O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 22

Resumo de 22 - QUEM SABE A MÚSICA TE ACALMA: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR

Resumo de 22 - QUEM SABE A MÚSICA TE ACALMA – Capítulo essencial de O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR por GoodNovel

O capítulo 22 - QUEM SABE A MÚSICA TE ACALMA é um dos momentos mais intensos da obra O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR, escrita por GoodNovel. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

O perfume de Thor naquela manhã — forte, amadeirado, intenso como ele — começou a embrulhar seu estômago. A náusea subia pela garganta e se misturava ao nervosismo de estar ao lado dele, à lembrança do olhar fulminante que ele lançara a Roberto e à pressão que ela mesma colocava sobre si por parecer estar no lugar errado, na hora errada, com a pessoa errada.

Tentou respirar fundo. Uma, duas vezes. Em vão.

A tensão no carro era quase palpável. E Thor, alheio — ou fingindo estar —, mantinha o olhar fixo na estrada, os punhos apertados no volante, a mandíbula travada. O silêncio era uma tortura. Um campo minado de palavras não ditas e sentimentos reprimidos.

Celina fechou os olhos por um instante e levou a mão ao abdômen. O enjoo ganhou força.

— Thor... — ela murmurou, com a voz fraca.

Ele não respondeu.

— Thor, para o carro... por favor... agora.

Ele olhou rapidamente para ela pelo retrovisor interno e viu seu rosto pálido, suando frio. Sem pensar duas vezes, puxou o carro para o acostamento, parando com um tranco seco.

Celina abriu a porta antes mesmo do carro parar por completo, saindo com pressa, tentando puxar o ar.

Se apoiou nos joelhos, os cabelos caindo sobre o rosto. O corpo curvado. O mundo girando.

Thor desceu em seguida, mas ficou parado, observando. Os olhos dele não expressavam preocupação — apenas um conflito silencioso, sombrio.

Ela não vomitou. Não conseguiu. Mas a ânsia ainda queimava.

Virou o rosto para ele, a voz trêmula, os olhos marejados.

— Eu passo mal em viagens.

Thor não respondeu. Apenas a observou, como se estivesse tentando decifrá-la. Como se cada reação dela fosse uma peça de um quebra-cabeça que ele ainda não sabia se queria montar... ou destruir.

Celina voltou a respirar com dificuldade, passou a mão pelos cabelos, e, por um instante, tudo pareceu parar. Só existiam os dois ali, na beira da estrada, entre a tensão que os separava e o desejo que começava, sem aviso, a se aproximar feito uma tempestade silenciosa.

Ela se endireitou, ainda ofegante, e encarou Thor.

Mas ele continuava ali, firme, inquebrável, como uma parede prestes a desabar — só que ninguém sabia quando.

E naquele silêncio carregado de tudo o que não foi dito... algo dentro dela mudou.

O carro voltou a rodar pela Marginal com o mesmo silêncio tenso de antes. Mas agora, havia mais — um peso novo no ar. Thor estava sério, os olhos fixos na estrada, a expressão ainda mais fechada. Celina permanecia quieta, tentando controlar o estômago ainda sensível e o coração que batia acelerado, sem saber se era efeito da gravidez ou da presença de Thor.

Eles chegaram ao hangar do jatinho pouco antes das 13h. O sol de São Paulo batia forte, refletindo na lataria do carro e do avião luxuoso que os aguardava. O piloto veio recebê-los, já com tudo preparado.

Celina subiu as escadas com elegância, ainda que por dentro tudo parecesse um redemoinho. Quando entrou na cabine, respirou fundo. Aquele luxo todo parecia não combinar com o que ela sentia.

Thor entrou logo atrás, e mais uma vez o perfume dele a atingiu em cheio. Forte. Dominante. Celina respirou fundo ao se acomodar no assento luxuoso. Sempre passava mal durante voos, e, mesmo tendo tomado o remédio, a sensação de enjoo começou a tomar conta dela conforme o jatinho ganhava altitude.

Celina olhou para ele, percebendo o tom carregado na pergunta.

— Um amigo.

Thor fez um barulho baixo com a garganta, como se aquilo não o convencesse. Depois, voltou a olhar para a janela, os olhos sombrios e sérios.

Naquele momento, ela teve certeza de uma coisa: a viagem seria longa... mas os sentimentos que esse homem despertava nela — e que ela tentava negar — seriam ainda mais difíceis de Controlar.

O avião já cruzava as nuvens quando a aeromoça surgiu ao lado deles com um sorriso exageradamente simpático. A blusa branca do uniforme estava aberta demais na região do busto, revelando generosamente o decote. Celina percebeu imediatamente o olhar sutil — mas interessado — que a mulher lançava a Thor. E mais: a forma como inclinava o corpo toda vez que falava com ele, como se não houvesse mais ninguém na fileira.

— Senhor, senhora, desejam almoçar agora? — ela perguntou, mas os olhos não desgrudavam de Thor.

— Pode ser — ele respondeu, distraído, mexendo no tablet embutido na poltrona.

— Temos duas opções hoje: carne com arroz e legumes ou massa com molho branco e frango. — Ela quase sussurrou, com um sorriso meloso, inclinando-se ainda mais para o lado dele, de modo que Celina teve certeza de que aquele decote era proposital.

Thor escolheu a carne. Celina, quase sem pensar, optou pela massa, mas sua atenção não estava exatamente no cardápio. Ela observava, incomodada, a forma descarada como a mulher tentava seduzir Thor ali, na frente dela. E o pior: ele parecia nem notar.

Minutos depois, a aeromoça voltou com as bandejas. Ao se inclinar para entregar a de Thor, ela exagerou tanto que, por pouco, não esfregou os seios no rosto dele. Celina arregalou os olhos, mesmo tentando disfarçar, sentiu o sangue ferver. Quase deixou escapar um comentário ácido, mas preferiu o silêncio.

— Com licença... — murmurou a aeromoça, antes de finalmente se afastar.

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