Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 155

Heitor a encarou por um instante, depois balançou a cabeça com desprezo.

— Uma bela história. Conveniente, convincente... Se eu fosse o mesmo idiota de antes , até acreditava. Mas eu vi como ele olhava pra você. Vi como você começou a preferir a companhia dele à minha. Você achou que a Bianca não ia acordar, não é? Que ia ficar com ele sem peso na consciência... mas ela acordou.

— Isso é um absurdo! — Laura explodiu, dando um passo à frente, indignada. — Um absurdo você dizer isso de mim!

— Absurdo é você querer me fazer de idiota — ele disparou, os olhos faiscando.

— Tá na cara que vocês estavam tendo um caso. Você só não esperava que a Bianca sobrevivesse. E agora vem aqui, com mais uma das suas mentiras...

— Eu nunca tive um caso com o Fernando! — ela gritou, com a voz embargada de dor.

— Quantas vezes vou ter que repetir isso ,mas que droga!Não é justo que por causa do que você pensa que fiz queira me castigar me esperando dos meus filhos .

— Quanto a isso, eu mudei de ideia ,os meninos estão sofrendo muito sem você e eu vou permitir que os veja, por eles ,não por você . — Heitor cortou, seco.

— Pode vê-los. Mas só isso. Já estou sendo mais do que razoável. Você não merece nem isso.

— Por que você tem que ser tão cabeça dura? — sussurrou, levando as mãos à testa.

— Eu nunca te trai. Nunca. Nem com o Fernando, nem com ninguém. Você é o único homem da minha vida, Heitor!

Ele riu, com uma amargura cortante.

— Outra mulher já me disse isso antes — respondeu, sombrio.

— E estava me traindo com meu próprio pai.

Laura ficou imóvel por um segundo. O nome não dito pairou entre eles como um fantasma.

— Eu não sou a Patrícia — disse, com voz baixa, mas cheia de dor.

— Eu não sou ela. E você está me julgando como se eu fosse.

— Chega, Laura! — ele rugiu, com a voz reverberando pelas paredes do chalé.

— Já estou sendo mais que benevolente em permitir que veja os meninos. Não me peça mais nada.

Ela deu um passo à frente, a respiração ofegante, o corpo inteiro vibrando de indignação e tristeza.

— Eu não quero apenas vê-los! Eu quero viver com eles! Você não pode tirar isso de mim!

Heitor a encarou, o maxilar travado, as mãos cerradas.

— Tudo bem. Vou fazer isso pelos meninos. Pode voltar para a mansão... mas não como minha mulher. Vou dar entrada no divórcio. Você volta como mãe deles e pelos dois que estou fazendo isso , se mantenha o mais longe de mim possível, quando estiver lá .

Laura sentiu o coração afundar. A dor foi tão profunda que ela quase não conseguiu respirar. Mas ainda assim, sussurrou com coragem:

— Agora são três.

— Estou grávida, Heitor. — ela disse, deixando a emoção transbordar na voz.

— De pouco mais de oito semanas.

O silêncio caiu como uma pedra entre os dois. Ele a olhou, imóvel, como se o mundo tivesse parado por um segundo.

Então riu. Um riso sarcástico, frio, carregado de veneno.

— Parabéns — disse, com um sorriso forçado.

— Parabéns? — Laura repetiu, sem acreditar.

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