Grávida de um mafioso romance Capítulo 23

_o que você..._ não consigo terminar a pergunta, minha voz se cala, a única coisa que sobra é o nó preso na minha garganta.

Começo a soluçar e o nó se desfaz em lágrimas. Fecho meus olhos tentando fazer pará-las porém é inútil.

Me forço a levantar meu corpo e arrastar a minha mala para longe daquilo tudo. Não quero ouvir se ele for me ofender, não quero ouvir nada e nem ninguém.

Quero chorar e chorar. E vê-lo na minha frente está piorando tudo, seria mais fácil se ele não tivesse vindo aqui.

Como ele soube onde eu estava?

Eu quero ir de encontro aos seus braços, me lançar neles e deixar ser confortada, mas também não quero me iludir com uma coisa que nunca daria certo. E só me machucaria ainda mais.

Quero que ele me diga como me achou aqui, como sabia e se já sabia que eu iria embora.

Ele estaria triste? Com raiva? Magoado talvez? Não quero saber, não posso continuar fantasiando como se fôssemos algo mais do que apenas meros desconhecidos.

Ouço meu nome ser gritado por ele atrás de mim, porém não olho para trás, não quero ver seu rosto, não consigo olhar em seus olhos, seria melhor assim.

Minha mala fica presa em algo e olho para baixo para encontrar a raiz do problema, a mão de Luigi a estava prendendo no lugar.

Olho para cima fitando seu rosto, aqueles olhos num verde intenso e cheios de perguntas sem respostas, misto de raiva e solidão.

Meu lábio treme e o prendo entre os dentes me repreendendo. Não quero que ele me veja chorar, não quero ouvir sair de sua boca que nada entre nós aconteceria além da cama, não quero que ele pense que sou burra de me apaixonar por alguém que nunca me deu esperanças para me iludir.

Solto a mala e cubro meu rosto com as mãos, não quero que ele me veja chorar por sua causa. Não quero ouvir o que já sabia.

Ele não diz sequer uma palavra, apenas me abraça, me sinto tão bem e confortável em seus braços que poderia morrer nesse exato momento.

Quero afastá-lo porém não tenho forças, deixo que ele me console com sua mão massagenado minhas costas e a outra passando pelo meu cabelo.

Tudo nele é tão reconfortante, o seu abraço, os seus carinhos, a sua entrega como se importasse comigo e até o seu cheiro. Inalo aquele aroma pensando o quanto sentir falta dele.

Meu coração dói e as lágrimas parecem não ter a menor vontade de parar.

Enterro meu rosto em seu peito, sentindo aquele aroma familiar invadir minhas narinas.

Dane-se tudo, meus braços o envolve desesperada para senti-lo mais próximo.

Sinto seus braços se apertar mais ao meu redor, como se eu não precisasse dizer o que estava acontecendo porque ele já sabia de tudo.

Isso é tão bom, que desejo que essa cena se congele na minha memória para que eu possa relembrar, do quanto feliz estava nesse momento.

Quero guardar uma lembrança boa desse homem me abraçando, ele tinha algo especial, era como se eu de alguma forma o completasse.

Okay Carolina, agora você foi o auge do clichê. Acho melhor parar de manchar a camisa do cara com lágrimas.

Ele percebe que eu afroxo meu aperto e lentamente me libera do seu abraço. Olho para baixo, vendo um lindo buquê de rosas vermelhas, bem cheio e volumoso. Era muito agradável aos olhos de uma mulher.

_era para ser uma surpresa_ele apanha o lindo buquê do chão e me entrega.

O pego em minhas mãos como se fosse algo muitíssimo valioso, ignorando o fato dele antes está largando no chão.

Foi por um bom motivo, Carolina, digo a mim mesma. Ele havia largado tudo para me ter amparada em seus braços.

Suas mãos seguram meu rosto e seus dedos enxugam minhas lágrimas, ou resquícios das que secaram.

Devo está num estado horrível e ele apenas me olhar como se fosse a mulher mais linda daquele lugar.

Me sinto envergonhada por ele ter me visto chorar descontrolada. Devo ter passado a impressão de chorona.

_normalmente eu não me desespero e saio por aí chorando desconsolada_ ele sorri quebrando a expressão séria de preocupação que tinha no rosto.

Esse sorriso...senhor!

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