O céu de Nova York estava de um azul quase irreal naquele domingo. As copas das árvores no Central Park balançavam preguiçosas ao vento, deixando raios de sol escaparem e pintar de dourado a grama macia. Era um daqueles dias que convidam a família a desacelerar, esquecer o relógio e apenas aproveitar o momento.
Celina ajeitava a manta xadrez que havia estendido sobre o gramado, organizando cuidadosamente os itens do piquenique. A cesta de vime estava aberta ao lado, revelando frutas cortadas, sucos, pequenos sanduíches e alguns biscoitos caseiros que ela mesma havia feito na noite anterior. À sua frente, Thor estava sentado de pernas cruzadas, completamente focado em ensinar Safira e Antonella a empilhar blocos coloridos.
As meninas, agora com sete meses, estavam no auge da fase de descobertas. Antonella, sempre expansiva, batia as mãozinhas contra a torre de blocos e soltava gargalhadas quando tudo desmoronava. Já Safira, mais calma, pegava um bloquinho e o levava diretamente à boca, coçando a gengiva com determinação.
Celina os observava com um sorriso terno, sentindo o peito aquecer diante daquela cena que parecia saída de um sonho.
— Amor… — chamou, atraindo a atenção de Thor.
Ele ergueu o rosto, o sol iluminando aquele olhar que sempre a desarmava.
— Oi vida? — respondeu, sem deixar de segurar um dos blocos que Antonella ameaçava derrubar outra vez.
Celina segurou uma pequena caixa de madeira, simples, mas com um ar especial. Estendeu-a na direção dele.
— Brinca com elas com esse brinquedo novo — disse, com um tom carregado de algo que ele não conseguiu identificar.
Thor arqueou a sobrancelha, curioso. Pegou a caixa e a abriu devagar, como se quisesse prolongar o mistério. Mas, assim que a tampa se ergueu, ele parou. Dentro, havia um teste de gravidez, um sapatinho branco minúsculo e uma foto de ultrassom enrolada com uma delicada fita branca. Por cima de tudo, um bilhete:
"Ei papai... você já é o nosso herói. Mas agora vai precisar de super poderes extras, porque mais um bebê está a caminho para multiplicar o caos, a alegria e os abraços apertados."
O silêncio caiu entre eles. Thor ficou imóvel, apenas olhando para o conteúdo, como se o cérebro estivesse processando cada detalhe. O coração dele acelerou. Finalmente, levantou os olhos para Celina e a encarou por alguns segundos que pareceram uma eternidade.
Ela, por sua vez, estava em pura expectativa. Cada fibra do seu corpo esperava por uma reação — qualquer reação.
Um sorriso lento começou a se formar no rosto dele.
— Um mês certo? — perguntou, a voz grave e suave ao mesmo tempo.
Celina assentiu, mordendo o lábio para conter as emoções.
Ele se levantou num movimento firme e estendeu a mão para ajudá-la a fazer o mesmo. A babá, percebendo o momento, se aproximou discretamente das meninas, garantindo que elas ficassem seguras e entretidas.
Thor conduziu Celina alguns passos para longe, até que a distância fosse suficiente para que pudessem estar só os dois naquele instante, ainda que estivessem no meio do parque. Parou diante dela, acariciou-lhe o rosto com delicadeza. Celina fechou os olhos, sentindo o calor daquela mão grande e protetora.
Ele beijou sua testa devagar, segurando-a depois com as duas mãos, como se quisesse gravar o momento na memória. Celina sentiu as lágrimas escorrerem antes mesmo de se dar conta.
— Você está bravo comigo? — perguntou, com a voz embargada.
Thor sorriu, os polegares acariciando as bochechas molhadas dela.
— Por que eu estaria?
— Porque… você não queria outro filho. — respondeu, baixinho.
Ele balançou a cabeça.
— Não é isso, meu amor. Eu só não queria te ver sofrendo no parto mais uma vez.
Celina inspirou fundo, buscando firmeza.
— Dessa vez é diferente, vida.
Ele a olhou de um jeito que misturava amor e preocupação.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...