O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 411

Dentro, o juiz de paz já os aguardava. A mesa simples estava organizada com a licença de casamento aberta, carimbos ao lado e a formalidade que preenchia aquele ambiente de paredes claras. Era uma cerimônia administrativa, sem enfeites, sem exageros. Apenas olhares, assinaturas e o peso de um compromisso que, para eles, já existia muito antes do papel.

— Bom dia. — disse o juiz, cordial. — Vocês trouxeram alianças? Desejam incluí-las na cerimônia?

Gabriel ajeitou a postura, como se aquele momento, por mais sóbrio que fosse, fosse grandioso demais para ser tratado com pressa. Tirou do bolso interno do paletó uma pequena caixinha de veludo azul e respondeu com um sorriso leve, mas firme:

— Sim, senhor. Estão aqui.

— Excelente. Então vamos prosseguir. — disse o juiz.

Ele respirou fundo e, com tom solene, perguntou:

— Ava Richardson, você aceita Gabriel Vicente como seu legítimo esposo, para amá-lo, respeitá-lo e caminhar ao lado dele em todos os dias de sua vida?

Ava olhou para Gabriel, os olhos marejados mas firmes.

— Sim. Aceito. — disse com uma serenidade que soava como certeza absoluta.

O juiz voltou-se para Gabriel:

— E você, Gabriel Vicente, aceita Ava Richardson como sua legítima esposa, para amá-la, respeitá-la e caminhar ao lado dela em todos os dias de sua vida?

Gabriel sorriu, deixando escapar a emoção que lhe queimava o peito.

— Sim. Aceito.

O juiz esboçou um sorriso discreto.

— Desejam fazer votos pessoais?

Ava hesitou. Sua respiração ficou mais pesada, mas não fugiu. Olhou para Gabriel, e só de ver a calma no olhar dele, sentiu coragem.

— Não preparei discurso. — começou, com a voz suave, mas firme. — Mas posso dizer isso: Gabriel, eu nunca pensei em casamento. Nunca sonhei com vestidos brancos, festas ou multidões. Mas você… você me fez mudar de ideia. Hoje eu sei que não preciso de nada além disso: eu, você e a certeza de que quero continuar caminhando ao seu lado. Eu te escolho todos os dias. E hoje só estou oficializando aquilo que meu coração já havia decidido há três anos. Continuo sendo racional. Mas por você, aprendi a me permitir sentir.

As palavras ficaram suspensas no ar. Gabriel sorriu, emocionado, os olhos marejados.

— Eu também não preparei nada. — disse com a voz rouca, a emoção denunciando a verdade atrás da leveza. — Mas a verdade é que nós somos um encontro de almas. Eu me apaixonei pela sua inteligência antes mesmo de perceber o quanto você era linda. E por mais que eu brinque, provoque, seduza… no fundo, o que mais quero é continuar te fazendo sorrir, te fazer dormir em paz. Prometo te amar com paciência, respeitar seus silêncios e nunca deixar que esqueça que não está sozinha. Agora nem nunca. Somos diferentes em tudo, mas é justamente essa diferença que nos completa. Você é a minha escolha, hoje e sempre.

O juiz então fez um gesto para as alianças. Gabriel abriu a caixinha, pegou a argola dourada e, segurando a mão dela com firmeza, murmurou quase em sussurro:

— Com esta aliança, eu prometo nunca soltar sua mão.

Ava respirou fundo, e com calma deslizou o anel no dedo dele.

— Com esta aliança, prometo que, mesmo sendo racional, vou me permitir viver cada emoção ao seu lado.

O juiz de paz carimbou os documentos, passou-os para que assinassem e, depois de recolher tudo, declarou com voz serena:

— Parabéns. Agora vocês estão oficialmente casados.

O mundo pareceu se aquietar. Ava olhou para Gabriel com um sorriso pequeno, discreto, mas genuíno.

— Vamos, Gabriel?

Ele sorriu largo, os olhos brilhando.

— Claro que sim, Sra. Vicente.

Ava soltou uma risadinha nervosa.

— Tenho que me acostumar com isso. — disse, ainda um pouco surpresa com o próprio nome mudado.

411 - ESSE VINHO SÓ ESTÁ AQUECENDO 1

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