― Vamos lá. Confie em mim, Karen. ― Disse. Nesse momento, se sentiu o maior babaca do mundo. Estava pedindo para a jovem confiar nele, justo nele que queria beijá-la mais uma vez. Só podia ser um filho da mãe mesmo.
Mas Karen pareceu concordar aflita, o medo de que o cavalo decidisse fazer tudo de novo mais uma vez. Era melhor confiar no cafajeste do que no instinto do pobre animal assustado com barulhos agudos. Passou uma perna na direção da outra e respirou fundo como que criando coragem para pular. Quando pulou, Karim a pegou no meio do ar, descendo-a com cuidado e lentidão até que os pés delicados da pequenina tocassem o chão granuloso típico das rochas ao entorno.
As mãos na cintura dela continuaram ali mesmo quando ela já estava no chão. Karen levantou o rosto para reclamar disso, mas seu coração acelerou ao perceber que Karim tinha total atenção voltada para ela. Os olhos dele pareciam duas pedras esmeraldas brutas prestes a tomá-la. Karen sabia que devia se afastar, mas aparentemente nada a respondia, mesmo que ela soubesse que esse era o certo. Nem mesmo os conselhos da mãe conseguiam fazer com seu coração obedecesse e parasse de palpitar tão fortemente.
Karim não parou de encará-la em nenhum momento e Karen sentiu o rosto tomar cor vermelha. Quando recobrou a consciência e decidiu se afastar, Karim finalmente pareceu tomar partido e fazer algo e foi com surpresa que Karen sentiu sua cintura sendo puxada na direção do homem e seus lábios colando aos dele.
Num primeiro momento, não abriu os lábios, não fez nada, tamanha surpresa. Mas as mãos de Karim apertaram sua cintura e sua boca começou a se movimentar sobre a dela despertando sensações que ela nunca havia sentido antes, palpitando ainda mais o coração já sôfrego.
Quando viu, ela estava aceitando-o entre seus lábios sem pestanejar. Os pensamentos pareciam ter sumidos, ela já não sabia mais o que era errado e o que era certo. Só havia sensações. Talvez – com certeza – iria se arrepender disso no futuro.
Karim apertou a cintura de Karen sentindo-se já quase duro. Se não tivesse tanta gente na maldita festa, se Seth não fosse aparecer a qualquer segundo, ele a empurraria para qualquer abertura entre as pedras e a tomaria ali mesmo. Não que esse pensamento não se passasse na mente dele. Poderia levá-la até uma gruta ali perto que ele conhecia. Já estava perdendo a sanidade mesmo, que ao menos fosse com a jovem linda que havia agora em seus braços suspirando por cada toque. Oh, a inocência dela o deixava ainda mais duro.
Invadiu a boca de Karen, encostando sua língua em todas as partes, mesmo as mais remotas da língua dela. Percebeu que ela desfalecia em seus braços e isso parecia acordar um rugido de prazer que fazia muito tempo que ele não sentia. Queria-a mais, só um pouco mais. Passeou suas mãos pela pele exposta dos pulsos. Era visível que ela tremia. Esperava ele que de prazer e não de medo. Subiu a mão pelo tecido da manga longa enquanto a outra continuava firme na cintura dela, não somente para sustentá-la, já que ela parecia gelatina, mas porque sua mente acusava querer tocá-la muito mais do que a cintura escondida pelo tecido. Queria mais.
Colocou a mão no hijab dela. Por Deus, queria tocar os cabelos dela e puxá-lo entre os dedos. Se viu curioso em saber qual era a cor deles. Novamente, havia esquecido do que tocar no hijab dela fazia, pois assim que o fez, Karen abriu os olhos alarmada e temerosa, empurrando-o com força para longe dela enquanto se afastava também.
Estava tão louco, que pouco ligou. Achou excitante a forma como ela tentava fugir dele. O príncipe voltou a se aproximar dela e a puxar pelos braços na direção dele, mas Karen puxou os braços em direção ao corpo, escondendo-os, enquanto, com raiva, dizia:
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