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O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 364

Ela o analisou por um segundo, desconfiada.

— Gabriel e seus mistérios…

Lhe deu um selinho e seguiu em direção ao quarto. Ao entrar, encontrou sobre a cama o vestido vinho de tecido acetinado, cuidadosamente disposto. Um sorriso discreto escapou de seus lábios. Por mais que tentasse manter-se no controle, Gabriel sempre encontrava um jeito de dobrá-la — emocionalmente, afetivamente. E ela... estava gostando disso.

Enquanto Ava se preparava, Gabriel foi até a cozinha e finalizou os últimos detalhes do jantar. As velas já ardiam suavemente, a luz do ambiente fora cuidadosamente diminuída. O vinho repousava nas taças, e uma trilha instrumental de jazz envolvia o espaço com elegância discreta. Ele ajeitou os talheres, reposicionou a flor no centro da mesa e deu um último olhar em volta.

Estava tudo perfeito.

Minutos depois, Ava surgiu na sala. O vestido envolvia seu corpo com uma sensualidade contida, discreta, mas impactante. Os cabelos caíam soltos sobre os ombros e seu perfume preencheu o ambiente como uma presença silenciosa e marcante. Gabriel a olhou e, por um instante, o mundo pareceu parar.

— Você está... inacreditável, amor — sussurrou, aproximando-se. — Elegante, impecável... deslumbrante e absolutamente linda.

Ela o olhava, lutando contra o sorriso que ameaçava escapar.

— Certo... agora me diga o que você está aprontando.

— Surpresa — disse ele, com aquele brilho nos olhos que ela já sabia ser sinônimo de algo grande.

Colocando-se atrás dela, Gabriel cobriu suavemente os olhos dela com as mãos.

— Confia em mim?

— Até quando não faz sentido — respondeu ela com um sorriso leve, tocando a mão dele.

Ele a guiou até a sala de jantar, seus passos sincronizados com o ritmo tranquilo da música.

— Pode abrir os olhos — sussurrou, com a voz rouca em seu ouvido.

Ava piscou e, ao ver a cena diante de si, sentiu o peito aquecer de um jeito raro. A mesa para dois estava posta com uma delicadeza surpreendente. As velas, a flor no centro, a iluminação suave, a música — tudo emanava intimidade e cuidado.

— Gabriel... — murmurou. — Você fez tudo isso... sozinho?

— Cada detalhe foi pensado pra você — disse ele, com um sorriso calmo.

Sentaram-se. O jantar transcorreu com leveza e conexão. Conversaram sobre os planos da empresa que queriam abrir juntos, sorriram de situações do cotidiano, trocaram olhares cúmplices. Ava, mesmo sendo racional até o último fio de cabelo, se permitiu relaxar. Era como se, ali, Gabriel conseguisse tocar partes dela que nem ela sabia que existiam.

— Está tudo perfeito — ela disse, após um gole de vinho. — Você se supera mais a cada dia.

— E ainda nem cheguei na melhor parte — respondeu ele, com um sorriso contido.

Foi então que o som de patinhas suaves ecoou pelo chão de madeira. Blackstone — o gato preto de Ava, nomeado em homenagem a William Blackstone, ícone do direito inglês — surgiu com uma fita azul amarrada ao pescoço. Preso à fita, balançava um pequeno estojo preto de veludo.

— Blackstone? — Ava sorriu, surpresa. — O que você está fazendo, garotão?

Gabriel levantou-se, pegou o estojo e acariciou o gato com carinho.

Ela sorriu, emocionada.

— Você não existe, Gabriel. Age como se a vida fosse fácil de viver...

— E você age como se amar fosse perigoso. Já foi pior, eu sei. Mas agora… agora você me tem. Todos os dias. E pra sempre. Somos encontro de almas, Ava. E eu não vou errar com você. Nunca.

— Eu te amo, Gabriel.

Ela o puxou para um beijo silencioso, profundo e carregado de sentimento. Depois, deitaram-se no sofá. Ava se aninhou sobre o peito dele, ouvindo o som do coração que agora também era seu lar.

Blackstone, como se entendesse o significado daquele momento, subiu no encosto do sofá e se aninhou aos pés deles, como parte viva daquela história.

Depois de algum tempo aninhados no sofá, os dedos de Gabriel começaram a percorrer o corpo de Ava com suavidade, como quem traça o mapa de um território que já conhece, mas nunca se cansa de explorar. Sem pressa, ele subiu lentamente o vestido dela até a cintura, revelando sua pele quente e macia.

Ava o olhou com um sorriso preguiçoso e provocador.

— O que você está fazendo, Gabriel?

Ele não respondeu de imediato. Apenas sentou, segurou-a firme pela cintura e a ergueu no colo, fazendo com que as pernas dela se enroscassem naturalmente em sua cintura.

Com os lábios colados ao ouvido dela, murmurou com a voz rouca:

— Eu só estou indo buscar a sobremesa… na varanda.

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