Thor dirigia pelas ruas da cidade com a mente em ebulição. O celular vibrava insistentemente no banco do passageiro. Ele viu o nome Minha Vida na tela, mas rejeitou a ligação sem pensar duas vezes.
Na cobertura, Celina, sentada no sofá, olhou para o celular com os olhos marejados e sussurrou para si mesma:
— Não adianta recusar, eu vou ligar até você atender.
Determinada, ela ligou novamente. Mais três vezes. Thor recusou todas.
— Agora não, amor… — murmurou Thor, apertando com força o volante. — Enquanto eu não esfriar a cabeça, não vamos conversar. Eu não vou ser o Thor do passado.
Minutos depois, Thor já estava na porta da mansão de Arthur, apertando a campainha sem parar. A empregada abriu a porta e antes que pudesse anunciar, Thor já entrou perguntando:
— Cadê o Arthur?
Arthur apareceu na sala de estar, visivelmente exausto, coçando os olhos, usando apenas uma cueca.
— O que houve, Thor? — perguntou ele, bocejando.
— Você não poderia pelo menos colocar uma roupa? — Thor resmungou.
— Vai pra puta que te pariu, Thor! Eu estava dormindo, tentando descansar depois de horas fazendo uma cirurgia complicada, e você ainda me pede para colocar uma roupa? — rebateu Arthur, irritado.
— Foi mal. Eu preciso conversar — Thor disse, massageando as têmporas.
— Senta aí. Vou colocar uma calça e pegar alguma coisa pra beber. — Arthur saiu resmungando.
— Eu estou parando de beber — Thor avisou, enquanto se jogava no sofá.
Arthur voltou minutos depois com um suco e sentou na poltrona de frente para ele.
— O que aconteceu, Thor?
— Celina foi encontrar o César hoje — disse Thor, soltando o ar com força.
— Tá com ciúmes daquele verme? — Arthur ergueu uma sobrancelha.
— Claro que não! — Thor bufou, impaciente. — Só estou muito puto. E se alguma coisa acontece com minha mulher e meus filhos? — O celular de Thor vibrou novamente. — Merda.
— Não vai atender? — Arthur questionou.
— Não. Eu estou com a cabeça quente. Não quero falar algo que vou me arrepender depois. Celina não merece isso. — Thor jogou a cabeça para trás no encosto.
Arthur o observou por alguns segundos e sorriu de canto.
— Você realmente está mudando. — Ele tomou um gole do suco. — Agora me fala direito, o que aconteceu? Ela te contou o que rolou?
Thor passou a mão no rosto.
— Não. Acho que ele queria reconquistar ela.
— Esse cara é um lixo mesmo. — Arthur se inclinou para frente. — E você ficou com ciúmes?
— Eu fiquei puto. Ele estava segurando as mãos dela quando eu cheguei. — Thor cerrou os punhos. — Eu sei que ela ama a mim, mas só de ver aquele desgraçado tocando nela…
— É ciúmes, sim — Arthur riu. — Você pode negar, mas é ciúmes.
Eles conversaram por muito tempo.
— Agora, posso falar como seu amigo e como médico? — perguntou Arthur.
— Vai. — Thor jogou uma almofada nele.
— Cara, vocês estão brigando, se afastando, tudo por causa de algo super importante num relacionamento. Sabe o que está faltando? Sexo. Você precisa transar com a sua mulher. Isso vai resolver metade do seu mau humor.
— Eu já te falei. Estou esperando ela passar pelo médico. — Thor bufou, irritado.
Thor foi até ela e a envolveu num abraço apertado.
— Me desculpa, amor. Eu precisava organizar meus pensamentos. — Thor falou contra o cabelo dela.
Celina soluçou, aliviada por vê-lo ali, por senti-lo.
— Eu fiquei com medo que você não voltasse.
— Eu sempre vou voltar. Pra você. Pra nós. — Ele afastou o rosto e olhou nos olhos dela. — Eu te amo, Celina. Nunca duvide disso.
Ela sorriu entre lágrimas.
— Vamos conversar? — ela pediu.
— Vamos. — Ele segurou a mão dela e os dois seguiram juntos para o quarto.
Quando chegaram no quarto, ainda havia uma tensão no ar, mas agora estava carregada de algo mais: necessidade, saudade, conexão. Thor fechou a porta atrás de si, apoiou as costas nela e soltou um suspiro longo, como se finalmente tivesse deixado um fardo no corredor.
— Me dá só uns minutinhos, amor. Vou tomar um banho bem rápido — ele disse, com a voz mais suave, quase um pedido de tempo para organizar as emoções.
Celina assentiu com um leve sorriso. Minutos depois, foi até o closet. Ela respirava fundo, tentando processar tudo que tinha acontecido.
Enquanto Thor tomava banho, ela escolheu cuidadosamente uma roupa confortável para ele e colocou sobre a poltrona. Quando se virou para pegar outra peça, sentiu, de repente, os braços fortes de Thor envolvendo sua barriga por trás, o corpo ainda quente do banho e com o perfume amadeirado e fresco invadindo todos os seus sentidos.
Ele encostou o rosto nos cabelos dela, inalando o aroma doce e familiar.
Os lábios de Thor traçaram um caminho de beijos suaves até o pescoço dela, enquanto suas mãos a puxavam com mais firmeza contra seu corpo.
Celina fechou os olhos, permitindo-se sentir aquele momento. Quando virou-se nos braços dele, o olhou profundamente e, sem esperar mais, puxou-o pela nuca, capturando sua boca em um beijo intenso.
As mãos de Thor deslizaram pelas costas dela até encontrar o zíper do vestido.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...