Grávida de um mafioso romance Capítulo 171

- Não ganho nem um beijinho de boa noite por ter aceitado de bom grado você me abandonar? - Luigi brinca quando chegamos na porta do meu quarto. Ele veio o caminho todo para a mansão, investindo para que eu deixasse que ele me beijasse e eu já havia cedido em todos os seus pedidos anteriores.

Dessa vez, faço doce até ele me roubar um beijo e eu não resistir ao correspondê-lo.

- Quero possuir você na minha cama uma última vez, posso? - ele pergunta antes de levar suas mãos até o zíper do meu vestido e o puxando para baixo até que ficasse caído na entrada do quarto enquanto me direcionava para a cama.

Ele não precisava de uma resposta para uma pergunta tão óbvia.

Deixo que Luigi retire todas nossas roupas e aguardo ansiosa pelo próximo round e pelo próximo e pelo que virá depois.

Até acabarmos desabando na cama, transpirando, tremendo, arfando e extasiados. Com a mente tão desconcertada quanto nossos corpos que demoravam para controlar os espasmos que ainda eletrizavam por debaixo da nossa pele. Até um se aninhar no outro e adormecer naquela sensação aconchegante e peculiar.

***

Um barulho alto me faz despertar assustada, como hábito, levo a mão até a barriga e olho para o lado direito da cama não encontrando Luigi deitado lá. Me arrasto até a beira da cama e visto o roupão de Luigi que conseguia envolver toda a minha barriga e vários barulhos altos vindos da sala me fazem ficar alarmada quando percebo que os tais barulhos eram de tiro.

Sem pensar duas vezes, vou em direção ao som assustador, passando pelo corredor encontro no final dois homens baleados e caídos no chão.

Tampo a boca e choramingo baixinho percebendo que um dos homens se tratava de Oscar, um dos seguranças de Luigi e o outro homem estava mascarado. As armas de ambos estavam caídas ao lado dos corpos, como se eles tivessem entrado em uma troca de tiro e os dois tivessem sido atingidos letalmente.

Tento não ficar horrorizada com o sangue que escorria dos ferimentos deles e pego a arma de Oscar, caso eu precisasse para defender Luigi ou para minha própria segurança, eu ainda não sabia o que estava acontecendo aqui.

Terminando o corredor e chegando no corrimão que levava até as escadas que dava para a sala principal, me esgueiro para olhar na esquina da parede, onde terminava a parede e começava o corrimão. Meu coração acelera quando vejo Luigi no centro da sala de estar ameaçado por outro homem mascarado que mantinha a arma apontada para sua cabeça. Desço meus olhos para a arma melada de sangue e para minhas mãos que tremiam mais que tudo.

E se eu atirar no mascarado e atingir Luigi? Se eu não tiver uma boa mira e acabar matando meu italiano gato?!

A incerteza fazia minha cabeça doer, eu nunca tinha atirado na vida, até poucos segundos atrás nunca tinha pegado em um revólver, o que eu faria? Não podia ficar parada e ver Luigi ser assassinado, então ganhando coragem aponto a arma na direção do homem mascarado e respirando bem fundo aperto o gatilho.

E nada, não tinha balas dentro da arma. Tento não me desesperar e volto até o local em que os corpos estam caídos numa grande possa de sangue, pegando a arma do cara mascarado e especionando dessa vez se tinha balas.

Felizmente o revólver estava bastante carregado, mas parecia tarde demais, mais barulhos de tiros vindos da sala me fazem correr imediatamente para o local em que estava, jurando encontrar alguma desgraça feita porém o que encontro me faz relaxar.

Matteo estava atirando contra alguns mascarados e Luigi também, o homem que apontava a arma para a cabeça do meu italiano agora estava baleado no chão junto com alguns outros que trocaram tiros com Matteo.

