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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 318

Leonardo

O silêncio da casa parecia prenunciar a tempestade que estava por vir. Eu estava ali, sentado no sofá da sala, as mãos entrelaçadas e os cotovelos apoiados nos joelhos, esperando. O ar ao meu redor estava pesado, carregado de frustração, raiva e algo mais... algo que eu não queria nomear ainda.

Quando a porta se abriu e Amber entrou, meu peito se apertou. Seu rosto estava pálido, os olhos inchados, os ombros tensos como se carregassem o peso do mundo. Mas, por mais que parte de mim quisesse envolvê-la nos braços, afogar qualquer dor que estivesse passando, eu não podia.

Ela não facilitava as coisas.

Ela se colocou nessa situação.

Ela me ignorou.

"Agora você está satisfeita?" Minha voz saiu baixa, mas carregada de fúria contida.

Amber parou no meio da sala e me encarou, surpresa por me ver ali. Mas não demorou muito para seus olhos se estreitarem e seu corpo enrijecer.

"Era isso que você queria?" continuei, levantando-me devagar. "Uma reunião de família com a vadia que te abandonou? Parabéns, Amber, você conseguiu."

Ela cerrou os punhos. "Não fala assim dela."

Soltei uma risada incrédula, sem humor algum. "Você está defendendo essa mulher agora?" Dei um passo à frente, estreitando os olhos. "Você não vê o que está fazendo? Está deixando ela envenenar sua cabeça, da mesma forma que seu pai fez com você quando criança. E agora, vai deixar que ela se infiltre na nossa vida?"

Amber soltou um suspiro exasperado, passando as mãos pelos cabelos. "Leonardo, eu já tenho coisas demais para pensar. Eu não preciso de você me tratando como uma idiota."

"Idiota?!" Minha paciência finalmente se esgotou. "Amber, você está se colocando em risco! Está ignorando as evidências, está cegando a si mesma por algo que você queria que fosse verdade, mas não é!" Meu tom subiu, minha frustração transbordando. "Ela jogou você na porta do seu pai e sumiu! Você acha que uma mulher assim tem algum sentimento materno por você?"

Amber fechou os olhos com força, como se tentasse afastar as palavras, mas eu vi... vi a dor no seu rosto.

"Você não entende..." ela sussurrou.

"Então me faz entender!" Gritei de volta. "Me diz o que mais aquela megera falou, Amber! O que ela te disse para te deixar nesse estado?!"

Ela balançou a cabeça, respirando com dificuldade, e desviou o olhar. "Eu não tenho que te falar nada. Você já deu seu julgamento."

A raiva dentro de mim atingiu um novo nível. "Você sempre faz isso!" Exclamei, gesticulando com as mãos. "Sempre foge dos seus problemas, sempre empurra as pessoas que te amam para longe! E agora está me deixando no escuro, de novo!"

Amber ergueu os olhos, e o que vi ali me desestabilizou.

Dor. Raiva. E algo mais... algo definitivo.

"Talvez você tenha razão." Sua voz saiu fria, cortante. "Talvez eu realmente deva parar de fugir."

E então, antes que eu pudesse reagir, ela ergueu a mão e deslizou a aliança do dedo, deixando-a repousar na palma da sua mão por um breve segundo antes de fechá-la.

"Talvez a gente tenha se precipitado em Vegas." Suas palavras foram como uma facada no meu peito.

Eu não conseguia me mover. Não conseguia respirar.

Amber me deu um último olhar, carregado de lágrimas não derramadas, e virou-se, subindo as escadas rapidamente.

A porta do quarto se fechou atrás dela com força, e o silêncio que se seguiu foi ensurdecedor.

Minha mente ficou em branco por alguns segundos, até que a raiva voltou, intensa, crua. Minha visão escureceu pelo impulso de agir. Eu não ia deixar isso assim.

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