Ele caminhou até o carro estacionado, um Lamborghini escuro que refletia sua frieza. Laura correu até ele, ficando diante da porta.
— Não me ignore, por favor! Eu mereço ao menos uma explicação! Por que está fazendo isso? Por que esta sendo tão cruel comigo.
Ele parou por um segundo. Os olhos encontraram os dela. E Laura viu algo ali. Uma dor profunda, escondida sob camadas de orgulho e fúria. Mas ele não disse nada. Apenas desviou o olhar, entrou no carro e bateu a porta.
— Heitor! — ela gritou mais uma vez, batendo no vidro.
— Heitor, por favor, me escuta!
Num ato de desespero, Laura se colocou na frente do carro, os braços abertos, o corpo trêmulo, mas firme. Os olhos encaravam os dele com coragem. Ela sabia que ele não teria coragem de machucá-la, não com os filhos ali, não com tudo o que ainda havia entre eles, por mais ferido que estivesse.
Heitor ligou o carro, o motor roncou como um aviso. Por um instante, ela pensou que ele fosse avançar. Mas então, com um suspiro pesado e um sorriso irritado, desligou o motor. Saiu do carro bruscamente, batendo a porta com força. Caminhou até ela com passos duros, impacientes, como um predador prestes a atacar.
— Você está completamente louca? — rosnou, agarrando o braço dela com firmeza.
— Quer fazer escândalo na frente dos meus filhos?
— Me solta, você está me machucando! — ela protestou, mas ele ignorou.
Com um movimento brusco, a empurrou para dentro do carro e bateu a porta. Trancou com um clique seco e voltou ao volante, os maxilares travados de raiva.
— Fica calada — ordenou, sem encará-la.
— Espera até chegarmos onde ninguém vai nos interromper. Acredite, você vai querer estar sozinha comigo se realmente quiser se explicar... ou se quiser implorar pela sua vida,se eu quiser acabar com você , Laura .
Laura o olhou, incrédula, o coração disparado.
— O que você está dizendo, Heitor? Isso é uma ameaça?
— Ainda não — ele respondeu, frio.
— Mas pode virar uma.
O silêncio dentro do carro era sufocante. Ela queria gritar, chorar, exigir que ele a ouvisse ali mesmo. Mas algo no olhar dele... aquele gelo, aquela escuridão... dizia que não era o momento.
Ele dirigia rápido, impaciente, como se estivesse tentando fugir de si mesmo. A tensão entre eles era quase palpável. E Laura, mesmo com medo, não se arrependia de ter ido até a mansão. Não poderia viver sem lutar por seus filhos. Nem por ele.
Quinze minutos depois, o carro entrou por uma estrada de terra, cercada de árvores, até chegar a uma casa afastada de tudo não era a mansão secreta ,era um antigo chalé , que Laura desconhecia.
Heitor desligou o motor e saiu sem dizer uma palavra. Abriu a porta dela e puxou com firmeza, sem violência, mas sem delicadeza alguma.
— Vamos.
Ela desceu, hesitante, o coração disparado. Quando entrou na casa, sentiu o cheiro familiar de madeira. Mas não havia calor ali. Só tensão. Só dor.
Ele fechou a porta e girou a chave, prendendo-a ali com ele.
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