Ele deu mais um passo, hesitante.
— Eu sei. E me odeio por isso. Mas eu quero reparar. Eu vou te compensar por toda injustiça que cometi. Vou te encher de atenção, de amor, de cuidado. Você e nossa filha vão ter tudo que eu neguei.
Laura suspirou, cansada.
— Eu não sei se consigo te perdoar. Não sei se ainda quero você na minha vida.
Heitor sorriu de canto.
— Mas eu sei que você ainda me ama. Você é transparente, Laura. Eu vejo isso nos seus olhos.
Ela arqueou uma sobrancelha, ironicamente.
— Convencido…
— Faz parte do meu charme — respondeu ele, tentando amenizar o clima.
Os dias seguintes foram uma mistura de esperança e frustração. Heitor cumpriu o que prometeu. Estava presente em todos os momentos, trazendo café da manhã, flores, ajudando com Joaquim, e acompanhando cada consulta médica. Era atencioso, amoroso, cuidadoso.
Mas Laura seguia distante. Fria. Não o tratava mal, mas também não deixava nenhuma brecha para reaproximação. Dedicava-se integralmente aos filhos — a Joaquim e ao bebê, que dali a uma semana viria ao mundo.
Heitor, embora compreendesse, se sentia cada vez mais frustrado. A dor de não conseguir reconquistar a confiança da mulher que amava o dilacerava.
Foi nesse estado vulnerável que uma nova estagiária da Holding, atenta aos boatos sobre o casamento dele em crise, passou a se insinuar, achando que poderia ter alguma chance com o CEO tão cobiçado por ela desde que pós os olhos nele.
Naquela tarde, ela apareceu em sua sala, sorrindo.
— Com licença Arantes , vim agradecer por ter aceitado meu estágio aqui.
disse ela, sorrindo de um jeito que tentava ser natural, mas carregava uma ponta de provocação.
Heitor levantou os olhos dos papéis, cansado, sem esconder o incômodo.
— Que bom. Fico feliz que esteja gostando.
Ela se aproximou, dando um passo a mais do que o necessário, seu perfume doce invadindo o ambiente.
— Você é ainda mais impressionante assim de tão perto e tão gentil . Deve ser difícil ser tão ocupado e ainda assim tão atencioso com todo mundo, como está sendo comigo ...eu fiquei com medo que não gostasse da minha vinda a sua sala.
Heitor deu um sorriso breve, tentando desviar o assunto.
— Se é só isso que queria dizer está dito, senhorita . Agora, se me permite, tenho coisas para fazer.
Mas ela não se deixou intimidar. Com um olhar sedutor,sentou -se em sua mesa e acariciou o rosto de Heitor que se esquivou se mostrando irritado e a reprendeu.
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