Thor ficou imóvel por um instante. O olhar, hipnotizado, via nela tudo ao mesmo tempo: beleza, entrega, desafio.
— Puta que pariu… — murmurou, rouco, quase sem perceber que falava.
Ele se levantou de repente, a cadeira girando atrás. Em dois passos, já estava diante dela, puxando-a pela cintura e prendendo-a contra seu corpo. A mão firme na nuca não deixava espaço para fuga, e o beijo que se seguiu foi faminto, intenso, carregado de saudade acumulada e desejo represado.
Celina correspondeu, deixando-se envolver. Quando o beijo terminou, ele afastou-se apenas o suficiente para segurar-lhe a mão.
— Dá uma voltinha pra mim. — pediu, com o olhar faminto.
Ela obedeceu, rodando lentamente. Ele recuou um passo, para observá-la por completo.
— Gostou do presente, Thor Miller? — provocou ela, com um sorriso desafiador.
Ele inclinou levemente a cabeça, o olhar ardente.
— Adorei, amor… mas aviso que presentes assim sempre vêm com consequência. E a minha é que eu não vou ter nenhuma pressa com você esta noite.
— Aproveita… sou todinha sua. — respondeu, com um sorriso que era ao mesmo tempo convite e promessa.
Thor voltou a beijá-la, mais intenso ainda, erguendo-a no colo com facilidade. Celina envolveu-lhe a cintura com as pernas, encaixando-se contra o corpo dele. Ele a levou até a porta, pressionando-a contra a superfície fria. As mãos percorriam seu corpo como se precisassem memorizar cada curva. Entre beijos e palavras baixas — quase inconfessáveis — ele a fez suspirar.
O fecho do sutiã cedeu com um clique sutil, caindo ao chão. Por longos segundos, ele se perdeu ali, no toque e no momento. Sem interromper o beijo, abaixou a própria calça com uma mão, os olhos fixos nos dela.
O silêncio da cobertura foi quebrado apenas pelo som abafado da porta reagindo ao ritmo dos corpos.
— Amor… a dona Sara vai ouvir… — Celina murmurou, entre risos e gemidos baixos.
Thor não respondeu, apenas aprofundou o beijo. Depois de algum tempo, livrou-se da calça com um movimento rápido dos pés e, ainda com ela nos braços, atravessou o espaço até a mesa. Sem hesitar, varreu com o antebraço todos os papéis e objetos, que caíram no chão com um ruído disperso.
— Amor, o not… — ela começou, mas ele não a deixou terminar. Seus lábios encontraram os dela num beijo urgente, cortando qualquer palavra.
Thor a deitou sobre a mesa, aproximando-se até que o ar entre eles fosse inexistente, e falou com a voz grave, carregada de desejo:
— Você me provocou demais esta semana, senhora Miller… e tudo tem consequências. Hoje eu vou te levar ao limite, até você implorar para eu parar.
E assim, naquela noite, a cobertura ficou pequena para o que eles tinham a viver.
UMA SEMANA DEPOIS...
O portão de ferro fechou atrás de Sabrina com um estrondo que ecoou pelo corredor estreito. Ela deu passos curtos, o corpo ainda fragilizado pela recuperação da cesariana e do acidente. A cicatriz no baixo ventre ardia, e cada movimento era uma lembrança da dor.
As detentas a observavam com atenção. Havia curiosidade, mas também algo mais sombrio: julgamento.
Na cela, a chefona — alta, ombros largos, tatuagens visíveis — deu dois passos à frente.
— Estávamos esperando por você, doutora. — disse, com um sorriso que não tinha nada de simpático.
Outra detenta, encostada na parede, completou com ironia:
— Se não partir dessa pra melhor, a tal da Isabela chega já, já.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...