Entrar Via

O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 242

O sorriso de Celina sumiu.

Ela olhou fixamente para o visor do celular, onde o número de César pulsava ao lado da notificação de mensagem. Suas mãos ficaram geladas por um breve momento, mas ela respirou fundo antes de abrir o conteúdo.

"Precisamos conversar."

Ela bufou, balançando a cabeça em negação e murmurou para si mesma:

— Não temos nada pra conversar, César.

Sem hesitar, apagou a mensagem. Ela não permitiria que ele a desestabilizasse.

Já era noite quando César, em sua luxuosa sala no alto de um dos prédios mais imponentes de São Paulo, assinava documentos, tentando se afundar no trabalho para acalmar a raiva crescente. O ódio por Celina o consumia. Ela o ignorara. Ele não estava acostumado a ser ignorado. Muito menos por ela.

A porta se abriu abruptamente com um estrondo.

— Você só pode estar brincando comigo, César! — Isabela entrou como uma tempestade, gritando.

Sem levantar os olhos dos papéis, ele respondeu com um monótono:

— Isabela, não tenho tempo pra você.

Ela avançou para a mesa, batendo as mãos com força sobre ela.

— Já faz uma semana que te entreguei o vídeo! Uma semana! E sabe o que aconteceu? Nada! Thor e Celina continuam juntos, mais apaixonados do que nunca, postando foto de casal perfeito! Eu te dei uma arma e você não fez absolutamente nada!

César continuou assinando calmamente, como se ela fosse invisível.

— Você é surdo? — Isabela gritou ainda mais alto. Num acesso de raiva, puxou os papéis que ele assinava e os jogou no chão.

César levantou-se de súbito. A cadeira deslizou violentamente para trás e bateu contra a parede. Seus olhos estavam injetados, a mandíbula cerrada.

— Você quer a minha atenção? — a voz dele saiu baixa, mas carregada de veneno. — Então vem aqui.

César a pegou pelo braço, debruçando-a na mesa de costa pra ele. Ele levantou o vestido dela, e abaixou a calça dele. Depois puxou ela pelo cabelo e sussurrou em seu ouvido:

— Eu vou aliviar todo meu ódio em você sua vagabunda de quinta.

Isabela então fala:

— Adoro quando você está com ódio. Maltrata gostoso vai.

Depois de muito tempo, César arrumando sua roupa e Isabela sentada na cadeira se recompondo, ela diz:

— Você com ódio é insaciável. Adoro isso. Acho que estou ficando apaixonada.

César então responde:

Escuta bem, Isabela. O seu tempo acabou. Eu não tenho mais interesse em continuar com você. Você não me traz resultados. Você é um problema, não uma solução.

Isabela, em choque, tentou se recompor da frieza dele.

— Você... você tá me dispensando? Depois de tudo o que fiz por você? César, você não pode fazer isso.

— Posso. E estou fazendo. — Ele deu um passo à frente, mantendo a postura imponente e cruel. — Eu tolerei você enquanto me servia. Foi... digamos que, divertido usar você de todas as formas. Adoro comer mulher que abre as pernas fácil demais. Mas, agora você se tornou um incômodo.

— Sou. E é por isso que sempre estive dois passos à sua frente.

Ela saiu batendo a porta com força, o som ecoando pelo corredor.

César respirou fundo, recolhendo os papéis espalhados pelo chão com absoluta calma, como se nada tivesse acontecido. Seu desprezo era completo. Ele não tinha mais tempo para amadores. Ele queria Celina de volta. E, desta vez, estava disposto a ir até o limite.

Ele pegou o celular, abriu o contato de Celina e olhou para a tela por alguns segundos.

— Ignorar minhas mensagens foi o seu primeiro erro, Celina. — murmurou para si mesmo, um sorriso frio nos lábios. — O próximo passo… você não vai conseguir apagar. Com Thor você não fica.

Isabela entrou no carro com as mãos trêmulas e o coração acelerado, batendo a porta com tanta força que seu motorista, já acostumado com os surtos dela, fingiu não se assustar. Mandou que ele a levasse para casa, mas o caminho parecia interminável diante da fúria que consumia cada pedaço de sua alma.

— Maldito… — sussurrou entre dentes, enquanto seus olhos, marejados, fixavam-se no vidro da janela. — Você vai pagar por me humilhar desse jeito, César. Você pensa que pode me descartar como um lixo? Que pode me usar e depois me jogar fora como se eu nunca tivesse servido para nada?

As lágrimas desciam, mas eram de ódio, não de tristeza.

— Você não vai sair dessa limpo. Você não vai ficar com a última palavra. Eu vou te mostrar com quem você mexeu. Eu juro… eu juro que vou te destruir. Você acha que é cruel? Você nunca viu o pior de mim.

Seu punho cerrado batia ritmadamente contra a coxa, como se tentasse conter a explosão iminente. Cada lembrança, cada palavra dele, cada desprezo que recebera naquela sala era como gasolina lançada ao fogo do seu orgulho ferido.

— Você vai implorar para eu sair da sua vida. Vai se arrepender de ter me virado as costas, César… — ela murmurava, a voz carregada de promessas sombrias.

O carro estacionou em frente ao prédio dela. Isabela desceu e entrou no saguão já articulando mentalmente os próximos passos. Ela não era do tipo que aceitava perder. Não com César. Não com ninguém.

— Você me subestimou — disse baixinho, ao fechar a porta de seu apartamento. — E agora vai descobrir do que eu sou capaz.

Ela limpou o rosto, respirou fundo, e um sorriso frio se formou em seus lábios. O jogo estava longe de terminar. Para ela, o verdadeiro jogo estava apenas começando.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR