Bianca não conseguia olhar para ele sem desejar, e ao mesmo tempo, sentia raiva de si mesma por o querer tanto.
— Estou te desconhecendo, Bianca. Você sempre foi muito segura de si, e foi isso que me fez me apaixonar por você. Sua segurança. Você é uma mulher linda, que qualquer homem teria sorte em ter, e que não precisaria se importar com mais ninguém. E agora… você se mostra insegura, imatura.
— Foi você quem me tornou assim — respondeu ela, com a voz trêmula.
— Quando me traiu, e o fato de pensar isso tudo que acabou de dizer de mim ,pelo jeito não adiantou muito.
— Eu já disse que estava vulnerável, com medo de que você nunca mais voltasse para mim, com nossa filha recém-nascida. Fui fraco, procurei alívio na bebida.
— Mas não foi só na bebida que você se aliviou — a acusação saiu pesada.
— Não, não foi — ele suspirou, a voz cheia de remorso.
— Mas me arrependo de cada maldito momento do que fiz.
Bianca se afastou de Fernando, o olhar carregado de mágoa. Pegou o celular sobre a cômoda, virou-se para ele e estendeu o aparelho.
— Veja a última mensagem que recebi .ME diga se não tenho razão em pensar que tem um caso com está mulherzinha. — disse, a voz firme, mesmo com o coração acelerado.
Fernando pegou o celular, os olhos varrendo as palavras na tela. Depois, tocou o vídeo. O quarto ficou em silêncio, exceto pelo som abafado das vozes no vídeo. Bianca observava cada reação dele — o franzir das sobrancelhas, o aperto na mandíbula, a respiração mais pesada.
Quando terminou, ele ergueu o olhar para ela.
— Sabe o que eu vejo aqui? — perguntou, a voz grave.
— Que alguém está se aproveitando do seu ciúme para nos separar. E vai conseguir, se você não parar de ver coisas onde não tem.
— Tudo bem… — ela respondeu, cruzando os braços.
— Talvez da sua parte não tenha nada. Mas da parte dela, tem sim. Você não é nenhum ingênuo, Fernando. Sabe muito bem que a noiva do seu irmão falecido te quer.
Ele respirou fundo, tentando conter a irritação.
— Sim… eu notei o interesse dela. Mas dessa vez deixei muito claro que não a quero. Que eu amo você, Bianca. E mesmo que você não existisse… eu jamais ficaria com a mulher que foi do meu irmão.
Fernando colocou o celular de volta na cômoda, se aproximou e tomou o rosto dela entre as mãos, acariciando sua pele com carinho, o polegar deslizando suavemente pela maçã do rosto.
— Acredite em mim, amor. Eu só quero você.
Bianca o encarou com intensidade, mas não cedeu de imediato.
— Então se afaste daquela mulher. Assim como você não quer me ver perto do Raul, eu também não quero você perto dela. Só assim vou acreditar em você.
Ele estreitou os olhos, a voz ganhando um tom mais possessivo.
— Eu tenho meus motivos para não querer o Raul perto de você. Ele sempre me invejou, sempre quis tudo o que é meu. E não vai medir esforços para ter você, porque sabe o quanto é valiosa para mim.
Bianca manteve o olhar firme.
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