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Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 315

Amber

O nome dela fez minha pele se arrepiar.

Estava sentada em minha cama, tentando encontrar algum alívio para o peso no meu peito, quando um dos empregados apareceu hesitante na porta.

"A senhora Uria está aqui novamente", ele disse com cuidado, mas o estrago já estava feito.

Meu corpo ficou rígido no mesmo instante. O coração acelerou, batendo forte contra as costelas.

De novo.

Eu soube naquele momento que aquilo não era um simples reencontro de mãe e filha. Não era casual. Não era inocente.

Levantei-me devagar, respirando fundo. Minha intuição gritava que eu não deveria descer. Que deveria pedir para Leonardo mandá-la embora sem nem me dar ao trabalho de vê-la. Mas minha mente já estava tomada por questionamentos.

O que ela quer de mim?

A cada passo em direção à sala, senti o nó no estômago apertar. Minhas mãos estavam frias, meus ombros tensos. Quando virei o corredor e a vi ali, sentada com um sorriso calculado, minha suspeita só aumentou.

Ela estava mais arrumada desta vez. Cabelos presos elegantemente, roupas mais alinhadas. Não havia mais aquela aparência desleixada que vi da primeira vez.

Minha garganta secou. Quem diabos é você, Uria?

"Minha querida", ela abriu os braços como se eu fosse me jogar neles. Fiquei imóvel, apenas observando. Seu sorriso hesitou por um segundo antes de recuperar a confiança.

"Espero que não tenha ficado chateada com minha visita inesperada. Mas eu queria te ver. Queria passar mais tempo com você", ela disse, sua voz doce demais para soar sincera.

Cruzei os braços, sem mover um músculo além do necessário para respirar.

"Por que exatamente?", perguntei, minha voz fria.

Uria piscou, como se não esperasse a pergunta direta.

"Porque sou sua família, Amber", ela disse, sua expressão um pouco mais séria. "Demorei tanto para te encontrar que, agora, não consigo me afastar."

Meu peito subiu e desceu devagar.

"Família?", repeti, saboreando a palavra como se tivesse gosto de ferrugem na boca. "Me diz, Uria… onde exatamente essa conexão familiar estava nos últimos vinte e oito anos?"

Apertou os lábios por um instante, antes de forçar um sorriso novamente.

"Eu te procurei, meu amor", ela garantiu, colocando uma mão sobre o peito como se estivesse profundamente comovida. "Mas seu pai te escondeu tão bem. Eu fiz o que pude."

Soltei uma risada baixa, cruzando os braços com mais força.

"Fez o que pôde?" inclinei a cabeça. "Sabe, Uria, eu pensei muito sobre isso. Sobre essa sua história de busca. E me parece estranho que não haja um único registro oficial disso. Nem um processo, nem um rastreamento, nem um pedido de guarda… Nada. Até onde eu saiba, eu nasci e permaneci por doze anos no mesmo endereço, até fugir."

O rosto dela se fechou um pouco.

"Amber, você não entende. Eu não tinha recursos—"

"Mas teve", interrompi, minha voz ganhando um tom mais afiado. "Parece que sua vida mudou depois que você foi embora, não foi? Parece que você encontrou maneiras de se manter muito bem. Então, se você realmente quisesse me encontrar, por que esperou tanto?"

Uria piscou algumas vezes, seu rosto tenso por uma fração de segundo antes de se recompor.

"Isso não importa mais, Amber. Eu estou aqui agora", disse com suavidade.

"Importa para mim", rebati de imediato. "Porque tudo o que sei sobre você é o que meu pai me contou. E, sinceramente, depois de hoje, prefiro não confiar em nenhuma das versões."

A tensão entre nós cresceu como uma névoa densa no ar. Eu podia ver a frustração crescendo no rosto dela, o sorriso calculado se tornando uma máscara rígida.

"Você não precisa ficar na defensiva comigo", ela disse, sua voz já um pouco mais firme.

"Então me dê um motivo para não ficar", retruquei.

Ela me observou em silêncio por alguns segundos. Depois, suspirou, parecendo querer mudar de abordagem.

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