Resumo de 97 - O SONHO DELA ERA SE CASAR COM VOCÊ – Uma virada em O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR de GoodNovel
97 - O SONHO DELA ERA SE CASAR COM VOCÊ mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR, escrito por GoodNovel. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Thor aproximou-se lentamente da cama. Seus passos eram pesados, o coração acelerado, o semblante fechado. O quarto hospitalar estava tomado por um silêncio espesso, rompido apenas pelo barulho constante do monitor cardíaco ao lado de Isabela.
— Boa tarde, Letícia — disse ele, com a voz firme, embora contida.
Letícia o olhou com os olhos vermelhos, profundamente marcados pela noite maldormida e o susto que ainda pesava em sua alma.
— Quase perdi minha filha, Thor… meu neto. — A voz dela tremeu. — Por que você fez isso?
Thor a encarou com frieza, como se estivesse protegendo uma última linha de defesa dentro de si.
— Eu não tenho culpa das escolhas da sua filha. Ela foi infantil. Não quis aceitar o fim do noivado. Não venha jogar a responsabilidade dos erros dela em meus ombros. Relacionamentos acabam a qualquer momento. Principalmente quando uma das partes não teve escolha, sendo obrigado a aceitar a decisão da família.
— Ela te ama, Thor. Sempre te amou. O sonho dela era se casar com você, formar uma família… ela acreditava nesse sonho.
Thor abaixou levemente o olhar, respirando fundo, como se tentasse controlar algo dentro dele.
— Pra mim sempre foi um acordo. Eu fui obrigado a aceitar aquilo tudo. Nunca houve amor da minha parte. E isso não vai mudar.
Letícia ia responder, mas a porta se abriu repentinamente. O médico entrou acompanhado do técnico, que empurrava o aparelho de ultrassom. O ambiente gelou. O cheiro forte do álcool hospitalar se misturava à tensão daquele momento.
— Com licença — disse o médico, profissional, mas com um olhar gentil. — Vamos iniciar a ultrassonografia.
Letícia se levantou da poltrona e foi para o outro lado da cama, dando espaço. Thor permaneceu em pé, aos pés da cama, sem saber se observava Isabela ou fugia daquilo tudo. O médico aplicou o gel frio na barriga da jovem desacordada e deslizou o transdutor, iniciando o exame. Imagens em preto e branco apareceram na tela. Depois de um tempo o médico disse:
— O bebê está bem — informou, analisando com calma. — Apesar do susto, o quadro é estável. O coração está batendo forte.
Letícia levou as mãos à boca quando o som do coração do bebê preencheu o quarto — um tum-tum forte e ritmado, quase hipnótico. As lágrimas começaram a escorrer em seu rosto. Thor, por um momento, permaneceu imóvel… até que a imagem da tela o atingiu em cheio. Sem querer, sua mente o levou para outro tempo… outro rosto… outro amor.
Ele viu Karina sorrindo na maca, rindo com os olhos quando ouviram, pela primeira vez, o coraçãozinho de seu primeiro filho. A alegria dela, o brilho nos olhos, o aperto na mão… Thor piscou forte, mas as lágrimas venceram a barreira do orgulho. Desceram silenciosas.
— Está tudo bem? — ele perguntou, a voz embargada.
O médico olhou para ele.
— Sim. Tudo está ocorrendo conforme o esperado para doze semanas de gestação. O feto está se desenvolvendo normalmente. Agora é fundamental que a mãe receba apoio emocional. Muitas mulheres desenvolvem depressão na gravidez, especialmente após um trauma.
O médico lançou um olhar firme a Thor.
— Se o senhor quer que essa gravidez siga até o fim, esteja ao lado dela. Apoie. Cuide. A responsabilidade agora é tão sua quanto dela.
Thor assentiu, calado, sentindo o peso de tudo aquilo se alojar em seu peito. O exame chegou ao fim. O médico e o técnico saíram do quarto com discrição. Letícia voltou para a poltrona e, segurando a mão de Isabela, disse entre lágrimas:
— Mamãe está aqui, minha filha… Vai dar tudo certo. Eu prometo.
Thor se afastou lentamente, olhando a cena. Engoliu seco, limpou o rosto discretamente e disse:
— Vou embora. Assim que ela acordar, me ligue imediatamente. Independente do horário que seja.
Letícia não respondeu. Nem o olhou. O silêncio foi mais forte que qualquer despedida.
— Depois a gente se fala, mãe — completou Thor.
As portas do elevador se fecharam.
No corredor, Raul se aproximou de Angélica. Otávio, ao fundo, entrou no quarto da filha.
— No que o Thor está pensando, Angélica?
Ela o olhou com a tranquilidade de quem já sabia o fim daquela estrada.
— Temos um grande problema, Raul. Eu conheço nosso filho melhor do que ninguém. Ele não vai continuar com esse acordo. O que ele sente por aquela mulher… é maior do que tudo que já vi desde Karina. E você sabe como ele é quando toma uma decisão.
— O que vamos fazer, então?
— Nada. Nosso filho é adulto. Ele escolhe o próprio caminho. Eu amo a Isabela, Raul. Mas eu amo mais o nosso filho. Não quero vê-lo infeliz de novo. Não quero que ele afunde como afundou quando perdeu a Karina. Ele merece ser feliz. E não é um casamento forçado que vai manter nossa fortuna. Vamos acabar com este acordo ridículo.
Raul ficou em silêncio. Angélica continuou com a fala
— Lembra de quando ele conheceu Karina? Tinha dezoito anos. Quis casar com ela no mesmo ano. A gente achou cedo demais, mas ele insistiu. Só deixou o casamento acontecer mais pra frente por decisão dela. Ele é assim, Raul. Quando ama… vai até o fim. E ele ama essa mulher. Não adianta lutar contra isso.
— E agora?
— Agora, vamos nos despedir dos pais de Isabela. E, acima de tudo, vamos ajudar no que for preciso… Porque nosso neto está bem. Três meses. E é disso que mais importa agora.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...