Grávida de um mafioso romance Capítulo 156

- Caramba, eu estou sem palavras, Matteo - ela diz olhando os arquivos secretos que o meu amigo não tão querido Will conseguiu - esses arquivos são provas suficientes para trancar aquele cara numa prisão pelo resto da vida, imagina só se isso vazar na imprensa? Que escândalo seria...

- Sim, seria um baita de um escândalo se uma jornalista que trabalha para uma famosa revista de fofoca e notícias bombásticas divulgasse esses arquivos incriminatórios numa coluna recheada de segredos ocultos revelados e uma capa bem chamativa com a imagem de um CEO bem sucedido com supostos desaparecimentos de mulheres nas costas - insinuo olhando para ela e Mari entende claramente onde quero chegar, assim que termino de falar o sorriso grande e malicioso dela me faz ter faíscas. Nunca pensei que conheceria alguém tão sagaz e maliciosa quanto eu.

Mariana é uma caixinha de surpresas!

- É, não seria nada bom para ele se esses arquivos secretos fossem parar em mãos erradas - ela pega os arquivos impressos, que imprimiu com a ajuda de uma impressora que tinha em casa, e os guarda dentro de um envelope da cor laranja vivo - porém não estamos pensando no depois, o que vai acontecer assim que as notícias forem espalhadas na primeira capa da revista? Provavelmente irá chamar atenção das autoridades e o que eu irei dizer com relação á isso? Vou precisar declarar algo.

- Isso será o mais fácil, apenas diga que é uma fonte segura e como jornalista não pode revelar. E você poderia colocar esses arquivos como uma cooperação de toda a equipe, sei que talvez você vai querer o crédito entretanto isso pode transformar você em um alvo - ela assente com a cabeça para tudo que eu explico e concluo essa parte da conversa - e quando a notícia se espalhar, pode até ser que mulheres que já foram vítimas dele aparecem para dar queixa na polícia, tenho certeza que ele não irá conseguir se safar se tiver muitas mulheres abrindo processo contra ele, isso chamaria muita atenção.

- Hm, essa parte eu entedi mas... - Mari começa a dizer porém é interrompida por uma batida na porta, deveria ser o entregador de pizza que chegou com o nosso pedido. Ela vai até a porta e atende, pagando o cara e voltando para a mesa da cozinha onde havíamos montado um mapa da investigação para ajudar no plano. Jogando as duas caixas de pizza quente na parte não tomada por papéis e arquivos na mesa, ela abre a caixa e pega uma fatia de pizza de calabresa, dando uma bela mordida e fechando os olhos ao mastigar e fazer um som interno como se degustasse algo muito gostoso.

Aquela cena me prende uma forma inimaginável, não era só o fato dela está comendo uma pizza de segunda cheia de vontade mas a sagacidade dela, a competência ao trabalho, a devoção em proteger as pessoas com quem se importa e por último e não tão importante a beleza dela. Mariana era uma mulher tão linda e cheias de qualidades quanto a Carolina. Sei o quanto é errado compará-las porém é inevitável, ambas são mulheres fortes e interessantes, cada qual com seu jeitinho particular e seus defeitos, tão diferentes e tão iguais às vezes. Apenas gostaria de estar apaixonado pela Mari e não pela Carol.

- O que foi? - ela pergunta e me dou conta que estou encarando ela sem dizer nada - tem alguma coisa no meu rosto? Aí não, eu melei minha boca, não foi? Desculpa - ela se apressa em pegar um guardanapo e eu seguro seu braço a prendendo no mesmo lugar, seus olhos vão da minha mão segurando seu pulso até o meu rosto que estava próximo do dela assim como o meu corpo havia avançado alguns passos para detê-la. Eu simplesmente não pensei no que estava fazendo, apenas me aproximei para olhá-la mais de perto e agora ela deveria está achando que sou maluco ou um tarado como o indivíduo do Marco.

