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O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 344

Imediatamente, duas enfermeiras e uma médica vieram correndo com uma maca.

— Deita ela aqui, rápido! — ordenou a médica.

Com todo o cuidado que o pânico permitia, Thor a deitou sobre a maca, ainda segurando a mão dela.

— O que aconteceu com ela? — perguntou a médica, enquanto uma equipe começava os primeiros procedimentos.

— Quando cheguei em casa ela estava passando muito mal… verifiquei a pressão estava 16 por 10 … e… e quando cheguei aqui ela apagou! No meu colo! — Thor mal conseguia falar sufocado pelo medo. — Por favor, salva ela… salva ela…

— Pressão altíssima! — gritou uma das enfermeiras. — 19 por 12! Saturação caindo!

— Ela estava se queixando de dor de cabeça intensa antes de desmaiar? — perguntou a médica, enquanto examinava rapidamente os olhos, reflexos e auscultava o coração.

— Sim! Ela disse que parecia que a cabeça ia explodir! Começou a passar mal depois que leu uma carta! — Thor apertava a mão dela com força, desesperado. — Ela tá grávida de 34 semanas… são duas meninas!

A médica trocou um olhar tenso com a equipe.

— Vamos levar para avaliação urgente! Pode ser um quadro hipertensivo grave! — avisou. — Continuem monitorando sinais vitais e prepara a obstetra de plantão!

Enquanto corriam com a maca pelos corredores, o monitor cardíaco apitava alto e os passos ecoavam como trovões. Thor seguia ao lado, sem soltar a mão dela.

Minutos depois, no centro obstétrico, uma nova médica apareceu com pressa e olhou os dados.

— Estamos com sofrimento fetal iminente. Precisamos ir para uma cesárea de emergência imediatamente.

— Eu sou o pai! — disse Thor sem hesitar, com os olhos vermelhos. — Eu quero estar com ela. Por favor, me deixem entrar.

— Vamos te preparar — disse a enfermeira. — Vem comigo agora.

Antes de soltar a mão de Celina, Thor abaixou e sussurrou no ouvido dela, mesmo sem resposta:

— Fica comigo, meu amor. Eu não vou saber cuidar de duas meninas sozinho. Eu te amo. Você não vai me deixar.

E então seguiu para a sala de preparação, o coração em pedaços, mas firme — porque Celina precisava dele. E ele precisava dela viva.

Thor se preparava sentindo o corpo falhar. As mãos tremiam. O estômago revirava. Quando foi autorizado, ele entrou. O frio da sala operatória era insuportável . O corpo de Celina parecia tão pequeno, mesmo com a barriga imensa. Ela estava pálida, os braços abertos, monitorada, já havia sido anestesiada.

Ele caminhou até ela, trêmulo, e sentou ao lado da cabeça da mulher que era seu mundo.

— Amor estou aqui, fica tranquila vamos ver nossas princesas. Fica comigo… escuta minha voz… você não está sozinha.

A médica já estava com o bisturi na mão.

— Equipe pronta? Então vamos tirar esses bebês agora.

A médica iniciou a incisão. O corte. O sangue. O líquido amniótico escorrendo. O cheiro metálico no ar.

— Primeiro bebê… — disse a médica, concentrada.

Thor olhou imediatamente para sua primogênita. O tempo pareceu parar.

— É uma menina! Mas está pálida, sem choro. Reanimação! — disse a médica.

Um som fraco preencheu a sala. Thor emocionado falou:

— Antonella… — murmurou com as lágrimas escorrendo em seu rosto. — O nome dela é Antonella… — voltou olhar para Celina. — Nossa primogênita nasceu amor.

A enfermeira levou o bebê apressada para a incubadora. Thor tremia. Mas não havia tempo para descanso.

— Segundo bebê vindo! — anunciou a médica.

Thor mal conseguia respirar.

— Outra menina! Está respirando, mas hipotônica! Pressão da mãe caindo rápido! Muito sangue!

— Safira… — sussurrou ele, como uma oração. — O nome dela é Safira… O que está acontecendo?

Mas então… o mundo desabou.

— Saturação da mãe em queda! Hemorragia uterina grave! — gritou a médica. — Ocitocina, agora! Clampes! Estamos perdendo a paciente!

“Estamos perdendo a paciente.”

As palavras ecoaram na cabeça de Thor como uma sentença. Ele congelou.

Mas então… algo quebrou o silêncio.

Bip… bip… bip…

O monitor voltou. Fraco, mas constante. As batidas do coração reapareceram como um milagre.

— Ritmo sinusal voltando! — gritou a médica. — Pressão subindo! Saturação estabilizando!

A sala vibrou em tensão aliviada.

— Ela está voltando…

Emma chorava. Beijava o rosto da filha. A médica sorriu por um segundo, depois voltou a costurar o corte.

— Concluindo sutura. Vamos levá-la para a UTI. Mas ela está viva.

HORAS DEPOIS – UTI OBSTÉTRICA

Celina estava desacordada, mas viva. Pálida, exausta, conectada a monitores. Mas viva.

Ao seu lado, Thor. Ele segurava a mão dela, os olhos inchados.

Emma se aproximou devagar, emocionada. Tocou o ombro do genro.

— Você salvou minha filha, Thor. Muito obrigada!

— Não… quem salvou ela foi a senhora. — respondeu ele, a voz rouca. — Eu só gritei. Surtei vendo ela quase morrer. A senhora… a trouxe de volta. O seu amor a trouxe de volta!

Eles se abraçaram.

— O amor de mãe faz milagres. Precisamos sair. Vamos ver as meninas? — perguntou Emma, sorrindo por trás das lágrimas.

Thor assentiu. Juntos, saíram. Celina ficou ali. Imóvel. Mas com os batimentos firmes. O milagre havia acontecido.

Ela havia voltado.

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