Grávida de um mafioso romance Capítulo 22

Após me deixar na frente do hotel em que estava hospedada agora, meu italiano gato vai embora pois tinha recebido uma ligação do trabalho.

Até agora não sei como o que ele trabalha, porém não perguntei, vai que ele pensa que sou intrometida demais.

Apesar, de que não sei nada sobre ele e depois daquele sonho não quero nem saber.

Me lembro do clima tenso e quieto que ficou dentro do carro, não ousei dizer sequer uma palavra. Me pergunto o que tinha ouvido durante a ligação para deixá-lo tão perturbado.

Na recepção do hotel encontro com Melissa, não ouso nem subir para o meu quarto, seria tortura demais. E também não tinha nada meu lá.

Sigo a puxa-saco de Cassandra até o carro, o caminho todo até o aeroporto continuo imersa em pensamentos no meu italiano.

Foi bom enquanto durou, não adianta ficar triste, Carolina. Com certeza ele nem vai sentir tanta falta assim de você, ele deverá arrumar outra acompanhante em segundos quando descobrir que você foi embora.

Só de pensar nas mulheres brigando para ganhar sua atenção, ele nunca olharia para elas.

Como eu poderia saber? Eu nem ao menos conheço o cara.

Meu peito dói, sou burra por ter achado que eu era especial para ele.

Porra, Carolina você tá apaixonada por ele.

Meu celular vibra, olho para ele, será que eu deveria ter devolvido o celular? Mas foi um presente.

O que foi dado, é dado.

L: "Quero levar você para jantar hoje, tenho algo para te dizer"

Meu coração acelera, o que será que ele queria me dizer?

Não posso me iludir achando que ele diria que sou importante para ele, ou que ele estava pensando em nós dois.

Eu sabia que não aconteceria nada entre nós, apesar de achar que sairia casada da Itália eu não me prendia à isso. Eu estava aqui para aproveitar e agora vou embora desiludida.

_o que aconteceu com seu garçonzinho de quinta?_ Melissa me olha por um rabo de olho.

Não estou apta para depenar a galinha da Melissa, não vou me desgastar puxando seu cabelo ou esbofeteando-a. Então ignoro.

L: "vou m****r um carro te buscar, te espero no restaurante"

Meu coração aperta a cada mensagem que ele manda e me sinto mais culpada.

Todo o resto do trajeto, fui pensando se responderia ou não, não teria porque eu o iludir dizendo que chegaria em breve, já que nunca mais o veria.

Por que dói tanto?

Olho pela janela do carro, chegamos no aeroporto, amaldiçou o motorista por ter sido rápido.

Acompanho Melissa até o embarque, quando estou prestes à entregar a minha passagem a moça do balcão diz que o voo foi adiado para duas horas mais tarde.

Como assim?

Estou agora sentada numa das cadeiras do aeroporto, vendo alguns aviões levantar voo e Melissa está falando com alguém pelo telefone. Ela está longe para que eu não ouça a sua conversa, tenho certeza que é a megera na linha.

Pego meu celular, me torturando ao ler cada mensagem preocupada de Luigi. Me sinto mal por ele, talvez eu devesse avisar que estava indo embora.

Ligo para ele organizando um pedido de desculpa na minha cabeça, eu precisava fazer isso, ele merecia saber.

Seu celular só dá ocupado, com certeza ele deve está falando sobre o trabalho, ou conversando com uma mulher.

A essa altura ele já deve ter percebido que nunca vou chegar no nosso jantar, e já deve até ter conseguido outra companhia.

Dou as costas para ela e vou na direção da saída, ainda consigo ouvir sua risada debochada atrás de mim.

É melhor ela tirar esse sorrinho da cara antes que eu mesma tire, e confesso que não será uma cena muito agradável de se ver.

O que vou fazer?

Saio do aeroporto sentindo a temperatura normal voltar ao meu corpo gelado, fiquei duas horas esperando sentada naquela cadeira para no final descobrir que não viajaria.

Estou p**a, com fome e com muita vontade de chorar.

Olho para meu celular em minha mão, desejando ligar para Luigi e pedir para ele me buscar e dizer que ficaria mais alguns dias com ele.

Porém ele já deve ter descoberto que eu pretendia ir embora e agora nem queria ver a minha cara banhada à ouro.

Sinto uma dor esmagadora no meu peito, me arrasto até um banco de praça que fica na frente do aeroporto, deixo minha mala ao meu lado.

O que faria agora? Para onde iria? Em que poderia confiar?

Ligo rapidamente para Mari, lágrimas de desespero e tristeza escorrendo pelo meu rosto. Um nó se forma em minha garganta quando ouço a voz de Mariana no outro lado da linha.

_Mari...Aquela p**a....eu tô aqui sozinha..._digo entre lágrimas_ meu italiano...eu perdi ele...Mari...eu quero morrer!

_calma Carolina, respira e me conta tudo o que aconteceu, okay?_ ela tenta me acalmar.

_Carolina?_ ouço uma voz familiar ao longe, levanto meus olhos para ver a figura do meu italiano gato vindo na minha direção.

Meu coração b**e mais forte, minha respiração fica presa nos pulmões e meus olhos desfocam por causa das lágrimas.

O que ele está fazendo aqui?