- Luigi, vá ver se a Carolina está bem, eu dou conta daqui debaixo - Matteo grita para Luigi apontando a arma para um dos homens mascarados que entrava pela porta da frente e avançava na sua direção. A arma de Matteo falha e o homem dá um golpe, chutando a arma do loiro do banheiro para longe, Luigi intervêm e atira no homem antes que os dois entrem em briga corporal.

- Tem muitos deles aqui em baixo e já verifiquei lá em cima, não tem nada, ela está segura. Não posso deixar você sozinho aqui - Luigi diz atirando em outro homem mascarado porém sua arma falha no segundo tiro e ele é obrigado á lutar com o mascarado que cai logo depois de dois socos de direita.

- Te dou cobertura para você entrar no escritório e pegar mais armas - Matteo diz para Luigi, pegando um revólver escondido no seu tornozelo - precisamos de muitas, não sei quantos seguranças ainda estão vivos na frente da mansão e nem ao redor dos muros. Então teremos que ser nós mesmo á...

- Assistindo como seu noivo e seu amante são em ação, selvagem? - minha raiva ferve quando ouço aquela voz irritante da loira azeda, eu reconheceria a voz de Raquel ao longe. Entretanto uma coisa me impedia de lhe dar um tapa na cara ou um tiro na cabeça, um cano de um revólver estava apontado na minha nuca. A frieza da arma fez um arrepio correr pela minha coluna e ela me obriga a me virar para ver o medo estampado no meu rosto.

- Selvagem é a puta que te pariu! - grito chamando a atenção de Matteo que dava cobertura para Luigi ir ao escritório buscar mais armas, ainda consigo ouvir ele perguntar em voz alta "essa foi a Carolina?".

Mas eu não tinha tempo para me explicar e dar um "oi" para nenhum dos dois, eu já estava avançando contra a loira azeda e lhe dando vários socos até fazê-la desequilibrar e cair para trás.

Não tenho chances de pegar sua arma e decido não arriscar, corro para o corredor porém acabo escorregando na possa de sangue dos corpos mortos, que agora estava ainda maior e cobria toda a entrada do corredor. Um dor lancinante abaixo da barriga me faz gritar de dor, porém os meus gritos são abafados pela troca de tiro que se iniciava novamente na sala.

Olhando para trás e vendo que Raquel se levantava e pegava a arma do chão para vir atrás de mim. Me apresso e em me erguer da possa de sangue escorregadia, ainda sentindo muita dor, e andando apressadamente para dentro do quarto, trancando a porta em seguida. Vou para o closet e me escondo entre as roupas penduradas nos cabides.

Minha barriga doía, eu estava toda melada de sangue de outras pessoas e por consequência da queda eu tinha começado a sangrar.

Um tiro no corredor me faz usar a mão para tampar minha boca e abafar o choro. Eu estava apavorada e não conseguia parar de tremer e a dor na barriga só aumentava. Quando a porta é arrombada por um tiro, sinto que chegou o meu fim, ela logo me encontraria com a ajuda do rastro de sangue que deixei enquanto me arrastava para o closet.

A minha hora havia chegado e ninguém poderia me ajudar, Matteo e Luigi estavam na sala matando os capangas contratados pela loira aguada e pensando que estou á salvo aqui no quarto.

- Carolina, Carolinazinha... onde você está? - Raquel cantarola e posso ouvir seus passos pelo quarto, ela sabia onde eu estava escondida mas parecia gostar de prolongar o meu terror - essa não é hora de brincar de esconde-esconde, sua bobinha. Prometo que não vou fazer nada com você, só quero que venha comigo - seus passos estavam mais perto e lágrimas não paravam de cair dos meus olhos, minha barriga latejava anunciando que logo seria o meu fim e do meu bebê porém meu coração mantinha a esperança de que alguém entraria pela aquela porta e me salvaria.

Alguém tinha que irromper por esse cômodo e deter essa maluca antes que seja tarde demais. Preciso de alguém...porém era tarde demais. Quando Raquel afastou rispidamente as roupas penduradas nos cabides que me cobriam, pude ver sua expressão de felicidade em me encontrar sangrando e aterrorizada.

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