Que droga, Matteo, desaprendeu como chegar em uma mulher foi?

A verdade era que Mariana era diferente, eu não a enxergava como mais um caso qualquer de mais uma noite, eu a enxergava como alguém parecido comigo, pelo menos uma pequena parte. Eu a via como uma parceira, faríamos uma dupla incrível se trabalhassemos juntos. Mas não, ela era boa demais para se unir á mim, um sujeito com passado sujo tanto quanto suas mãos. Ela era boa demais para mim e isso era um fato!

- Sua boca não está suja, não precisa pegar um guardanapo - digo recuando e afastando minhas mãos dela, assim como qualquer interesse secundário que exista dentro de mim - hm, mas do que você estava falando antes de ir atender a porta? - tento disfarçar ao pegar uma faria de pizza de calabresa e levar até a boca, e para a minha surpresa a comida era muito boa, a massa era diferente das outras que já provei na vida. Era macia e desfazia na boca em conjunto com o recheio de queijo e calabresas tostadas.

- É muito boa, né? - ela ri quando eu balanço a cabeça para cima e para baixo em concordância - mas voltando ao que interessa, antes de eu atender a porta e buscar essa belezinha aqui - ela diz pegando outra fatia e indo na direção da geladeira, tirando de dentro uma garrafa de dois litros e meio de refrigerante - eu ia perguntar sobre a Carolina, a história de que o Marco, o ex-namorado dela perseguia garotas parecidas com ela, vai chocá-la.

- E tenho certeza que vai chocar mais você quando eu dizer que o tal maluco está a trás da Carolina na Itália - assim que digo essas palavras, Mari para a pizza no meio do caminho até sua boca e seus olhos se arregalam de preocupação - ele a encontrou num bar quando ela tinha saído com a Giulia, irmã de Luigi, para tomar café e "casualmente" se encontraram dentro do estabelecimento. Ainda não acredito nessa história de que tudo não passou de uma mera coincidência, pra mim não existe coincidência em casos como esses - Mari havia se sentado numa cadeira e estava devorando a faria enquanto prestava atenção no que eu lhe contava.

Para ela entender tudo e toda a minha preocupação, foi preciso que eu lhe pusesse á par de tudo o que aconteceu com Carolina desde que ambas brigaram e perderam contato. Sem esconder o atentado na piscina de água termal no Salão dos Milani e nem do beijo com Karina que Luigi deu na festa que foi feita para anunciar o casamento dele com Carol. Eu precisava contar tudo para que ela pudesse ser mais uma aliada nessa guerra que está se formando e na próxima que está bem perto de acontecer. Conto tudo, até mesmo da recente briga dos dois e principalmente da aproximação de Carol com Marco e o seu plano de levá-la embora para bem longe.

- Ele é um psicopata, maluco! A gente não pode deixar que a Carol fuja com ele, ela não tem nenhuma noção do quão canalha o Marco é! - Mari agora andava de um lado para o outro na cozinha e sou obrigado a segurar seu braço para pará-la, caso senão seria aberta uma cratera no chão de tanto que ela andava resmungando pela cozinha.

- Eu sei e a gente não vai deixar que isso aconteça - ela assente e se senta numa cadeira ao meu lado, bebendo um longo gole de refrigerante entretanto prestando atenção em mim - tenho um plano, Mari, e você pode ser de grande ajuda nele. Luigi já está ciente do meu plano para desmascarar aquele desgraçado maluco e agora que você também está ciente de toda a verdade, pode me ajudar com a Carolina na segunda parte do plano. Claro, se você quiser...

- É óbvio que quero, Matteo - ela diz convicta - quero aquele maluco bem longe da minha amiga e do bebê que ela está esperando.

- Ótimo, era essa resposta que eu queria ouvir - digo e volta a me concentrar e ditar como aconteceria todas as fases do plano para Mariana, ela seria uma peça importante nessa grande engrenagem.

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