Entrar Via

O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 296

Ava arqueou uma sobrancelha, como se desafiando-o com aquele tom intrigante.

— Tempo para quê?

— Para fazer o que você não planejou. — Gabriel murmurou, parando à frente dela, os olhos firmes nos dela. — Pra sentir.

Ava suspirou, um pouco surpresa com a força daquelas palavras. Ele levou a mão ao rosto dela, deslizando os dedos com carinho. Seus olhos, profundos e atentos, buscavam nela não apenas desejo, mas entrega.

— Eu sei que você gosta de manter tudo sob controle, Ava. Que seu mundo é feito de rotina, previsões e estabilidade. Mas... — ele fez uma breve pausa, aproximando seus lábios do ouvido dela —... e se, só por hoje, você deixasse o coração guiar o caminho?

Ela fechou os olhos por um instante, tentando conter a reação visceral que ele provocava em seu corpo. Cada palavra dele parecia encontrar um espaço dentro dela que antes estava adormecido.

— Gabriel... — ela sussurrou, com a voz mais suave do que o habitual —... você não tem idéia do que está fazendo comigo.

— Acho que tenho sim... — ele respondeu, puxando-a gentilmente pela cintura.

Os corpos se colaram, e ela sentiu o calor dele percorrer sua pele como se fosse uma corrente elétrica. Gabriel a beijou com calma, sem pressa, como se estivesse descobrindo cada milímetro de sua boca. O beijo foi se aprofundando, tornando-se mais quente, mais íntimo. Suas mãos percorriam as costas dela com firmeza e delicadeza ao mesmo tempo.

Ava sentiu-se tonta, mas não de confusão, e sim de intensidade. Era como se todas as barreiras cuidadosamente construídas dentro dela estivessem ruindo, uma a uma, diante do toque dele.

— Isso... — ela murmurou entre beijos, encostando a testa na dele, com os olhos fechados —... isso são as famosas borboletas no estômago, não é?

Gabriel sorriu contra os lábios dela, como se aquela frase tivesse sido o maior presente que poderia receber.

— É. Mas no seu caso... — ele sussurrou com a voz rouca —... acho que são borboletas com asas flamejantes.

Ava sorriu, sem acreditar que estava sentindo-se tão viva, tão solta.

Ele a pegou no colo com facilidade, a fazendo sorrir de surpresa e prazer. Deitou-a na cama, sem desviar os olhos dos dela, e começou a despir-se com gestos lentos, mantendo sempre o contato visual, como se dissesse:

“estou aqui, inteiro, pra você”.

Ela, por fim, deixou-se levar. Os beijos voltaram, mais intensos, as mãos explorando o corpo um do outro com desejo e cuidado. Gabriel a despiu devagar, como quem desembrulha um segredo, e a beijou nos ombros, no pescoço, na curva da cintura, como se quisesse decorar cada parte dela na memória.

E ali, naquele silêncio, dois mundos opostos se encontraram: a razão e a emoção, a previsibilidade e o improviso, o controle e a entrega.

Os corpos se uniram num ritmo profundo, lento e apaixonado, como se ambos estivessem aprendendo um idioma novo, criado apenas para eles. Ava gemeu baixo, sussurrou o nome dele algumas vezes, cravando as unhas em suas costas como se quisesse eternizar aquele momento.

— Gabriel... — ela disse, já ofegante, com os olhos fechados e o coração batendo fora do compasso —... eu nunca me senti assim.

Ele encostou a testa na dela novamente, ambos ofegantes, os corpos ainda entrelaçados.

— Eu estou perdidamente apaixonado por você, Ava. E não vou... não vou perder você. Você é a mulher que vou levar para o altar!

— Cedo nada. Hoje é um dia especial. — ele sussurrou, com um brilho nos olhos.

Antes que ela pudesse perguntar o que aquilo significava, ele a puxou com delicadeza, fazendo-a levantar da cama, ainda confusa. A conduziu, de mãos dadas, até o final do corredor, parando diante da porta do quarto de hóspedes. Quando ele abriu, Celina deu um passo hesitante para dentro… e ficou paralisada.

O quarto estava transformado.

Havia uma leve fragrância floral no ar, música instrumental suave tocando ao fundo, e dois profissionais de beleza já organizando pincéis, maquiagens e produtos com discrição.

Mas o que realmente fez Celina prender a respiração foi o vestido branco pendurado na janela. Um modelo elegante, romântico, com detalhes delicados em renda, perfeitamente iluminado pela luz do sol que entrava ali.

— O que é isso? — ela perguntou, a voz embargada, o olhar fixo na peça.

Thor se aproximou por trás, abraçando-a pela cintura, com o queixo pousado em seu ombro. E então sussurrou em seu ouvido:

— Eu sei que você quer se casar, ter uma festa linda... depois que nossas filhas nascerem. E vamos ter essa festa, eu prometo. Mas, antes de qualquer coisa, antes de todo mundo... eu preciso que você seja oficialmente minha. A Senhora Miller... no papel... no coração você já é há muito tempo.

Celina ficou em silêncio, o coração acelerado, as emoções em turbilhão. Sentia o mundo girar um pouco mais devagar naquele instante.

Thor beijou seu pescoço com carinho e completou:

— Te espero daqui a duas horas, lá embaixo. Fique ainda mais linda... só pra mim.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR