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O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 407

A câmera balançou enquanto a mãe caminhava. O coração dele acelerou levemente — contar boas notícias sempre tinha aquele frio na barriga gostoso. Quando a imagem estabilizou, a avó apareceu na tela, ajeitando-se na cama, a touca e a camisola denunciando que estava pronta para dormir.

— Benção, vó.

— Deus te abençoe, meu filho — disse Adelaide, abrindo um sorriso que o transportou para memórias de infância.

Gabriel não resistiu à piada:

— Vó, a senhora está um arraso com essa camisola e essa touca na cabeça… deu até vontade de dar um beijo nessa boca.

Luzia deu uma risada repreensiva.

— Gabriel! Para com isso.

Adelaide revirou os olhos, mas sem perder a ternura.

— Cria vergonha nessa cara, menino. Essa geração de hoje está cada dia mais esquisita… duvido que, no meu tempo, eu pudesse falar assim com meus pais. Havia mais respeito.

Gabriel e Ava se entreolharam e caíram na gargalhada. Ele logo suavizou o tom.

— Vó, estou brincando. Te amo, viu?

— Eu também te amo, meu neto — respondeu ela, o olhar iluminado.

Foi então que Gabriel respirou fundo, ajeitou-se na cadeira e, com um sorriso orgulhoso, soltou:

— Agora vocês estão falando com o mais novo CEO de uma empresa de tecnologia.

Luzia arregalou os olhos.

— O quê?

— Isso mesmo, mãe. Eu e Ava abrimos nossa própria empresa. — Gabriel respondeu todo feliz.

Ele olhou para a avó com carinho travesso.

— Vozinha… daqui a pouco a senhora vai desfilar na Times Square.

A emoção de Luzia atravessou a tela.

— Meu filho… eu não acredito que vocês conseguiram.

— Sim, mãe. Conseguimos — disse Gabriel, apertando de leve a mão de Ava, sentindo o calor dela como combustível para aquele momento.

Ava entrou na conversa quebrando qualquer formalidade:

— Ele quer filhos, sogra… então temos que correr. São dez anos de diferença entre eu e ele.

Luzia soltou uma risada.

— Para com isso, Ava. Vocês moram num país de primeiro mundo, com alta tecnologia… — ela voltou a falar com o filho. — E a música Gabriel, parou mesmo?

Gabriel aproveitou a deixa para mudar o tom, olhando para Ava com aquele olhar que sempre derretia as barreiras dela.

— A música, mãe… parei de tocar e cantar para todo mundo. Agora vou ser músico exclusivo para essa linda aqui, para os nossos filhos quando nascerem… e para as filhas da Celina, que já comecei a musicalização. Prometi para ela que ia ensinar as meninas desde bebê.

Do outro lado da tela, Luzia enxugou discretamente um canto dos olhos.

— Filho… mamãe deseja tudo de bom para você. Eu sei que teu sucesso é garantido, porque você é o melhor filho que Deus poderia me dar.

As palavras atravessaram Gabriel como um abraço apertado. Ele sentiu o peito inchar, não de vaidade, mas de gratidão.

— Sr. Ferraz, preparem tudo e encham a piscina. Estamos a caminho.

— Então já enche essa piscina, porque esse menino não vai esperar o fotógrafo.

Maria, já experiente em acalmar a filha, aproximou-se e passou a mão nos cabelos dela.

— Calma, meu amor, vai dar tudo certo.

— Calma? Mãe, eu estou sentindo as primeiras contrações! — Zoe respirou fundo, depois olhou para Arthur. — Arthur, corre para mandar encher essa piscina, pelo amor de Deus!

Otto e Eloísa entraram no quarto com Clarisse nos braços. Arthur, ainda nervoso, dava as ordens para organizava tudo conforme a equipe havia instruído. Em poucos minutos, a piscina inflável estava montada e a água começava a encher.

Depois de um tempo, Zoe já estava com contrações mais fortes e não perdeu a chance de reclamar no seu jeito bem-humorado.

— Eu nunca mais vou ter outro filho, Arthur! Nunca mais! Isso é uma dor que nem meu pior inimigo merece! — Ela segurava com força a mão dele, quase esmagando. — Se você me aparecer com aquela história de ontem de “vamos tentar mais um”, eu te lembro desse dia!

Arthur, apesar da tensão, soltou um sorriso contido.

— Linda, concentra…

— Concentrar? Eu vou morder sua mão no próximo puxo, pra ver se você sente junto comigo!

Maria riu baixinho, balançando a cabeça.

— Essa menina não perde a graça nem na hora do parto.

A equipe chegou e rapidamente assumiu o comando, guiando Zoe para a piscina. As contrações vinham ritmadas, intensas, e ela, mesmo entre caretas e respirações profundas, arrumava tempo para mais um comentário.

— Vocês têm certeza que isso é humanizado? Porque está parecendo desumano com essa dor toda!

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