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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 169

Dona Célia apareceu no corredor com um leve sorriso, as mãos entrelaçadas à frente do corpo, como se tivesse esperado o momento certo para interromper a tranquilidade da cena.

— O quarto de vocês já está pronto — anunciou, olhando para Bianca e Fernando com ternura.

— E da Valentina também ,eu mesma decorei e contratei uma babá da minha inteira confiança ,a dona Elisa para cuidar da nossa princesinha.Por favor me acompanhem.

Bianca sorriu, visivelmente aliviada. As emoções da chegada, o reencontro com Célia e o cuidado com a filha , a deixava um pouco exausta. Fernando assentiu, apertando levemente a mão de Bianca antes de se levantar com a filha nos braços.

Foram os três até o quarto infantil. Ao entrar, Bianca sentiu o coração se aquecer. O ambiente era acolhedor, com tons suaves de rosa e branco, móveis elegantes mas infantis, e um berço de madeira trabalhada que mais parecia saído de um sonho. Fernando colocou Valentina no berço com delicadeza, observando-a dormir com um misto de orgulho e vulnerabilidade nos olhos.

— Com licença ,mas vou ver meu pai ,depois quero que o conheça Bianca ,tenho certeza que ele vai gostar muito de você .— disse ele dando um beijo rápido nos lábios de Bianca.

Bianca assentiu.

— Vai. Eu fico aqui um pouco com sua mãe e daqui pouco vou me juntar a vocês.

Bianca se sentou no sofá ao lado da sogra e logo foi apresentada à babá. Era uma senhora de meia idade, cabelos grisalhos presos num coque e um olhar acolhedor que inspirava confiança.

— Prazer, dona Helena — disse Bianca, apertando a mão da mulher.

— O prazer é todo meu, senhora Bianca. Sua filha é um anjinho. Cuidarei dela com amor e responsabilidade.

Enquanto as duas conversavam, e Bianca falava sobre a filha , Fernando subia as escadas rumo ao quarto onde seu pai repousava. Esperava encontrá-lo tranquilo, talvez lendo um livro ou assistindo à TV em volume baixo, o que costumava fazer ,pelo que sua mãe lhe falou ao telefone antes da chegada dele ,seu pai estava bem melhor depois de vários dias de repouso e não ficou com nenhuma sequela devido ao infarto que sofreu semanas atrás.

Mas o que viu ao abrir a porta lhe causou um arrepio imediato.

Alice estava sentada em uma poltrona ao lado da cama, as pernas cruzadas de maneira provocante, usando um vestido justo demais para uma visita a um parente doente. Ao seu lado, a mãe dela, Rosana, observava a chegada de Fernando com um sorrisinho satisfeito. O olhar da tia era o mesmo de sempre: o de quem espreita uma oportunidade, um deslize, um momento de fraqueza.

Alice se levantou num pulo, como se sua presença ali fosse a coisa mais natural do mundo.

— Fernando! — disse ela, com entusiasmo exagerado.

— Que bom que está aqui ! Sinceramente eu achei que você nem viria.

Ele a olhou por um segundo, sem se aproximar, mantendo a postura firme.

— Mudança?

Rosana assentiu, com um ar de resignação forçada.

— Sim, querido. Estamos pensando em nos estabelecer mais perto da família. Sua mãe, muito gentil, nos convidou para ficar aqui por uns tempos. Sabe como é... os tempos não estão fáceis, e com minha saúde frágil...

Fernando reprimiu uma risada amarga. Frágil, Rosana? Desde quando? Ele conhecia bem demais as duas para cair nessa encenação. Era mais provável que tivessem inventado aquela história de doença apenas para se aproveitar da boa vontade da sua mãe. E agora que sabiam que ele e Bianca estavam morando ali com a filha, tudo parecia fazer ainda mais sentido , ou

melhor, soava como um plano.

A presença delas ali não era coincidência. Era oportunismo.

Droga, pensou. Se Bianca descobrir que Alice está hospedada aqui, sob o mesmo teto... isso vai ser um inferno.

A última coisa que ele queria era colocar Bianca naquela situação. Ela havia sido grande, generosa, ao perdoá-lo por aquele deslize, por mais imperdoável que tivesse sido. Ele jamais esperaria que ela aceitasse dividir o mesmo teto com a mulher que ele a traiu — e com razão.

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