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O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 409

Thor arregalou os olhos, piscando várias vezes como se precisasse se convencer de que tinha ouvido certo.

— Como é que é? — ele se levantou de repente, os cabelos bagunçados e o peito subindo e descendo rápido. — Você disse… o Ravi vai nascer?!

Celina riu, calma demais para a situação.

— Sim, vida. — ergueu uma sobrancelha, segurando o riso. — Eu ia só ao banheiro, mas parece que o Ravi não quis esperar. A bolsa estourou.

Thor saltou da cama, procurando o celular, a calça de moletom, qualquer coisa que pudesse dar a sensação de que estava no controle.

— Meu Deus, Celina! A bolsa estourou! E você está aí, plena, sorrindo? — Ele passava a mão pelo cabelo, andando de um lado a outro. — Cadê a mala? Você arrumou a mala, não arrumou? Claro que arrumou, você sempre pensa em tudo…

Ela se divertia vendo o desespero dele.

— Amor, respira. A mala está pronta há um mês. A minha está no closet, e a do Ravi no quarto dele. E quem pensa em tudo, é você.

Thor foi ao closet e puxou a mala de qualquer jeito, derrubando algumas coisas no chão.

— Ok, ok, calma… vai dar tudo certo. Eu vou ligar para a Emma, já, agora. — Ele pegou o celular, mas os dedos tremiam tanto que quase deixou cair.

Quando Thor falou com Emma e saiu do Closet, Celina se aproximou, tocando a mão dele.

— Thor, olha pra mim. — Seus olhos estavam firmes, serenos. — Vai dar tudo certo. Não é a primeira vez que passamos por isso.

Ele a encarou, respirando fundo, e tentou sorrir.

— É… mas cada vez é como se fosse a primeira. — Passou a mão pelo rosto dela, emocionado. — Eu não sei se vou sobreviver vendo você sofrer de novo.

— Você vai sim. — Celina brincou, piscando. — Até porque não vai ser você que vai sentir as contrações. E dessa vez, tudo que está acontecendo é normal. A pressão está ótima, minha mente tranquila, não será uma cesariana às pressas.

— Você está calma demais para uma grávida em trabalho de parto. Vou no quarto do Ravi pegar a mala dele. — disse, indo até a porta. — Por favor amor, não demora.

Quando Thor voltou, ouviu o barulho do chuveiro e correu até o banheiro, desesperado.

— O que você está fazendo?!

Celina, com a cabeça molhada e o corpo relaxado sob a água quente, ergueu o queixo, toda plena.

— Tomando banho, Thor. Eu me recuso chegar na maternidade toda horrorosa. Eu disse que essa gravidez seria diferente e água quente ajuda no parto… esqueceu?

Thor passou a mão pelo rosto, quase arrancando os cabelos.

— Eu juro que você vai me enlouquecer com essa calma toda. Ainda bem que já fiz a vasectomia, porque eu não vou sobreviver a mais um parto não.

Minutos depois, o celular dele tocou. Era Emma.

— Thor, cadê vocês? Eu e James já estamos na maternidade! — disse ela, preocupada.

Thor olhou para Celina e soltou uma risada nervosa, completamente incrédulo.

— Estou esperando sua filha terminar de se maquiar. — respondeu, encarando Celina sentada na penteadeira, tranquila, passando batom como se fosse para uma festa.

— Mãe, não fique nervosa. Estou bem! Eu te amo! — gritou Celina para que Emma ouvisse do outro lado da linha.

Do outro lado, Emma e James trocaram um olhar e sorriram, aliviados pela serenidade dela.

— Serenidade nessa hora é o que precisamos Thor. — disse James para acalmar.

Thor, porém, não resistiu e, ainda com o celular na mão, resmungou alto, a voz carregada de humor e desespero:

Thor gelou.

— Ele está vindo?! É pra parar o carro? — perguntou, com os olhos arregalados, quase batendo no volante. — Eu não estou pronto para fazer um parto.

— Ainda não, Thor! — Celina riu entre o gemido e o suspiro. — Mas, se você continuar dirigindo feito um maníaco, aí sim ele nasce no banco da frente!

Thor acelerava, mas olhava para ela o tempo todo, como se tivesse medo de perdê-la de vista.

— Amor, respira, faz aquele negócio que a parteira ensinou, o sopro, sei lá!

— Quem precisa soprar é você, vida! — ela respondeu, tentando aliviar a tensão. — Respira, Thor, senão quem desmaia aqui é você.

Minutos depois, eles chegaram em frente à maternidade. Emma e James estavam na porta, aflitos. Thor parou o carro de qualquer jeito, nem se preocupando em estacionar direito.

Ele saltou correndo e abriu a porta para Celina, que ainda estava sorrindo, mesmo entre as dores.

— Finalmente! — exclamou Emma, aliviada. — Filha, como você está?

— Ótima e maquiada, mãe… só com uma pequena sensação de que vou explodir! — Celina respondeu, rindo, antes de mais uma contração fazê-la curvar-se.

Thor a segurou imediatamente, como se pudesse carregar toda a dor dela nos braços.

— Aguenta firme, amor… já chegamos!

Enquanto uma equipe de enfermeiras vinha com a cadeira de rodas, Celina apertou a mão dele com força.

— Thor… o Ravi vai nascer hoje, e você não vai infartar. Promete?

No quarto preparado para o parto, Celina fez todos os procedimentos iniciais. Tomou um banho quentinho enquanto a enfermeira acompanhava os batimentos de Ravi. De mãos dadas com Thor, arriscou alguns passos lentos de dança. Recebeu massagem da mãe, fez exercícios na bola.

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