenção de ninguém do lugar, esse bairro não era conhecido por ser bom receptivo de pessoas públicas e muito menos da mídia - por favor, preciso fazer algumas perguntas e nada mais.

Segundos depois eu já estava dentro da casa velha. A parte baixa das paredes estavam cheias de mofo, os móveis cheios de poeira e a cerâmica branca do chão estava amarelada, tento não me ater ao caus que estava a sala e foco na garota não muito mais nova que eu, sentada no sofá na minha frente com uma expressão suspeita.

De vista, eu poderia dizer que Sabrina teria uns vinte anos de idade e algum problema com bebida, presumir pelas inúmeras garrafas de vidro de cervejas vazias espalhadas por lugares da sala e boa parte do balcão da cozinha.

- Como você me encontrou? - ela pergunta ainda mantendo um certo receio e eu poderia entender, se o tal Marco fosse um tipo de psicopata e uma mulher desconhecida viesse bater na minha porta dizendo que queria fazer algumas perguntas e que a amiga estava correndo risco de vida, eu também duvidaria das suas intenções e teria receio de dizer qualquer coisa.

- Um garoto, o Rex, me falou que ouviu você mencionar o nome de um homem cujo venho procurando por informações - assim que menciono o garoto, a mulher revira os olhos e bufa, como se já estivesse farta, porém sua expressão muda completamente quando lhe digo as seguintes palavras - seu nome é Marco Almeida. Você sabe algo sobre...

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