Arthur ainda sentia os lábios de Zoe nos seus. O gosto dela permanecia em sua boca como uma lembrança viva, um calor que não cessava. Quando os dois afastaram os rostos, mantendo as testas coladas, suas respirações descompassadas traduziam muito mais do que palavras.
— Eu te amo, linda. Como nunca amei alguém antes. — murmurou ele, com a voz rouca e emocionada.
Zoe sentia o coração pulsar no peito como se cada batida fosse uma súplica. Queria dizer que também o amava, que o amor nunca morreu, apenas foi abafado pelas dores e mágoas. Mas ela ainda não estava pronta para expor tudo com palavras. Ainda não. Então, apenas assentiu com a cabeça, tentando conter o que queimava em seu peito.
Arthur entendeu. Sabia que seria um longo processo. Que teria que reconquistar cada pedaço dela, cada gesto, cada olhar, cada palavra de carinho. E estava disposto. Completamente disposto a isso.
— Quer fazer um lanche? — perguntou ele, com um sorriso suave.
Zoe suspirou.
— Não, consegui jantar com minha mãe antes de sair de casa. Só preciso de um banho.
— Claro. Vamos para o quarto.
Ele girou a cadeira de rodas com suavidade, guiando-a até o quarto. Ao entrarem, Zoe foi invadida por uma sensação familiar. O ambiente com o cheiro dele, as fotos deles. As luzes amareladas davam ao espaço um ar intimista, quase mágico.
— Como você me deu carta branca, então aqui será o nosso quarto. — disse Arthur, parando no centro do cômodo. Seus olhos encontraram os dela. — Nosso recomeço. Nosso ninho de amor. Aqui vamos resolver nossas pendências antes de dormir. Aqui vamos conversar, nos entender, fazer amor. E se brigarmos... — sorriu de leve — iremos nos reconciliar antes de apagar as luzes. Sempre.
Zoe o olhava. A voz dele era suave, carregada de promessas. Ela sentia que queria acreditar em cada uma delas.
— Vamos tentar, Arthur. Um dia de cada vez. — respondeu ela, baixinho.
— Tem toalhas limpas no banheiro. — disse ele, delicadamente.
— Obrigada... — disse Zoe, antes de desaparecer atrás da porta do banheiro.
Arthur a observou sumir e soltou um suspiro longo. Estava exausto, mas um alívio morno lhe invadia o peito. Fechou a porta com cuidado e foi até a sala. Enviou o e-mail rapidamente e, ao finalizar, apenas fechou o notebook e sentou-se no sofá. A cidade brilhava pelas paredes de vidro da cobertura, e ele ficou ali, por alguns minutos, contemplando a imensidão.
Então, minutos depois, passos suaves romperam o silêncio.
— Arthur... — chamou Zoe, com a voz baixa.
Ele se virou lentamente e o que viu fez seu coração disparar.
Zoe, com os cabelos molhados caindo pelos ombros, usava apenas um blusão dele. O tecido cobria até metade das coxas, mas deixava as pernas à mostra, nuas, vulneráveis. O rosto dela estava levemente corado, os olhos úmidos.
— Eu coloquei um blusão seu porque não queria te gritar. Já está tarde... e minha mala ficou aqui. — disse ela, nervosa.
Arthur sorriu, encantado com a imagem diante dele.
— E que bom que ficou... — disse, com a voz grave. — Porque não existe nada mais sensual do que você usando isso... e só isso.
Ela sorriu, envergonhada.
Ele estendeu a mão.
— Vem aqui.
Ela caminhou até ele, pegou sua mão e se deixou ser guiada.
— Senta aqui. — pediu ele, puxando-a com delicadeza para o colo.
Ela se contorcia devagar, tentando conter os gemidos. O corpo gritava, mas o coração ainda protegia as palavras. Arthur a conduzia com calma, com paciência, respeitando cada pausa, cada gesto.
— Arthur... — murmurou ela. — Isso... isso está me deixando louca.
— Isso é só o começo... — respondeu ele, entre beijos.
Os dois se fundiram, entre carícias, suspiros, respirações entrecortadas. A cada movimento, a intimidade entre eles se fortalecia. Zoe se entregava sem reservas, mesmo com o coração ainda em reconstrução. E Arthur a recebia com o cuidado de quem sabe que tem nas mãos algo valioso demais para ser ferido novamente.
Ao fim, ela repousou a cabeça no ombro dele, os corpos ainda unidos, o coração acelerado. Arthur envolveu-a com os braços e beijou o topo da cabeça dela.
— Você está bem? Está com falta de ar? — perguntou, preocupado.
— Estou bem... só um pouco cansada. — murmurou ela, com um sorriso cansado.
Arthur fez carinho nas costas dela até a respiração desacelerar. Ficaram assim por longos minutos, em silêncio, sentindo o calor um do outro.
Então, Zoe ergueu o rosto e disse, com suavidade:
— Eu vou fazer o pré-natal no hospital como sugeriu. Quero o melhor para o nosso filho.
Arthur sorriu e depois deu um selinho nela.
— Eu prometo... — disse, olhando nos olhos dela. — Que você não vai se arrepender por ter tomado essa decisão. Meu pai ficará super feliz, inclusive amanhã... vamos jantar com eles. Minha mãe sente muito a sua falta Linda. Eles ficarão felizes nos vendo juntos novamente. Amor, tudo será diferente. Nosso filho vai ter a família que você sempre sonhou. Eu vou ser um super pai. E, por toda minha vida, vou cuidar de vocês como vocês merecem.
Zoe, emocionada, segurou o rosto dele com as duas mãos. As lágrimas escorreram, mas ela não disse nada. Apenas o beijou. Um beijo carregado de amor que resiste mesmo quando tudo parece ruir.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...