Laura se afastou com suavidade, sorrindo.
— Nada de gracinhas, senhor Arantes. Hoje, café da manhã na cama e repouso absoluto. Ordens da sua médica pessoal.
— Isso não é justo... — ele resmungou, cruzando os braços com um falso bico.
— Justo seria você não ter brincado com meu coração fingindo perda de memória.
— Ela lançou um olhar divertido, mas ainda com certa mágoa contida.
— Vai levar um tempinho até eu te perdoar totalmente.
— Ah, então vamos equilibrar as contas. — Heitor virou-se levemente para encará-la.
— Quando eu estiver melhor, vou me redimir da única forma que sei: te deixando toda molhadinha por mim e implorando para eu te matar de tanto prazer.
__Nossa vou esperar ansiosa por isso-Disse ela com um sorriso provocante cheio de malícia .
Depois eles se abraçaram e ficaram em silêncio por um tempo, ouvindo apenas o som distante das risadas de Joaquim e Pedrinho correndo no quintal, sob os cuidados de Bianca. Era incrível como, mesmo em meio ao caos, a vida encontrava formas de florescer.
Mais tarde, a mesa do café no jardim estava posta com frutas frescas, pães quentinhos e suco natural. Os meninos, com seus três aninhos, sentaram-se de frente um para o outro, trocando figurinhas de heróis e palavras engraçadas que faziam os adultos rirem.
Depois do café, Heitor foi para o escritório em sua casa e recebeu uma chamada de vídeo de Henrique, seu advogado e amigo de longa data. A imagem dele surgiu na tela, com o mesmo semblante sério e organizado de sempre.
— Fico feliz de te ver recuperado ,meu amigo e de volta a ativa.— comentou Henrique, após cumprimentá-lo.
— Obrigado por segurar as pontas na holding. Eu sei que não foi fácil.
— Não foi, mas foi gratificante. Sua equipe é fiel, e sua ausência só reforçou o quanto você é necessário. Já preparei um relatório completo com as decisões tomadas e as oportunidades que surgiram nesse período. Vai gostar de ver.
A conversa foi fluindo, leve, profissional, mas com o carinho de amigos que já passaram por muitas juntos.
A noite caiu envolta em uma brisa morna. Laura estava no quarto, cuidando dos curativos de Heitor, agora quase totalmente cicatrizados. Ela passava o creme com delicadeza, os dedos leves sobre a pele dele. Mas quando seus olhos se encontraram, algo mudou no ar.
Heitor a surpreendeu: num movimento rápido, a puxou pela cintura e a envolveu nos braços, beijando-a com fome, como se os dias de repouso tivessem sido uma eternidade.
— Heitor... — ela sussurrou, ofegante entre um beijo e outro — você ainda não está 100%.
— Ótimo. Assim você faz todo o trabalho. Hoje eu sou todinho seu, doutora... pode fazer o que quiser comigo — murmurou, com aquele sorriso safado que fazia os joelhos dela amolecerem.
Laura piscou devagar, e então seus olhos brilharam com uma travessura.
Sem dizer uma palavra, ela foi até o closet e voltou com uma fita de cetim e uma expressão travessa. Amavelmente, pediu que ele deitasse. Ele obedeceu, curioso. E então ela amarrou os pulsos dele à cabeceira de ferro da cama, um laço firme, mas confortável. Heitor apenas sorriu, os olhos escuros queimando desejo.
Laura o cavalgava com ritmo firme e sensual, os cabelos balançando, os gemidos misturados à respiração quente. Heitor a olhava como se ela fosse a própria perdição — e o céu.
Ela o enlouqueceu com seu rebolado, com o domínio, com o prazer de inverter os papéis. E quando os dois chegaram ao clímax juntos, foi como fogo e mar se encontrando.
Depois, com sorrisos cúmplices e felizes , ela o desamarrou. Foram para o banho juntos, risos leves, toques suaves.
Mais tarde, já deitados, Laura se encaixou no peito dele. Heitor passou os dedos pelos cabelos dela, em silêncio, apenas sentindo.
Mais tarde, já deitados, Laura se encaixou no peito dele. Heitor passou os dedos pelos cabelos dela, em silêncio, apenas sentindo.
— Não me canso de você , você e os meninos são meus mundo ,princesa.— sussurrou ele.
— Nem eu de você, meu amor... — murmurou Laura, com a voz embargada, os olhos brilhando por trás de um sorriso cheio de sentimento.
Heitor apenas sorriu, aquele sorriso tranquilo e verdadeiro que ele só mostrava para ela. Seus olhos escuros a envolviam como um cobertor quente numa noite fria.
Laura se aninhou ao corpo dele como uma gatinha preguiçosa e satisfeita, encaixando-se perfeitamente em seus braços. O calor da pele dele, o cheiro inconfundível de homem e desejo, tudo nela se aquietava quando estava assim — segura, amada, completamente entregue.
Heitor passou os dedos devagar pelos fios do cabelo dela, como se cada toque fosse uma declaração silenciosa.
E assim, entre carícias e respiração sincronizada, os dois adormeceram. Entregues. Felizes. Completos.

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