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O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 366

Zoe desviou o olhar, corando de leve.

— Eu fiz a maior parte, tá? A Cleide só me salvou na hora de cortar a cebola... — sorriu, sem graça.

Arthur arqueou uma sobrancelha com malícia.

— Hum... então se eu sobreviver até amanhã, já sei que posso casar de novo com segurança.

Zoe gargalhou, cobrindo a boca com a mão.

— Idiota! — disse, ainda sorrindo, mas visivelmente envergonhada. — Deixa de ser bobo...

Ele inclinou levemente o corpo para a frente na cadeira, com aquele olhar que a fazia perder o fôlego.

— Quem disse que estou brincando? Se o jantar já está assim, imagina a sobremesa...

Zoe o olhou com os olhos semicerrados, tentando decifrar até onde ia a brincadeira e onde começava a intenção real. Sorriu, desconfiada.

— Você tem esse dom irritante de falar como se estivesse brincando... mas no fundo, sempre tem um fundinho de verdade, né?

Arthur deu um meio sorriso, daquele tipo que dizia tudo sem precisar dizer mais nada.

— Ou talvez seja o contrário... talvez eu diga a verdade sorrindo, só pra ver se você aguenta ouvir. Se vai aceitar.

Zoe sentiu as bochechas corarem de novo, e disfarçou pegando o copo de suco. Mas suas mãos tremiam levemente. Ele sabia exatamente o que fazia com ela. Zoe tentou responder, mas tropeçou nas palavras, sem saber se mudava de assunto ou dava risada.

— A-a sobremesa é mousse, tá? De chocolate... com morango. Não tem segundas intenções! — disse, apontando para a cúpula de vidro, tentando parecer séria.

Arthur soltou uma risada baixa e provocante.

— Chocolate e morango? Amor, você tem noção do que isso faz com um homem?

— Arthur! — exclamou ela, sem saber onde enfiar o rosto.

— Tá bom, vou me comportar — disse ele, fingindo levantar as mãos em rendição. — Mas só porque você está corada do jeito mais fofo do mundo. E eu gosto quando você fica assim... toda sem graça, mordendo os lábios, tentando fugir.

Zoe mordeu o lábio involuntariamente, exatamente como ele descreveu. Abaixou os olhos, apertou o guardanapo no colo e murmurou:

— Você me deixa toda atrapalhada...

— E você me deixa completamente perdido — respondeu ele, num tom mais baixo, mais íntimo.

Por um instante, o clima ficou suspenso entre o sorriso e o desejo, entre a provocação e a ternura. Um reencontro silencioso em cada garfada, em cada troca de olhar.

E então Zoe respirou fundo, ainda tentando se recompor.

— Vamos logo pra sobremesa antes que você resolva... me provocar mais.

— Ah, meu amor... provocar você é meu prato favorito.

Zoe fez menção de se levantar para pegar as taças da mousse, mas Arthur segurou levemente sua mão antes que ela deixasse a cadeira.

— Fica — disse ele, com a voz suave.

As palavras vieram acompanhadas de um toque gentil, quase protetor. O gesto inesperado a fez congelar por um instante, e seu coração acelerou mais do que ela estava disposta a admitir. Aquilo não era só um jantar — era um reencontro de almas, um carinho disfarçado de convite para ficar.

Mas o sorriso escapou antes que conseguisse completar a repreensão. Seus olhos sorriam antes mesmo que a boca acompanhasse, e a leveza do momento a envolveu como um cobertor quente em noite fria.

— Tá bom, tá bom — disse ele, erguendo as mãos em rendição novamente. — Vou fingir que foi coincidência. Mas... se eu ficar descontrolado mais tarde, já sabemos de quem é a culpa.

A risada dela veio rápida, seguida de um suspiro entre divertido e derrotado. Zoe cobriu o rosto com as mãos, envergonhada e encantada ao mesmo tempo.

— Eu deveria ter feito sopa de legumes — murmurou, balançando a cabeça.

Era uma tentativa inútil de parecer indiferente. Por dentro, ela estava derretendo — e não era culpa do calor nem do jantar.

Arthur a olhou com ternura, deixando a provocação de lado por um segundo.

— Você fez tudo perfeito. Até quando fica nervosa, consegue ser irresistível.

Zoe sentiu os olhos marejarem de leve, não de tristeza, mas de emoção. Aquele elogio simples, dito com sinceridade, mexeu com suas defesas mais profundas. Ela mordeu o lábio, segurando o sorriso e a vontade de pular no colo dele ao mesmo tempo.

Suspirou, tentando retomar o controle da situação.

— Vamos logo pra sobremesa antes que você comece outra provocação.

A tentativa de parecer séria era quase cômica. Ela sabia que estava corada, nervosa, e completamente entregue àquele momento.

Arthur sorriu, satisfeito, como quem sabe exatamente o que está fazendo.

— Impossível resistir... você serve provocações melhor do que mousse.

Zoe sorriu, mesmo tentando manter o semblante firme. Era inútil. Arthur a desmontava com meia frase, meio sorriso.

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