Algumas horas se passaram.
Lá dentro, Celina permanecia dormindo, mas viva. Os monitores já não gritavam como antes. O pulso havia estabilizado, a pressão controlada com medicação intravenosa. Seu corpo ainda estava fraco, vulnerável, mas lutando.
Thor foi autorizado a entrar novamente por alguns minutos.
Quando ele entrou, a enfermeira o guiou até o leito. Celina estava ali, viva. Cada bip do monitor era uma pequena vitória.
Thor sentou-se ao lado da cama. Pegou a mão dela com cuidado, a emoção transbordando em seu ser.
— Você me deu o melhor presente do mundo, amor. Duas princesinhas mais lindas deste mundo — sussurrou. — Eu achei que ia te perder, minha vida. O que seria de mim sem você?
Ele se inclinou, encostou a testa na dela.
— Eu te amo mais do que tudo nesta vida!
Ele voltou a olhar para ela.
— Eu juro pra você que vou fazer uma vasectomia. Nunca mais quero te ver sofrendo. Nunca mais quero sentir que estou te perdendo.
Ele saiu poucos minutos depois, com a promessa de ser chamado assim que ela acordasse.
Algumas horas depois, a luz do sol filtrava-se timidamente pelas janelas da UTI.
Celina mexeu os dedos.
A enfermeira percebeu o leve movimento da mão e correu para o monitor. Em segundos, a médica responsável chegou.
— Celina? — disse a médica, inclinando-se. — Você consegue me ouvir?
Ela piscou. Uma vez. Depois duas. Tentou mover os lábios. Um som rouco escapou, quase inaudível.
—… Thor…
A médica sorriu.
— Ele está sentado lá fora. Vou permitir a entrada dele.
Thor entrou poucos minutos depois. Os olhos dele se encheram de lágrimas ao vê-la acordada.
— Amor… — disse, aproximando-se, engolindo um soluço. — Senti falta dos seus lindos olhos. Estava ansioso para ver a mamãe mais linda e valente do mundo.
Celina piscou devagar. Os olhos ainda estavam pesados, mas havia um brilho lá — um reconhecimento silencioso.
— As… meninas? — murmurou, com a voz áspera.
Thor se aproximou mais. Sorriu, com os olhos molhados, e segurou a mão dela.
— Antonella e Safira. Elas estão bem. Foram levadas para observação, mas são perfeitas, Celina. Perfeitas. Têm os seus olhos.
Uma lágrima escorreu do canto do olho dela.
— Graças a Deus. E… a Emma… — ela falou baixinho.
— Está lá fora, amor. Aguardando para eu dar notícias.
— Pede pra ela entrar, amor — Celina sussurrava.
Emma entrou logo depois, autorizada pela médica.
— Eu vou deixar vocês a sós — disse Thor, dando um beijo na testa de Celina em seguida. — Amo você!
Thor saiu, e Emma se aproximou. Celina a olhou fixamente, e as lágrimas rolaram.
— Me perdoa, mãe! Por tudo o que te disse.
— Você não pode ficar falando muito, Celina. Não pode chorar, ter emoções fortes. Precisa descansar para poder ver suas meninas.
Emma se aproximou mais, as lágrimas rolando. Segurou a mão de Celina e, com a outra, fez carinho na cabeça dela.
— Por favor, filha, não chora. Você não tem que me pedir perdão. Minha menina linda. Mamãe te ama!
— Eu quase morri, mãe. Sem dar oportunidade pra senhora falar. Por favor, me perdoa!
Emma deu um beijo na testa da filha e disse, muito emocionada:
— Ai, meu Deus... pensei que não ia chegar a tempo de presenciar este momento lindo.
— Oi, mãe. Que bom que a senhora chegou. Elas são todinhas o Thor. Só carreguei oito meses.
Emma deu um beijo na cabeça de Celina.
— Têm os seus olhos, filha. Você não foi diferente. Eu literalmente só gerei, porque você é a cara do seu pai.
— Que cheirinho de vida que elas têm. Isso é tão mágico. Valeu a pena tudo o que passei. Não tem como explicar o que estou sentindo neste momento. — disse Celina, emocionada.
O celular de Thor tocou.
— Amor, eu preciso atender. Sogra, ajuda a Celina que já volto.
Thor saiu do quarto e atendeu imediatamente.
— Fala, irmão, como você está? — disse Thor, com um leve sorriso cansado.
Do outro lado da linha, a voz de Arthur veio firme, mas com um toque de carinho:
— Parabéns, cara. Pelas meninas. Você merece tudo isso.
— Valeu, irmão. Obrigado de coração. — Thor respirou fundo, ainda com a emoção recente à flor da pele. — Ontem seu pai me contou que você assinou o divórcio... resolveu aceitar a vontade da Zoe.
Arthur ficou em silêncio por um instante, antes de responder:
— Eu dei a liberdade a ela. Zoe é nova, merece viver, merece encontrar um homem que a ame de verdade... que não seja um covarde como eu fui.
Thor apertou o celular na mão.
— Arthur... presta atenção no que eu vou te dizer agora. Eu quase perdi minha esposa. E isso me ensinou muita coisa. A vida é curta demais pra gente desperdiçar se odiando, se sabotando... Eu te disse que ia fazer você mudar de ideia e aceitar fazer o tratamento pra voltar a andar.
— Thor... — Arthur interrompeu, com a voz embargada. — Não tem perdão pra mim.
Thor engoliu seco. E então disse, firme:
— Arthur, a Zoe está grávida.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...