Entrar Via

O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 310

Gabriel então falou:

— Vó, deixa a gente se ajeitar primeiro. Chegamos agora da festa, estamos cansados. A viagem para o Brasil foi longa. Depois, com um café e aquele bolo maravilhoso que só a senhora sabe fazer, conversamos sobre altar.

— É um prazer conhecer a senhora pessoalmente. Gabriel fala muito da senhora. — disse Ava, abraçando vovó Adelaide com gentileza.

— Ava, onde foi que você aprendeu a falar português tão bem? — perguntou Luzia, curiosa.

— Sempre tive vontade de conhecer o Brasil. Aí comecei a conversar com brasileiros em plataformas de intercâmbio e cursos online. Mas ainda tenho dificuldade com algumas palavras e expressões.

— Mãe, eu sei que a senhora está com saudade, mas a gente precisa descansar de verdade. Amanhã conversamos com calma, pode ser? — pediu Gabriel com delicadeza.

— Claro, meu filho. O seu quarto está limpinho, podem ir lá descansar. Não repara Ava, a casa é simples, mas tem muito amor. — disse Luzia, com um olhar carinhoso.

Gabriel guiou Ava até o corredor, ainda segurando sua mão. Antes de entrarem no quarto, ele se virou e olhou para ela com um sorriso tranquilo.

— Bem-vinda à minha bagunça familiar.

No antigo quarto de Gabriel, ainda decorado com pôsteres antigos e um violão encostado no canto, Ava sentou-se na beirada da cama com o buquê no colo, observando os detalhes simples do espaço. Havia algo reconfortante ali, um contraste com a vida corrida que levava.

Gabriel a observava, recostado na porta com um sorriso calmo.

— Você vai dormir com esse buquê?

Ela olhou para ele, quase desafiadora:

— Talvez. É bonito. Me lembra que eu corri mais rápido do que todas as outras.

— E ganhou um futuro marido como prêmio?

Ela sorriu, sacudindo a cabeça.

— Você não vai me fazer ceder tão fácil, Gabriel.

Ele caminhou até ela, ajoelhou-se aos seus pés e pegou suas mãos com delicadeza.

— Eu não quero que você ceda. Quero que você escolha. Por você. Por mim. Pelo que estamos construindo.

— Gabriel, a vida nos Estados Unidos não é como aqui. Lá não tem jeitinho, não tem improviso. Se a gente não pagar a conta de luz, morre de frio. Tudo funciona com base em responsabilidade e planejamento. O custo de vida em Nova York é altíssimo. E eu não vim de berço rico, eu vi meus pais se matarem de trabalhar para eu estar onde estou hoje. Eu não posso simplesmente viver de romance. Eu quero construir algo sólido com você. Quero juntar dinheiro, quero pensar na nossa velhice, na nossa estabilidade. Eu quero a nossa empresa, nosso futuro. Eu preciso disso tanto quanto preciso respirar.

— E é por isso que eu me apaixonei por você, doutora racional. Porque enquanto o mundo está aí tentando viver de conto de fadas, você está com os pés no chão, olhando pra frente, planejando um império.

Ele tocou o queixo dela com carinho e continuou, provocando:

— Mas deixa eu te lembrar de uma coisa… estabilidade não se constrói só com planilha. Às vezes, é preciso um pouco de caos, um pouco de loucura… um pouco de mim.

— Se eu soubesse que casando com você ia ganhar essa visão todo dia, tinha te pedido em casamento no primeiro dia que saímos juntos — ele disse, encostado na borda da piscina, só de bermuda preta, os olhos grudados nela.

Zoe sorriu, tímida, mas sentindo o corpo esquentar pelo olhar dele.

— Você é um exagerado. E está conseguindo me deixar sem graça.

— Eu sou um homem apaixonado. Cadê a Zoe divertida que não fica sem graça com nada? — Arthur estendeu a mão. — Vem cá, Senhora Ferraz... deixa eu te mostrar o quanto estou louco por você. Vou te dar muito prazer nessa água.

Ela se aproximou, e ele a puxou pela cintura para dentro da água. O calor do toque dele, aliado ao contraste da água morna, fez Zoe suspirar.

— Está me olhando assim por que? Você não cansa não? — perguntou ela, encabulada com a intensidade do olhar dele.

Arthur colou os lábios no ouvido dela e sussurrou:

— Porque você é a minha perdição. Não me canso de você, do seu corpo. Você é meu paraíso particular. E agora, minha esposa. Não tem como eu te olhar de outro jeito.

Zoe apertou os olhos, sentindo-se completamente derretida por aquelas palavras.

— Arthur...

— Shhh... — ele a interrompeu, deslizando os dedos pelas costas dela, sob a água. — Hoje, eu não quero pressa. Quero explorar cada pedacinho seu, devagar... te fazer perder o fôlego só com a ponta dos dedos.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR