Resumo do capítulo 213 - VOCÊ FOI UM ERRO do livro O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR de GoodNovel
Descubra os acontecimentos mais importantes de 213 - VOCÊ FOI UM ERRO, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR. Com a escrita envolvente de GoodNovel, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
Thor andou até a janela. A voz dele agora era mais baixa, mas carregada de emoção.
— O Raul... não é meu pai biológico. O casamento dos meus pais foi um acordo entre famílias. Mas minha mãe era apaixonada por um funcionário do meu avô. Um canalha. Ele sabia manipular. Ela se entregou pra ele, achando que era amor. Só que ele queria status. Meu avô descobriu e deu um fim naquilo. Três meses depois, minha mãe casou com Raul.
Celina ouviu, imóvel, o rosto pálido.
— Minha mãe escondeu a gravidez. O casamento no início foi uma fachada. Dormiam em quartos separados. Ela o desprezava, o culpava por achar que ele tinha envolvimento no sumiço do desgraçado. Mas um dia, ela desmaiou. No hospital, Raul soube. Ela estava grávida. Meu pai disse que o mundo dele desabou. Ela não era mais virgem. Estava grávida de outro. E não o amava. Mas sabe o que ele fez?
Thor se virou para ela. Os olhos dele marejados, porém firmes.
— Ele me assumiu como filho. Por amor a ela. Mesmo sendo rejeitado. Mesmo ouvindo todos os dias que era culpado por destruir os sonhos dela.
Celina ouvia tudo em silêncio.
O chalé estava mergulhado em um silêncio denso, quebrado apenas pelo estalar do fogo na lareira. Thor se mantinha em pé, próximo à janela, enquanto Celina permanecia sentada na poltrona, ainda absorvendo tudo o que havia ouvido até ali. O clima entre eles era uma mistura densa de lembranças, dor e confissões adiadas tempo demais.
Ele suspirou fundo, como quem carrega um peso antigo no peito, e voltou a olhar para ela.
— Depois que eu nasci, minha mãe foi vendo o carinho que o Raul tinha por mim... a forma como ele me tratava. Era como se eu fosse de fato filho dele. À medida que o tempo foi passando, ela começou a se apaixonar por ele. Foi um amor que nasceu na convivência, na dedicação.
Thor fez uma pausa, o olhar perdido no tempo.
— Não foi fácil... — continuou. — Imagina o peso que ela carregava. Meu avô morreu sem saber da verdade. Achava que o Raul era meu pai biológico, e morreu acreditando nisso. E a minha mãe... minha mãe carregou isso sozinha por muito tempo.
Ele se aproximou lentamente da poltrona e se sentou na cadeira à frente de Celina. Não buscava consolo, mas precisava que ela o escutasse, que compreendesse.
— Depois de alguns anos, ela engravidou dos gêmeos. O Raul ficou todo feliz, e a vida seguiu. E nunca... nunca houve distinção no tratamento. Raul sempre me tratou como filho. Aliás... — ele deu um sorriso de canto, melancólico — sou muito mais parecido com ele do que os gêmeos, que carregam o sangue dele.
Thor se levantou, andou até a lareira, virou-se de costas para o fogo e cruzou os braços.
— Mas à medida que fui crescendo, fui notando as diferenças. Nenhum traço parecido com ele ou com a família dele. Os gêmeos tinham o mesmo olhar, o mesmo jeito... e eu, nada. Na adolescência, ouvi uma conversa estranha entre minha mãe e o Raul. Algo no tom deles me incomodou. Me deixou inquieto.
— Quando cheguei, ele me olhou de cima a baixo, como se eu fosse um incômodo. E disse: “Você já me conheceu. Agora pode ir embora e esquecer que esse dia existiu. Porque eu nunca quis você. Nunca quis ser pai. Não me procure mais.”
Celina levou a mão à boca, em choque.
— “Você foi um erro. Um fardo que eu nunca quis carregar. Meus planos com a bobinha da sua mãe sempre foram conseguir grana, status, crescer na empresa do seu avô. Mas ela vivia no mundinho de Alice no País das Maravilhas.” — Thor deu uma risada amarga. — Ele ainda teve a cara de pau de dizer: “Foi divertido ser o primeiro dela. Seu avô estragou tudo. Agora vaza da minha frente.”
Thor fechou os olhos com força, engolindo o nojo que sentia ao recordar.
— Eu fazia academia na época. Era forte. Fazia jiu-jítsu. Eu quase matei aquele desgraçado, Celina. Bati nele com tudo que eu tinha. Não por mim. Pela minha mãe. Pela honra dela. Pela dor que ela carregou sozinha.
Ele se calou por alguns segundos, depois prosseguiu:
— Voltei pra casa completamente destruído. Continuei nas farras, pegando mulheres, afundado em uma rebeldia que não me deixava respirar. Até que um dia... pedi perdão para o Raul. Chorei. Me ajoelhei. Disse que era um idiota. E ele... — Thor sorriu, emocionado — me abraçou. Disse que sempre estaria ali. Que sempre me amou. Que ele era meu pai verdadeiro. Voltamos a ser amigos como sempre fomos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...