Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 14

O caminho até a empresa foi silencioso, com Laura imersa em seus pensamentos. A ideia de enfrentar Heitor, de passar o aviso prévio ao lado dele, deixava seu corpo em alerta. Sabia que teria que entrar naquela sala, respirar o mesmo ar que ele, manter a compostura... E não se deixar afetar. Só que isso parecia cada vez mais impossível.

Já no saguão da empresa, carregando uma pasta com documentos que precisava entregar, Laura avistou Charles se aproximando. Ele vinha com o sorriso fácil que usava como cartão de visita e uma postura confiante que, naquele dia, pareceu ainda mais evidente.

— Bom dia, Laura. — disse ele, com um olhar direto que fez Bianca, ao lado, lançar um olhar cúmplice.

Laura respondeu com um sorriso tímido.

— Bom dia, Charles.

— Precisa de ajuda com essa pasta? — ofereceu-se, já estendendo a mão para segurá-la.

— Está tudo certo, obrigada.

— Mesmo assim, posso acompanhá-la até o elevador. Vamos para o mesmo andar, afinal. — Ele sorriu de lado e fez um gesto para que ela seguisse ao seu lado.

Bianca se afastou, lançando um olhar provocador a Laura, que não conseguiu esconder um pequeno sorriso. Charles engatou uma conversa

leve e simpática, falando sobre uma nova política interna do RH e, ao mesmo tempo, aproveitando para elogiar sua competência e postura profissional.

— Eu sempre achei você muito dedicada... e elegante. — disse ele, enquanto esperavam o elevador.

Laura riu, sem saber ao certo como responder.

— Obrigada, Charles. Eu tento fazer o meu melhor.

Quando as portas se abriram no último andar, Charles ainda caminhava ao lado dela. Foi no momento em que ela ajeitava a pasta entre os braços que uma mecha de cabelo escapou, caindo sobre o rosto. Charles, num gesto ousado e íntimo demais para colegas de trabalho, levou a mão até o rosto dela e, com os dedos, colocou a mecha atrás de sua orelha.

— Você devia sorrir mais... combina com você. — murmurou.

Laura congelou por um instante, desconcertada. E foi então que sentiu.

A presença.

Heitor.

Ele estava parado no fim do corredor, diante da porta de sua sala, olhando fixamente para a cena com olhos faiscantes. O maxilar contraído, os punhos cerrados e o corpo tenso como se fosse explodir a qualquer momento. Um furacão de emoções girava dentro dele, com o epicentro focado naquela cena: Charles tocando Laura. Roubando uma intimidade que ele, Heitor, desejava exclusivamente para si.

Uma onda de ciúmes, intensa e cortante, subiu-lhe à garganta como fel. Cada passo que Charles dava para se afastar de Laura, cada sorriso que ela ainda carregava no rosto... tudo aquilo doía como uma punhalada. Laura parecia não tê-lo visto ainda, mas ele não conseguia tirar os olhos dela.

Quando ela finalmente o avistou, parou de andar. O sangue pareceu congelar em suas veias.

— Senhor Heitor... — murmurou, quase sem voz.

Ele não respondeu. Seus olhos diziam tudo. A tensão era palpável no ar. Sem dizer uma palavra, virou-se e entrou na sala, batendo a porta com força.

Laura permaneceu ali por alguns segundos, sentindo o coração descompassado. Sabia o que aquela expressão significava. Conhecia aquele olhar. Aquilo não era apenas ciúmes. Era mais profundo, mais possessivo... mais perigoso.

Com a respiração entrecortada, entrou na sala logo depois, encontrando-o de costas para ela, olhando pela janela com as mãos nos bolsos da calça social.

— Desculpe o atraso, trouxe os documentos solicitados..eu revisei todos antes de vir para cá . — começou, tentando manter a voz firme.

Ciúmes 1

Ciúmes 2

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