O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 90

Resumo de 90 - ENTÃO VOCÊ TRATE DE CUIDAR BEM DELA: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR

Resumo de 90 - ENTÃO VOCÊ TRATE DE CUIDAR BEM DELA – Capítulo essencial de O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR por GoodNovel

O capítulo 90 - ENTÃO VOCÊ TRATE DE CUIDAR BEM DELA é um dos momentos mais intensos da obra O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR, escrita por GoodNovel. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Celina, mergulhada na própria voz, se afundou no vazio de sua mente. A tristeza, essa velha companheira, voltou a ocupar o lugar ao lado dela na cama. Era familiar, quase confortável. Passou um bom tempo chorando sem se importar com o travesseiro molhado ou com o frio da madrugada que começava a se instalar.

Quando os olhos finalmente começaram a secar, e os soluços se transformaram em silêncio, ela se levantou lentamente. Com movimentos automáticos, vestiu uma camisola leve, caminhou até o guarda-roupa e procurou por roupas de cama limpas. Trocou os lençóis e as fronhas como quem tentava apagar o que havia acontecido ali momentos antes. Quando terminou, ficou alguns segundos parada, encarando a cama. Parecia tão limpa... tão fria.

Com um impulso súbito, caminhou até a porta do quarto e segurou a maçaneta. Ficou ali parada, o coração disparado, imaginando a reação de Thor se a visse. Mas a coragem lhe escapou pelos dedos. O medo de ser rejeitada veio com força. Medo de ser apenas mais um erro. Mais um peso. Então soltou a maçaneta e recuou. Voltou para a cama, sentou-se, cobriu as pernas com o edredom e pegou o celular.

Entrou em seu e-mail, navegando pelas pastas antigas, onde guardava rascunhos de textos que escrevera muito antes de se casar com César. Textos que nasceram de momentos de solidão, de tardes chuvosas, de devaneios pós-expediente. Escrever era sua terapia. Sua válvula de escape. Na adolescência, ela criava contos de romance que fazia sucesso entre suas amigas. Eram inocentes, mas cheios de sentimento.

Mas após o casamento, aquela parte dela foi trancada — sufocada pelas exigências de um homem que nunca valorizou sua sensibilidade. César jamais a incentivou a escrever. Talvez tivesse medo de que ela se descobrisse livre demais.

Celina abriu o bloco de notas do celular. Respirou fundo. E começou a digitar.

Não havia planejamento, estrutura, nem objetivo. Apenas sentimentos. Palavras cruas, vívidas, que surgiam como se fossem salvas de um naufrágio interno. A dor que sentia se transformava em poesia. A solidão, em prosa.

Escreveu por horas.

A madrugada seguiu silenciosa, preenchida apenas pelo som do teclado digital e pela respiração entrecortada de alguém que, mais do que desabafar, começava a se reencontrar.

Por volta das seis da manhã, quando os olhos já mal conseguiam se manter abertos, Celina largou o celular ao lado, se aninhou no travesseiro novo, e finalmente adormeceu.

Dessa vez, não chorando. Mas escrevendo. E isso, de alguma forma, era um começo.

Thor acordou com a cabeça latejando. A luz do sol filtrada pelas frestas da cortina parecia mais forte do que o habitual, como se o mundo lá fora estivesse em desacordo com o turbilhão que ainda girava dentro dele. Levou as mãos às têmporas, massageando com força, na esperança de aliviar a dor insistente. Respirou fundo, levantou-se da cama e foi direto para o banheiro.

Um novo banho — dessa vez quente — ajudou a despertar o corpo cansado. Ao sair, vestiu uma calça jeans, uma camiseta básica e um casaco de lã que repousava sobre a poltrona no canto do quarto. O ar da manhã estava frio, e ele sentia essa mudança no corpo como se fosse parte dele.

Pronto, saiu do quarto em silêncio e caminhou até o quarto onde Celina dormia. Abriu a porta devagar, o coração batendo estranho. Lá estava ela, encolhida sob o edredom, dormindo profundamente. O rosto descansado, as pálpebras fechadas, o celular ao lado. Thor se aproximou sem fazer barulho. Parou ao lado da cama, pegou o celular e colocou no criado mudo. Se inclinou devagar, pousando um beijo leve na cabeça dela.

— Dorme bem, amor — sussurrou, antes de se afastar com um último olhar.

Desceu as escadas sentindo o cheiro de café fresco invadir o ar, misturado com algo doce que lhe trouxe lembranças de infância. Na cozinha, Dona Lúcia já estava de avental, limpando a bancada, como sempre fazia nas primeiras horas da manhã.

— Bom dia, Dona Lúcia — disse ele, com a voz ainda rouca.

— Bom dia, meu filho! — respondeu ela, sorrindo. — O café já está na mesa.

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