Ele passou os dedos pelos cabelos dela com delicadeza, deixando um beijo lento em sua testa.
— Não precisa estar. Só não fuja de mim. Eu cuido de você... do meu jeito. — Ele sorriu de novo, desta vez mais contido, mas ainda assim firme.
— Porque você é minha. Só minha.
Laura sentiu o coração acelerar de novo — e dessa vez, não foi por medo.
Foi por desejo.
E, talvez, por algo muito mais perigoso: a possibilidade de estar começando a se apaixonar por um homem que era tudo o que ela devia evitar.
Mas que, naquele momento, era o único lugar onde ela queria estar.
Já vestidos e recompostos, o ambiente parecia mais silencioso, como se o próprio ar estivesse tentando entender a tensão que ainda pairava entre eles. Heitor estava sentado no sofá, com Laura no colo, de lado, o braço dele envolto possessivamente em sua cintura. Ela parecia inquieta, mordiscando o lábio inferior enquanto evitava o olhar dele.
— O que foi? — ele perguntou, deslizando os dedos pelos fios soltos do cabelo dela, a voz rouca, mais mansa do que de costume.
— É que... — ela hesitou, os olhos fixos em um ponto qualquer da parede
— eu nunca... nunca tinha tido um orgasmo antes. Nenhum. Nem sozinha, nem com ninguém. E com você... foram três. Em uma única noite.
Heitor soltou uma risada baixa, cheia de orgulho. Seus olhos brilharam.
— Isso é porque você ainda não tinha conhecido o homem certo... pra sexo — corrigiu com um sorriso malicioso.
— Porque se eu disser o homem certo pra você, vai parecer que temos algo a mais. E nós dois sabemos que não temos.
Laura assentiu com um pequeno sorriso, mas seu olhar carregava um certo peso.
— Quero que esteja ciente Laura .que nunca passará de prazer. Sem limites, sem regras, a não ser que algo te incomode e não queira fazer. Fora isso, a única relação que teremos será de chefe e secretária. Disse Heitor depois de um momento de silêncio quando se tivesse refletido antes de falar.
— E será uma relação monogâmica? — ela perguntou, com uma franqueza que o surpreendeu.
— Ou você sairá com outras?
Heitor inclinou a cabeça para o lado, pensativo. Então falou com seriedade, sua voz carregada de convicção:
— Como sou justo, apesar de todos os defeitos que tenho, seria. Porque se eu transar com outras mulheres, você também teria o direito de transar com outros caras. E eu sinto ódio só de imaginar isso.
— Você sempre foi assim? Tão possessivo?
— Sinceramente, não. Só me sinto assim com você. Você tem esse poder maldito de me deixar louco de ciúmes só de imaginar outro homem te tocando.
— Você realmente seria capaz de... matar alguém?
Ele fitou os olhos dela por alguns segundos, o rosto sério, impenetrável.
— Não quero te assustar, mas sim. Eu teria. E mataria você também, se me traísse.
— Se a intenção era não me assustar... falhou. Porque agora eu estou muito assustada.
Um sorriso perverso brotou nos lábios dele, e Heitor passou os dedos entre os cabelos dela, puxando-a com firmeza e desejo.
— É brincadeira, princesa... mas mesmo assim, não pague pra ver.
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