O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 408

Arthur ficou ao lado dela o tempo todo, apoiando-a com palavras e segurando firmemente sua mão.

— Estou aqui, linda… vamos juntos.

— Juntos nada! — ela retrucou, rindo entre uma contração e outra. — Quem está com esse barrigão e parindo sou eu!

As horas se encurtaram. Entre incentivos da equipe, olhares emocionados de Maria e palavras doces de Arthur, Zoe finalmente sentiu o momento chegar.

— Zoe, estou vendo a cabecinha do Miguel! — avisou a parteira, com a voz firme e animada. — Quando vier a próxima contração, você faz força… ele está vindo agora!

Zoe arregalou os olhos, sentindo a pressão aumentar, e soltou:

— Ai, meu Deus… eu estou com vontade de fazer cocô! Eu não aguento mais fazer força! Arthur… — ela soltou um gemido misturado com riso nervoso — …eu vou te matar, Arthur! Isso é culpa sua! Foi você que me engravidou!

Arthur, mesmo com o coração disparado, tentou manter a calma e o sorriso.

— Força, linda… você consegue... Miguel quer vir ao mundo amor!

Maria, que estava ao lado segurando a mão da filha, não resistiu a responder:

— Filha, ele não fez esse bebê sozinho, não! Na hora do vamos ver é maravilhoso, não é? Então agora faz força e coloca esse meninão pra fora!

A parteira sorriu com a troca de provocações e voltou a incentivar.

— Vamos lá, Zoe, mais um empurrão! Você está indo muito bem!

Zoe respirou fundo, reuniu as últimas forças e, com um último puxo acompanhado de um grito que misturava dor, alívio e vitória, o choro forte de Miguel preencheu o quarto, trazendo lágrimas aos olhos de todos.

Zoe olhava para o filho como se o mundo inteiro coubesse naquele rostinho. As lágrimas se misturavam ao suor, e a respiração ainda acelerada revelava o esforço que tinha acabado de enfrentar. Com a ponta dos dedos, acariciava a bochechinha macia de Miguel, absorvendo cada traço como se quisesse gravá-lo para sempre na memória.

— Quando a mamãe descobriu que estava com você no ventre, meu amor… — começou ela, a voz trêmula, mas carregada de ternura — apesar de não estar esperando e de ter levado um choque com a notícia… eu fiquei tão feliz… tão emocionada… chorei como nunca.

Arthur, sentado ao lado, segurava a mão dela com firmeza, os olhos marejados. Ele abaixou o olhar para o bebê, como se pudesse enxergar naquele instante cada palavra que Zoe dizia.

— Você me deu forças para continuar em meio a tanta dor — continuou ela, e sua voz quebrou de leve. — Porque houve um momento… um momento em que eu achei que não ia aguentar, em que eu tive vontade de desistir de tudo.

Arthur fechou os olhos por um instante, como se aquelas palavras atravessassem direto seu peito.

— Mas aí… Deus me presenteou com você. — Um sorriso tímido surgiu entre as lágrimas dela. — No começo, eu dizia que você era só meu, acredita? — soltou um riso leve, quase infantil. — A mamãe foi egoísta… sabe por quê? Porque eu sabia que o seu papai queria muito você.

Ela ergueu os olhos para Arthur, e os dois se olharam como se revivessem todos os momentos que os levaram até ali.

— E quando ele soube da sua existência… — Zoe respirou fundo, a emoção transbordando — foi como se tivesse voltado a viver.

Arthur levou a mão até o rostinho do filho, acariciando-o com delicadeza.

408 - OS NOVE MESES CHEGARAM 1

408 - OS NOVE MESES CHEGARAM 2

Verify captcha to read the content.Verifique o captcha para ler o conteúdo

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR