Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 170

Fernando passou a mão pelos cabelos, tentando disfarçar a irritação crescente.

— Foi mesmo a minha mãe que as convidou ? — perguntou, cruzando os braços.

— Claro — respondeu Rosana.

— Ela foi um amor. Disse que seria bom termos todos por perto, como uma família unida que sempre fomos.

Família unida..., pensou Fernando, contendo a vontade de revirar os olhos.

Ele respirou fundo, forçando-se a manter a compostura.

— Se foi minha mãe quem permitiu que ficassem aqui, quem sou eu pra discordar, não é ? Sejam muito bem vindas.

Antes que o silêncio se prolongasse, a voz de Lúcio, o pai de Fernando, soou fraca, porém firme:

— Alice, Rosana… será que podiam me deixar conversar a sós com meu filho?

As duas trocaram olhares rápidos. Rosana assentiu com um sorriso sem graça, mas Alice, antes de sair, não resistiu:

— Pode ficar tranquilo, Fernando. Eu não vou fazer nada pra atrapalhar o seu casamento.

Fernando manteve o rosto impassível, mas por dentro sentia um nó se formar em seu estômago. Mentira, pensou. Ele a conhecia bem demais. Alice sempre foi obcecada por ele. Nunca aceitou o fim do namoro, nunca aceitou ter sido deixada. Era mimada, esnobe, se achava superior por carregar o sobrenome Venturini — como se isso a tornasse melhor das outras pessoas .E ele, idiota que foi, complicou tudo quando cedeu à fraqueza em São Paulo. Aquela noite havia dado a ela a ilusão de que ainda havia alguma chance de retornar o que tiveram no passado.

Não era só uma questão de arrependimento. Era medo. Medo de perder Bianca. De ver tudo desmoronar.

Assim que as duas saíram do quarto, Lúcio indicou com a mão a poltrona ao lado da cama.

— Senta, filho.

Fernando obedeceu em silêncio. Seus olhos estavam atentos, mas havia uma tensão contida no ar.

— Antes de qualquer coisa… — começou Lúcio, a voz um pouco embargada

— …eu quero te pedir perdão.

Fernando o olhou com surpresa, sem dizer nada.

— Perdão por todas as palavras duras que te disse no passado. E, principalmente… — ele fez uma pausa, como se precisasse de coragem para continuar.

— …por ter te culpado pela morte do seu irmão.

O coração de Fernando apertou no peito.

As palavras o atingiram como um soco. Ele sempre soube que, no fundo, o pai o responsabilizava. Mesmo sem dizer diretamente, os olhares, os silêncios e até os afastamentos gritavam a culpa que lhe fora atribuída. Mas ouvi-lo admitir agora, com aquela vulnerabilidade tão rara, era quase demais para suportar.

Fernando baixou os olhos, os dedos entrelaçados, e suspirou.

— O senhor não tem que me pedir perdão… porque o senhor estava certo. — Sua voz saiu baixa.

— A culpa foi minha, pai.

O olhar de Lúcio se estreitou, surpreso com a sinceridade do filho.

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