O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 215

Resumo de 215 - VOCÊ VAI SER PAI: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR

Resumo de 215 - VOCÊ VAI SER PAI – Capítulo essencial de O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR por GoodNovel

O capítulo 215 - VOCÊ VAI SER PAI é um dos momentos mais intensos da obra O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR, escrita por GoodNovel. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

O sol da manhã mal rompia o horizonte, lançando uma luz pálida sobre o chalé coberto pela geada. A brisa cortante do inverno soprava suave, fazendo os galhos nus das árvores balançarem com delicadeza. O lago ali perto estava quase imóvel, coberto por uma leve névoa que subia da água como se o rio estivesse respirando.

Celina, de casaco grosso e as mãos enfiadas nos bolsos, caminhava devagar pela trilha até a margem. Thor a seguia, calado, respeitando o silêncio que o momento pedia.

Quando ela parou perto do lago, o ar embaçou ao sair por entre seus lábios. Ela olhou fixamente para a água. E, sem virar-se, começou a falar — com a voz baixa, quebrada, como quem revisita um lugar antigo dentro de si.

— No dia em que te conheci, Thor... antes daquele hotel... eu estava em casa, sozinha, em frente ao espelho. E ali, eu me perguntei: Será que eu ainda sou bonita? Será que estou envelhecendo? Será que ele já encontrou alguém melhor? — A voz dela vacilou, mas seguiu. — César já tinha outra. Talvez outras. E me deixar sozinha naquela mansão já tinha virado rotina. Era como se eu fosse só um móvel antigo. Ele nem dormia mais em casa.

Ela respirou fundo, os olhos perdidos na lembrança.

— Eu me olhava e me sentia a mulher mais feia do mundo. Sem brilho. Sem sorriso. Mas o pior não era o reflexo... era o que estava aqui dentro. — Colocou a mão no peito. — Eu sentia que estava deixando de ser suficiente. Minha voz interior gritava cada insegurança: rejeição, abandono, medo de ser esquecida... descartada.

Thor abaixou um pouco a cabeça, ouvindo em silêncio.

— É isso que um relacionamento abusivo faz. Ele nos destrói de dentro pra fora. A gente vai se apagando, se perdendo. Mas naquele dia... naquele dia eu decidi lembrar quem eu era. Decidi lutar pelo meu casamento. Passei horas no SPA achando que estava renascendo. — Ela deu um sorriso triste. — E que piada, né? O meu casamento já estava morto. Só eu que não queria ver. Como fui burra.

Celina olhou para ele, agora com os olhos firmes.

— Quando encontrei César... com a secretária... e ele nem se importou, nem parou... meu mundo desmoronou. Mas aí... você apareceu. Com aquela sua entrada bagunçada e totalmente fora do script da minha vida. Você me fez sentir viva. Thor, você foi meu primeiro sopro de vida depois do fim.

Ela fechou os olhos por um segundo, os dedos tocando levemente os lábios.

— Quando você me beijou... daquela forma intensa, possessiva... eu senti as borboletas que achei que tinham morrido. Eu quis aquele momento. Me senti viva. Mulher. Desejada. Mas o medo... sempre ele... me trava, fez ir embora.

Thor tentou falar, mas ela ergueu a mão.

— Espera. Deixa eu terminar. A vida nos cruzou de novo. E no momento em que eu mais precisava, você fingiu que nunca me conheceu. Meu mundo desmoronou mais uma vez. E então… eu descobri. Eu estava grávida.

Ela sorriu, chorando.

— Era o meu sonho, Thor. Ser mãe. César nunca pôde me dar filhos... e por muito tempo eu achei que a culpa fosse minha. Mas não era. A vida estava só esperando o momento certo. Mas aí, eu ouvi você pedindo pra Isabela tirar o filho de vocês... e eu te odiei. Te vi como um monstro. E você me machucou tanto depois disso. E mesmo assim... eu sorri. Porque ali, no meio da dor, nasceu meu maior sonho.

Thor sussurrou um “me perdoa”, mas ela apenas assentiu.

— A gente se encontrou, se afastou, se machucou. Tentamos pular etapas e acabamos nos ferindo. Então eu fui embora. Mas a vida, de novo, trouxe você pra mim. E dessa vez, Thor... eu não vou deixar você partir.

Ela respirou fundo, caminhou até a beira do lago, olhou para a água.

— Sabe... dizem que o rio leva embora as mentiras e devolve só o que é verdadeiro.

Thor a observava, sem piscar.

— Foi bom você ter me trazido aqui. Porque... diante desse rio, eu não posso mais mentir.

215 - VOCÊ VAI SER PAI 1

215 - VOCÊ VAI SER PAI 2

Verify captcha to read the content.Verifique o captcha para ler o conteúdo

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR