O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 404

Thor ficou imóvel por um instante. O olhar, hipnotizado, via nela tudo ao mesmo tempo: beleza, entrega, desafio.

— Puta que pariu… — murmurou, rouco, quase sem perceber que falava.

Ele se levantou de repente, a cadeira girando atrás. Em dois passos, já estava diante dela, puxando-a pela cintura e prendendo-a contra seu corpo. A mão firme na nuca não deixava espaço para fuga, e o beijo que se seguiu foi faminto, intenso, carregado de saudade acumulada e desejo represado.

Celina correspondeu, deixando-se envolver. Quando o beijo terminou, ele afastou-se apenas o suficiente para segurar-lhe a mão.

— Dá uma voltinha pra mim. — pediu, com o olhar faminto.

Ela obedeceu, rodando lentamente. Ele recuou um passo, para observá-la por completo.

— Gostou do presente, Thor Miller? — provocou ela, com um sorriso desafiador.

Ele inclinou levemente a cabeça, o olhar ardente.

— Adorei, amor… mas aviso que presentes assim sempre vêm com consequência. E a minha é que eu não vou ter nenhuma pressa com você esta noite.

— Aproveita… sou todinha sua. — respondeu, com um sorriso que era ao mesmo tempo convite e promessa.

Thor voltou a beijá-la, mais intenso ainda, erguendo-a no colo com facilidade. Celina envolveu-lhe a cintura com as pernas, encaixando-se contra o corpo dele. Ele a levou até a porta, pressionando-a contra a superfície fria. As mãos percorriam seu corpo como se precisassem memorizar cada curva. Entre beijos e palavras baixas — quase inconfessáveis — ele a fez suspirar.

O fecho do sutiã cedeu com um clique sutil, caindo ao chão. Por longos segundos, ele se perdeu ali, no toque e no momento. Sem interromper o beijo, abaixou a própria calça com uma mão, os olhos fixos nos dela.

O silêncio da cobertura foi quebrado apenas pelo som abafado da porta reagindo ao ritmo dos corpos.

— Amor… a dona Sara vai ouvir… — Celina murmurou, entre risos e gemidos baixos.

Thor não respondeu, apenas aprofundou o beijo. Depois de algum tempo, livrou-se da calça com um movimento rápido dos pés e, ainda com ela nos braços, atravessou o espaço até a mesa. Sem hesitar, varreu com o antebraço todos os papéis e objetos, que caíram no chão com um ruído disperso.

— Amor, o not… — ela começou, mas ele não a deixou terminar. Seus lábios encontraram os dela num beijo urgente, cortando qualquer palavra.

Thor a deitou sobre a mesa, aproximando-se até que o ar entre eles fosse inexistente, e falou com a voz grave, carregada de desejo:

— Você me provocou demais esta semana, senhora Miller… e tudo tem consequências. Hoje eu vou te levar ao limite, até você implorar para eu parar.

E assim, naquela noite, a cobertura ficou pequena para o que eles tinham a viver.

UMA SEMANA DEPOIS...

O portão de ferro fechou atrás de Sabrina com um estrondo que ecoou pelo corredor estreito. Ela deu passos curtos, o corpo ainda fragilizado pela recuperação da cesariana e do acidente. A cicatriz no baixo ventre ardia, e cada movimento era uma lembrança da dor.

As detentas a observavam com atenção. Havia curiosidade, mas também algo mais sombrio: julgamento.

Na cela, a chefona — alta, ombros largos, tatuagens visíveis — deu dois passos à frente.

— Estávamos esperando por você, doutora. — disse, com um sorriso que não tinha nada de simpático.

Outra detenta, encostada na parede, completou com ironia:

— Se não partir dessa pra melhor, a tal da Isabela chega já, já.

404 - AGORA SOMOS VIZINHAS 1

404 - AGORA SOMOS VIZINHAS 2

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