O corpo de Laura ainda carregava a memória do que haviam feito, e cada pequeno toque, cada movimento sutil, reacendia a chama que Heitor havia acendido nela com tanta facilidade — e poder.
Ela ainda estava no colo dele, os corpos entrelaçados de um jeito que não dava espaço para dúvidas sobre o que estavam se tornando, mesmo que nenhum dos dois estivesse pronto para admitir.
— Espero contar com sua discrição, Laura — disse ele com a voz baixa, rouca e carregada de autoridade.
— Não quero que ninguém saiba do que há entre nós. Na frente dos outros, somos apenas chefe e funcionária ,nunca esqueça disso.
Laura mordeu o lábio, tentando conter a pontada de dor que aquela frase trouxe. Mas ela disfarçou com ironia:
— Em outras palavras... eu serei o seu segredinho sujo.
Heitor franziu o cenho, puxando-a com mais firmeza contra o próprio corpo.
— Não leve para esse lado. Estou fazendo isso porque quero preservar minha vida pessoal. Sempre fui reservado. E também... não quero te expor.
Ela deu um leve sorriso, cético.
— Tudo bem... até porque será menos humilhante para mim quando você me der um pé na bunda e enjoar de mim.
Heitor riu, um som baixo e quente que vibrou contra o peito dela.
— Sinceramente? Acho que isso vai demorar um bom bocado para acontecer. Seu corpo é viciante, Laura. E o que mais me excita é saber que você não conhece nada sobre o mundo BDSM... e que sou eu quem vai te ensinar e te mostrar todas as delícias desse modo peculiar de dar e receber prazer.
Laura corou, os olhos faiscando entre a excitação e o medo. Ela ainda não sabia como se sentia em relação a tudo aquilo, mas seu corpo — traidor, impaciente, faminto — já tinha feito sua escolha.
Horas mais tarde ela saiu da empresa e foi para seu apartamento ainda com os pensamentos fervilhando.
Ao girar a chave e empurrar a porta do apartamento, Laura sentiu o impacto da realidade voltando aos poucos, como um vendaval morno que bagunçava sua mente. Ainda estava em transe — o gosto dos beijos, o toque firme, as palavras perigosas de Heitor... tudo ainda a queimava por dentro.
Ela entrou, descalçou os sapatos e se jogou no sofá com um longo e profundo suspiro, como se o próprio corpo estivesse exausto de tanto prazer e confusão.
— Até que enfim — disse uma voz familiar da cozinha.
— Já estava achando que você tinha sido abduzida.
Laura ergueu os olhos devagar. Bianca,,apareceu com uma caneca de chá nas mãos, vestindo um short de algodão e uma camiseta larga do Harry Styles. O olhar curioso dela não passou despercebido.
— O que foi? — Bianca perguntou, franzindo as sobrancelhas ao ver o estado de Laura.
— Você tá com cara de quem teve um dia muito interessante, senhorita Dias.
Laura soltou uma risada nervosa e cobriu o rosto com as mãos.
— É pode se dizer que sim... Bianca... Eu preciso te contar uma coisa. Mas você promete que vai ouvir até o fim e não vai me interromper?
Bianca se aproximou com um olhar ainda mais atento e se sentou na poltrona à frente, puxando as pernas para cima.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe.