O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 241

Emma então falou:

— Querida, você precisa entender uma coisa: isso não tem nada a ver com falta de desejo. Muitas vezes é o contrário. O amor e o cuidado se tornam tão grandes que, para ele, a prioridade é sua segurança. O medo de errar, de causar qualquer dano, pode ser paralisante.

— Mas Emma, o médico já tinha liberado, eu mesma falei isso para ele.

— Isso é racional, mas o que ele está sentindo é emocional. Pode ser que, no fundo, ele só precise de um pouco mais de tempo para se sentir seguro novamente. E isso não significa que ele não te queira. Significa que ele te ama tanto que o medo de te perder ou de prejudicar a gravidez está sobrecarregando o desejo.

Celina ficou em silêncio por alguns segundos, absorvendo aquelas palavras.

— Eu nunca tinha pensado por esse lado.

— É difícil pensar quando estamos com o coração magoado, e é normal. Você está sensível, e isso é parte do processo. Mas te garanto: Thor te deseja sim. Ele só precisa de segurança emocional para atravessar essa fase.

— Você acha que devo conversar sobre isso com ele de novo?

— Sim. Mas não como uma cobrança. Fale sobre como você se sente, sem acusá-lo de nada. Expresse sua saudade, sua vontade de estar com ele, mas também mostre que entende o lado dele. Vocês precisam se encontrar nesse meio-termo.

Celina sorriu, sentindo um alívio suave no peito.

— Obrigada, Emma. Você me acalmou muito.

— Eu estou aqui sempre que precisar, Celina. E, se serve de consolo, o desejo volta, e com mais intensidade quando tudo isso passa. É só uma fase.

Elas continuaram conversando mais um pouco, rindo de situações do dia a dia, trocando confidências e fortalecendo ainda mais o laço que havia nascido entre elas.

Quando Celina desligou, sentiu-se mais leve. Sabia que teria que lidar com aquela questão com paciência. Então resolveu mandar uma mensagem para Thor:

"Oi, amor…

Estava aqui pensando em você.

Na verdade, não paro de pensar. Você é o dono dos meus pensamentos, do meu corpo, do meu coração.

Queria que soubesse que, mesmo com todas as minhas inseguranças e medos, você sempre será a minha escolha. Eu te escolho todos os dias, Thor.

E… também sinto falta de sentir você. Do seu toque. Do seu corpo no meu.

Sinto saudade de nós dois… de verdade."

Thor respondeu:

"Vida, você não imagina o que essas palavras fazem comigo…

Você não precisa sentir falta por muito tempo. Eu também te quero. Te desejo. Não tem um só segundo do meu dia em que não penso no quanto você me enlouquece.

Mas, acima de tudo, quero ter certeza de que você está bem. Quero sentir você sem medo, sem culpa, sem restrições.

Prometo que quando for o momento certo, vou te amar como você merece. E vou tirar o atraso… cada segundo…

Você é minha única escolha. Você é o meu lar.

Te amo, minha vida. E te desejo… mais do que consigo dizer."

Celina estava no canto aconchegante da varanda da cobertura, saboreando um sanduíche natural com suco. A brisa leve da tarde acariciava seu rosto.

Zoe pausou, como se tivesse medo de completar a frase.

— Zoe, você foi clara desde o início com ele. Você disse que só queria depois do casamento e ele aceitou. E sabe por quê? — Celina falou com firmeza e carinho. — Porque ele te ama. De verdade. O Arthur quer você, do jeito que você é e no tempo que você quiser. E quer saber mais? Isso só mostra o quanto ele é o cara certo.

— Ai, amiga… — Zoe suspirou do outro lado. — Mas essa médica me irrita. Eu olho pra foto dela e penso: "Ela já teve o que eu ainda não tive." Dá vontade de ir lá e bater com o estetoscópio na cara dela. Bater e dizer: "Querida, ele pode ter te tocado, mas quem vai ter o coração dele pra sempre sou eu."

— Eu tô imaginando você batendo nela com um estetoscópio agora.

— Eu já pensei até em comprar um só pra treinar os golpes.

Celina gargalhou.

— Você é uma peça rara, Zoe. Uma hora você tá me emocionando, na outra me fazendo rir como se fosse uma comédia.

— É a vida, né? Drama, romance e umas pitadas de humor pra equilibrar. Mas obrigada, amiga. Eu precisava mesmo conversar com alguém que me entendesse. Não tenho muita paciência pra conselho vazio tipo "ah, se ele te ama, ele vai esperar" ou "confia no seu taco". Precisava ouvir de alguém que já viveu umas boas reviravoltas como você.

— Sempre que precisar, pode me chamar. Podemos combinar de sair qualquer dia desses também, faz tempo que não nos divertimos.

— Por favor! Você está grávida, mas não morta, né gata?

— Fechado. — Celina disse, sorrindo.

Quando a ligação terminou, Celina ainda ficou olhando para a tela do celular, com um sorriso no rosto. Ela estava prestes entrar quando uma notificação chegou.

Mensagem de César.