Grávida de um mafioso romance Capítulo 35

Bato na porta pela terceira vez, na esperança que a mesma se abra, olho para trás, o motorista do táxi ainda estava esperando pelo dinheiro da corrida.

Uma voz bem baixa anuncia que estava vindo, de repente a porta de madeira abre revelando a minha amiga vestida em um pijama com estampa de ursinho. Ela arregala os olhos quando ver o estado em que me encontro, deveria está uma verdadeira bagunça.

_meu Deus Carolina! O que aconteceu com você? Por que você...._tenho que interrompê-la antes que ela faça seu questionamento de sempre, porque senão ela nunca mais pararia de falar.

_Mariana, depois a gente conversa sobre isso, você pode me ajudar com isso?_olho para trás e ela segue o meu olhar, vendo o motorista de táxi já impaciente.

_ah, sim, claro_ela vai para dentro de casa e pega a sua carteira, espero em pé do lado da porta enquanto ela entrega o dinheiro ao taxista. Estou tão exausta que estou até me sentindo um pouco tonta, pode ser também por conta de que eu não comi nada. Na verdade eu não consegui comer nada, não estava com apetite.

_agora, você vai me contar o que estava acontecendo...e por que você está descalça?_olho para meus pés, eles deveriam estar pretos em baixo de tanta sujeira, corri e andei por muito lugares. Com certeza deveriam estar podres.

_isso é uma longa história, posso te contar mas antes eu posso tomar um banho?

_claro que sim, vamos_ela me leva para dentro de sua casa. Mariana morava sozinha então sua casa não era tão grande, porém era muito confortável e aconchegante. Eu precisava um pouco disso nesse momento.

Não quis ir direto para a minha casa porque sabia o que iria acontecer se a minha mãe me visse nesse estado, ela faria um monte de perguntas e eu não estou bem emocionalmente e nem fisicamente para respondê-las.

Tomo um banho longo, deixo que a água quente relaxe meu corpo, devo ainda estar em choque porque não consigo pensar em nada direito, tudo o que vem a minha cabeça era o meu italiano gato. Será que ele estava por trás de tudo aquilo? Ele estava mesmo tentando me matar? Mas porquê?

Tenho que parar de pensar nele, minha cabeça logo estaria doendo por causa disso. Não sei se ele estava envolvido nisso tudo ou se ele era o mandante, também não quero saber, não quero saber mais nada desse homem. Ele agora para mim estava no passado.

E morto inclusive!

Tudo o que vivemos faz parte do passado agora, foi bom enquanto durou eu não nego, porém agora ele estava no meu passado. Tenho que focar no futuro e esquecer disso tudo. Já passou, estou agora no meu país, segura e tranquila.

Tudo bem, não tão tranquila assim. Não nego que tenho medo dele ter mandado alguém me seguir para saber minha localização para depois me matar. Mas isso nunca aconteceria, eu fui muito cuidadosa quando peguei o táxi no aeroporto e também fiz o coitado do motorista rodar alguns lugares antes de vir para o endereço da casa de Mari.

Ele não teria como me achar, nem Luigi e nem aquele loiro do banheiro. Eles não tinham meu endereço e mesmo que tivessem eu não estaria em casa, isso me faz ficar um pouco preocupada com a minha mãe.

Okay, posso está sendo um pouco paranoica demais com isso tudo, quem sabe ele até desistiu de mim quando viu que eu não estava mais na sala do teatro, quem sabe ele não se reconciliou com aquela loira aguada, mesmo ele ter dito que nunca ficou com ela, agora eu não acreditava em nenhuma de suas palavras.

Suspiro deixando que a água quente leve junto as minhas paranoias e preocupações. Me enrolo com a toalha e saio em busca de Mari, ela deveria estar me esperando em seu quarto.

_finalmente, está se sentindo melhor?_minha amiga diz quando me ver entrando pela porta do seu quarto. Havia algumas roupas em cima da cama, ela deveria ter separado algumas para eu me vestir. Agradeço por ter Mari na minha vida, eu não tinha pensado nas roupas que iria vestir depois de tomar banho, obviamente não poderia usar o vestido de antes.

_um pouco, estava me sentindo um pouco enjoada..._ dito isso a minha amiga começou a ter um treco.

_ai meu Deus! Ai meu Deus! Você tá grávida? Você tá grávida, Carolina!_ ela se levanta da cama e fica andando de um lado para o outro, eu deveria me apressar em dizer que não estava grávida e que o enjoo deveria ser por conta o estresse que havia acabado de passar.

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