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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 189

Bianca deu um suspiro cansado antes de responder.

— Se me amasse, me respeitaria.

Raul fingiu pensar, então se afastou dizendo:

— Um momento. Preciso fazer uma ligação.

Foi até um canto da sala, pegou o celular e murmurou, fora do alcance de Bianca:

— Dá um jeito do Fernando saber que a mulher dele está aqui. Comigo.

Desligou sorrindo e voltou até ela.

— Desculpa. Questões da empresa. Você já tá melhor?

— Sim, obrigada. Eu já vou.

— Tudo bem. — Ele se aproximou mais, os olhos cravados nos dela.

— Mas antes, pensa com calma. A Paola não é nada. Só mais uma na lista dele. Agora você... — ele roçou o nariz no dela

— ...você é diferente.

Bianca congelou. Não queria aquilo. Não queria nem pensar naquilo. Mas o toque dele era suave, e o coração ferido a deixava vulnerável e também a deixava sem qualquer reação lógica ,que era se afastar dele.

Foi aí que, aproveitando o momento, Raul a agarrou de surpresa e a beijou com força.

E foi justamente nesse instante que a porta se escancarou com violência.

— SEU DESGRAÇADO! EU FALEI PRA FICAR LONGE DELA! — gritou Fernando, avançando e desferindo um soco violento no rosto de Raul, que caiu com tudo no chão.

Quando Fernando foi pra cima de novo, Raul, esperto, levantou a mão, com o nariz sangrando, e disse:

— Eu não tive culpa! Ela entrou aqui e me agarrou dizendo que se você podia beijar quem quisesse, então ela também podia!

— O quê?! — Fernando parou de repente, sentindo o sangue gelar nas veias. O olhar dele se fixou em Bianca, confuso e incrédulo.

— É mentira... eu não disse nada disso... ele me chamou aqui, ele... — Bianca tentou se explicar, mas a voz tremia, carregada de frustração e decepção. Ela sentia o peito apertado, como se estivesse sendo traída mais uma vez, mas agora pelas palavras que colocavam em sua boca.

— Cala a boca e vamos embora — explodiu Fernando, avançando com raiva. A mão dele agarrou o braço dela com força, os olhos queimando de indignação e orgulho ferido.

— Pra um lugar que há muito tempo quero que você conheça. Mas você nunca quis. Talvez porque não pense num futuro comigo.

— Para nossa ex futura casa? — disse ela, surpresa.

— Não. É a nossa casa. Porque você vai conhecê-la hoje. Agora fica quietinha . Não tô afim de conversar depois de ver você se esfregando no cretino do Raul numa vingancinha infantil por algo que você acha que eu fiz.

— Acho não, você está fazendo!

Fernando apertou o volante com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos.

— CHEGA, BIANCA! EU PRECISO MANTER O FOCO NA ESTRADA! E COM VOCÊ ME IRRITANDO, ISSO FICA IMPOSSÍVEL!

Ele respirou fundo, com a voz mais baixa, porém dolorida:

— Dirigir pra mim... depois do acidente que matou meu irmão... é sempre muito difícil.

Bianca se calou. Finalmente. Olhou pela janela e sentiu a garganta apertar.

Ela não sabia se queria gritar, chorar... ou beijá-lo com fúria e todo desejo acumulado durante todos os meses que estava se negando o prazer de ter aquele homem lhe possuindo e dando o que ele tanto sabia lhe dar prazer , de todas as formas e oposições possíveis.

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