Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 105

O relógio marcava 6h43 da manhã quando Laura colocou a última fatia de pão na lancheira azul com dinossauros. A cozinha do pequeno apartamento, no subúrbio do Rio, estava banhada pela luz suave do amanhecer. O aroma de café fresco se misturava ao som de passarinhos no quintal e à risada infantil que preenchia o espaço como música.

Ela fechou a lancheira, virou-se e observou Joaquim sentado à mesa, todo concentrado em enfileirar pedacinhos de banana em cima da torrada, como se fosse uma missão altamente secreta.

Seu filho.

Seu milagre.

Seus olhos se demoraram nele com ternura e orgulho. Joaquim, com três anos, era esperto, intenso e cheio de personalidade. Tinha os cabelos castanhos escuros, ondulados, e um sorriso travesso que fazia seu coração derreter. Fisicamente, se parecia muito com ela, mas... o jeito? Era todo de Heitor.

O olhar sério quando se irritava. A forma como cruzava os braços e ficava em silêncio quando contrariava. A inteligência. A obstinação. O brilho nos olhos quando algo o encantava. E, principalmente, o sorriso irônico que surgia quando queria disfarçar que estava encantado.

Heitor.

Ela ainda pensava nele.

Mesmo depois de tudo, mesmo com a dor que sentiu ao deixá-lo para protegê-lo, mesmo com os anos e a distância... ele nunca saiu do seu peito.

Laura suspirou, voltando à realidade. Fechou a pasta com os relatórios que precisava revisar e conferiu o horário mais uma vez. Precisava deixá-lo na creche e correr para a empresa.

Trabalhava como secretária de uma empresa de software especializada em segurança digital. O dono, Eduardo Amaral, era um empresário experiente, reservado e muito respeitado no mercado. Havia confiado a ela responsabilidades importantes ao longo dos anos — e ela retribuía com eficiência, discrição e comprometimento.

Com o tempo, conquistou estabilidade e respeito. Não era rica, mas pagava as contas, tinha planos para o futuro e, mais importante, Joaquim tinha uma vida tranquila e cheia de amor.

Mas, mesmo distante, Laura nunca deixou de querer saber de Heitor. E quem alimentava essas notícias era Bianca, sua amiga fiel, madrinha de Joaquim e confidente de todos os segredos.

Foi por ela que Laura soube que Heitor havia retornado à vida pública, retomado os negócios e… estava morando com Patrícia.

— Parece que estão juntos, sim — Bianca dissera da última vez, com um tom cauteloso. — Inclusive, Patrícia teve um filho. A idade b**e com… sabe, com a época em que ela disse que transaram naquela noite. É possível que...

Laura sentiu o chão desabar sob seus pés naquele dia. O estômago embrulhou, o sangue ferveu de uma vez só.

Um filho.

Com Patrícia.

A mulher que ele dizia detestar. A mulher que ela teve que suportar e enfrentar para libertá-lo. A mulher que a obrigou a sumir da vida dele para salvá-lo.

E agora… ele tinha uma família com ela?

Foi como uma traição. Não importava se estavam separados. Não importava o motivo. Aquilo doeu.

Doía até hoje.

— Vamos, mamãe! A creche vai fechar! — Joaquim gritou, erguendo os bracinhos, impaciente.

Ela riu, enxugando discretamente os olhos.

— A creche não fecha, seu apressado. Mas a mamãe vai se atrasar, e aí o chefe vira um dragão.

— Ele cospe fogo?

— Cospe trabalho ,para mamãe. — respondeu ela, brincando.

Joaquim riu alto, e Laura o tomou nos braços. Ele era a razão pela qual tudo valia a pena.

Mas naquele mesmo dia, a rotina tranquila de Laura estava prestes a virar de cabeça para baixo.

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