Entrar Via

O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 244

Thor dirigia pelas ruas da cidade com a mente em ebulição. O celular vibrava insistentemente no banco do passageiro. Ele viu o nome Minha Vida na tela, mas rejeitou a ligação sem pensar duas vezes.

Na cobertura, Celina, sentada no sofá, olhou para o celular com os olhos marejados e sussurrou para si mesma:

— Não adianta recusar, eu vou ligar até você atender.

Determinada, ela ligou novamente. Mais três vezes. Thor recusou todas.

— Agora não, amor… — murmurou Thor, apertando com força o volante. — Enquanto eu não esfriar a cabeça, não vamos conversar. Eu não vou ser o Thor do passado.

Minutos depois, Thor já estava na porta da mansão de Arthur, apertando a campainha sem parar. A empregada abriu a porta e antes que pudesse anunciar, Thor já entrou perguntando:

— Cadê o Arthur?

Arthur apareceu na sala de estar, visivelmente exausto, coçando os olhos, usando apenas uma cueca.

— O que houve, Thor? — perguntou ele, bocejando.

— Você não poderia pelo menos colocar uma roupa? — Thor resmungou.

— Vai pra puta que te pariu, Thor! Eu estava dormindo, tentando descansar depois de horas fazendo uma cirurgia complicada, e você ainda me pede para colocar uma roupa? — rebateu Arthur, irritado.

— Foi mal. Eu preciso conversar — Thor disse, massageando as têmporas.

— Senta aí. Vou colocar uma calça e pegar alguma coisa pra beber. — Arthur saiu resmungando.

— Eu estou parando de beber — Thor avisou, enquanto se jogava no sofá.

Arthur voltou minutos depois com um suco e sentou na poltrona de frente para ele.

— O que aconteceu, Thor?

— Celina foi encontrar o César hoje — disse Thor, soltando o ar com força.

— Tá com ciúmes daquele verme? — Arthur ergueu uma sobrancelha.

— Claro que não! — Thor bufou, impaciente. — Só estou muito puto. E se alguma coisa acontece com minha mulher e meus filhos? — O celular de Thor vibrou novamente. — Merda.

— Não vai atender? — Arthur questionou.

— Não. Eu estou com a cabeça quente. Não quero falar algo que vou me arrepender depois. Celina não merece isso. — Thor jogou a cabeça para trás no encosto.

Arthur o observou por alguns segundos e sorriu de canto.

— Você realmente está mudando. — Ele tomou um gole do suco. — Agora me fala direito, o que aconteceu? Ela te contou o que rolou?

Thor passou a mão no rosto.

— Não. Acho que ele queria reconquistar ela.

— Esse cara é um lixo mesmo. — Arthur se inclinou para frente. — E você ficou com ciúmes?

— Eu fiquei puto. Ele estava segurando as mãos dela quando eu cheguei. — Thor cerrou os punhos. — Eu sei que ela ama a mim, mas só de ver aquele desgraçado tocando nela…

— É ciúmes, sim — Arthur riu. — Você pode negar, mas é ciúmes.

Eles conversaram por muito tempo.

— Agora, posso falar como seu amigo e como médico? — perguntou Arthur.

— Vai. — Thor jogou uma almofada nele.

— Cara, vocês estão brigando, se afastando, tudo por causa de algo super importante num relacionamento. Sabe o que está faltando? Sexo. Você precisa transar com a sua mulher. Isso vai resolver metade do seu mau humor.

— Eu já te falei. Estou esperando ela passar pelo médico. — Thor bufou, irritado.

Thor foi até ela e a envolveu num abraço apertado.

— Me desculpa, amor. Eu precisava organizar meus pensamentos. — Thor falou contra o cabelo dela.

Celina soluçou, aliviada por vê-lo ali, por senti-lo.

— Eu fiquei com medo que você não voltasse.

— Eu sempre vou voltar. Pra você. Pra nós. — Ele afastou o rosto e olhou nos olhos dela. — Eu te amo, Celina. Nunca duvide disso.

Ela sorriu entre lágrimas.

— Vamos conversar? — ela pediu.

— Vamos. — Ele segurou a mão dela e os dois seguiram juntos para o quarto.

Quando chegaram no quarto, ainda havia uma tensão no ar, mas agora estava carregada de algo mais: necessidade, saudade, conexão. Thor fechou a porta atrás de si, apoiou as costas nela e soltou um suspiro longo, como se finalmente tivesse deixado um fardo no corredor.

— Me dá só uns minutinhos, amor. Vou tomar um banho bem rápido — ele disse, com a voz mais suave, quase um pedido de tempo para organizar as emoções.

Celina assentiu com um leve sorriso. Minutos depois, foi até o closet. Ela respirava fundo, tentando processar tudo que tinha acontecido.

Enquanto Thor tomava banho, ela escolheu cuidadosamente uma roupa confortável para ele e colocou sobre a poltrona. Quando se virou para pegar outra peça, sentiu, de repente, os braços fortes de Thor envolvendo sua barriga por trás, o corpo ainda quente do banho e com o perfume amadeirado e fresco invadindo todos os seus sentidos.

Ele encostou o rosto nos cabelos dela, inalando o aroma doce e familiar.

Os lábios de Thor traçaram um caminho de beijos suaves até o pescoço dela, enquanto suas mãos a puxavam com mais firmeza contra seu corpo.

Celina fechou os olhos, permitindo-se sentir aquele momento. Quando virou-se nos braços dele, o olhou profundamente e, sem esperar mais, puxou-o pela nuca, capturando sua boca em um beijo intenso.

As mãos de Thor deslizaram pelas costas dela até encontrar o zíper do vestido.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR