O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 89

Resumo de 89 - A AUTOCRÍTICA VIROU AUTOPUNIÇÃO: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR

Resumo de 89 - A AUTOCRÍTICA VIROU AUTOPUNIÇÃO – O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR por GoodNovel

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Thor subiu as escadas em silêncio. Cada passo ecoava no corredor como um lembrete de tudo que estava acontecendo, tudo que estava por vir. Ao chegar no quarto, encontrou Celina já dormindo, envolta pelos lençóis brancos, o rosto sereno sob a luz tênue do abajur.

Ficou ali, parado na porta, observando-a.

Seu peito apertava. O desejo de deitar ao lado dela, de esquecer tudo e apenas sentir... era quase irresistível. Mas ele não podia. Não daquela forma.

Tirou os sapatos, com movimentos lentos. Depois, foi se desfazendo da roupa, peça por peça, como se precisasse se libertar de mais do que apenas tecido.

Entrou no banheiro e ligou o chuveiro. A água quente escorreu por sua nuca, pelo pescoço, descendo até as costas. Ele baixou a cabeça, apoiando as mãos na parede fria.

Ficou ali, imóvel, lutando para silenciar a confusão na mente, o aperto no coração.

Então, sentiu.

Duas mãos pousaram suavemente em suas costas. Ele não se virou, mas fechou os olhos ao reconhecer o toque.

Celina.

Ela encostou o corpo no dele. Peito contra costas. Beijos suaves se espalharam por seus ombros, queimando feito brasa em pele molhada.

Thor se arrepiou.

Virou levemente o rosto, sem se mover por completo.

Ela o abraçou por trás, e naquele instante ele não aguentou mais.

A puxou pelo braço com firmeza, trazendo-a para frente do corpo.

Uma mão segurava firme sua cintura. A outra apoiava-se na parede. A água agora escorria sobre os cabelos dela.

Os olhos dele mergulharam nos dela. Não havia palavras, mas havia tudo dito ali. Amor. Dor. Fome. Desejo.

Celina colocou as duas mãos no rosto dele e o beijou.

Um beijo calmo no início. Quase hesitante.

Mas que cresceu em intensidade, em ritmo, em entrega.

Thor apertou a cintura dela com possessividade. Seus dedos cravavam nela como quem tenta prender algo que escapa.

Com a outra mão, segurou os cabelos dela pela nuca, firmemente. Ela se entregava sem resistência.

Aquele beijo… carregava raiva, mágoa, desejo e saudade. Era um grito preso em silêncio. Era tudo que os dois não conseguiam mais dizer.

As bocas se moviam com fúria. Os corpos se colavam como se o mundo estivesse prestes a acabar.

Mas não acabou. Apenas mudou.

Thor parou o beijo de repente, encarando-a ofegante. As mãos ainda firmes em sua cintura.

Com um gesto, fechou o chuveiro.

Desceu a mão pela perna dela, e num impulso, a fez entrelaçar as pernas em sua cintura. Celina voltou a beijá-lo, as mãos em seus cabelos, as unhas arranhando levemente suas costas.

Ele abriu o box com o pé e saiu do banheiro com ela grudada em seu corpo, como se fossem uma extensão um do outro.

Ele se levantou, enrolou-se no lençol com rapidez, desviando o olhar como se temesse que sua própria vontade o traísse.

Saiu do quarto em silêncio, deixando para trás o perfume da pele dela e o calor dos corpos que quase se fundiram.

Celina ficou ali.

Sozinha. Com o peito arfando. Com lágrimas silenciosas se misturando ao vapor que vinha do banheiro.

Olhou para o teto, sentindo as consequências dos impulsos baterem à porta com juros.

Thor entrou no quarto de hóspedes enrolado no lençol, a respiração ainda descompassada, como se o corpo gritasse por algo que a razão se recusava a permitir. Largou o tecido no chão sem cerimônia e caminhou nu até o banheiro. Abriu o registro do chuveiro e, sem esperar que a água aquecesse, enfiou-se sob a ducha gelada. O impacto fez seu corpo estremecer, mas ele permaneceu ali, de olhos fechados, permitindo que a água fria domasse o fogo que ainda lhe ardia nas veias.

Era como se cada gota gelada carregasse embora o desejo incontrolável que sentia por Celina — um desejo que o consumia por dentro, que o fazia esquecer tudo o que era certo ou prudente. O arrepio constante servia de punição e de refúgio ao mesmo tempo. Ficou ali por longos minutos, os músculos tensos, a mente tomada por imagens que lutava para afastar. Só saiu quando os dedos começaram a enrugar e o corpo cedeu ao cansaço.

Enxugou-se com calma, vestiu uma camiseta larga e um moletom, e se deitou na cama de casal. O colchão frio contrastava com a temperatura do seu corpo ainda trêmulo, mas ele sequer se mexeu. O cansaço, aliado ao peso emocional do dia, venceu sem esforço. E, sem perceber, Thor adormeceu profundamente.

Enquanto isso, no quarto ao lado, Celina estava sentada na cama, abraçada às próprias pernas, a cabeça apoiada nos joelhos. Os olhos marejados transbordavam lágrimas silenciosas. Os soluços presos em sua garganta denunciavam a dor contida, que escorria com intensidade.

— O que você está fazendo da sua vida, Celina? — murmurou para si mesma, entre um choro baixo. — Por que você não esperou ele sair daquele quarto?

O arrependimento vinha em ondas. Era como se estivesse se afogando dentro de si. Cada pensamento era uma âncora.

— Ele vai me largar. Eu tenho certeza que ele vai me largar... — repetia em sussurros doloridos, como um mantra cruel. — Você é burra, Celina. Muito burra. Ele vai ficar com a noiva dele. É claro que vai...

A autocrítica virou autopunição.

— Você não tem nada, Celina. Nada. Os pais dele nunca vão te aceitar. Ele vai te largar, Celina. Ele vai te largar...

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