O sol da manhã entrava pelas janelas amplas da mansão dos Martins, iluminando a sala de jantar onde toda a família se reunia para o café da manhã. A mesa estava posta com uma variedade de frutas frescas, pães artesanais, queijos finos e sucos naturais. O aroma do café recém-passado misturava-se ao ambiente, criando um cenário que contrastava com a tensão que lentamente se instaurava entre os presentes.
Bianca, ainda um pouco tímida, sentou-se ao lado de Fernando, que segurava sua mão discretamente sob a mesa, buscando um pouco de conforto diante da expectativa do que estava para ser dito.
À mesa estavam os pais de Fernando, Dona Célia e Senhor Alfredo, casal respeitado e amado por toda a família, sempre equilibrando as tensões com sua sabedoria e calma. Também estavam presentes Alice, prima de Fernando, e sua mãe,Rosana , duas presenças que desde sempre traziam um certo desconforto para Bianca.
O silêncio foi quebrado por Fernando, que, após um gole de café, tomou a palavra com uma voz firme, porém serena.
— Quero compartilhar uma novidade com todos vocês — começou ele, fitando os rostos ao redor da mesa.
— Bianca vai começar a trabalhar conosco no estaleiro, como nossa nova relações públicas.
Um leve murmúrio percorreu a mesa. Bianca sentiu os olhares de surpresa, expectativa e até aprovação, principalmente vindos dos pais de Fernando, que sorriram calorosamente.
— Isso é ótimo! — exclamou Dona Célia, seus olhos brilhando.
— Justamente o que precisávamos. Uma mulher bela e jovem para lhe dar com aqueles abutres da imprensa e os encantar com sua beleza e claro com sua inteligência que percebi que isso querida tem de sobra.
— É verdade — concordou Alfredo, sempre prático.
— Estamos passando por um momento delicado. A sabotagem do navio nos deixou numa posição complicada, e a imprensa não tem nos dado trégua. A matéria que saiu recentemente colocou em xeque a qualidade dos nossos serviços, e isso precisa ser revertido o quanto antes.
Fernando assentiu.
— Por isso, precisamos de alguém que saiba lidar com a imprensa, que seja firme e ao mesmo tempo saiba construir pontes. Bianca é a pessoa certa para isso.
O sorriso de Bianca se abriu, misto de orgulho e nervosismo. Era um desafio enorme, mas ela estava pronta para enfrentar.
Porém, nem todos compartilharam da mesma animação.
Alice, sempre com o olhar frio e um sorriso torto, não perdeu tempo para lançar sua provocação.
— Ah, por favor, Fernando — disse, com uma voz carregada de veneno.
— Por que não fala a verdade? Sua esposa vai trabalhar no estaleiro porque tem medo de te perder para a Paola e quer vigiar você.
O silêncio que se seguiu foi pesado, como uma tempestade prestes a desabar. Todos os olhares se voltaram para Alice, e o constrangimento pairou no ar.
Foi Alfredo quem quebrou o silêncio, sua voz firme e autoritária:
— Se não quiser ser expulsa da minha casa, Alice, peço que controle sua língua e evite comentários maldosos , principalmente á merda do café , que para mim é sagrado ,como todas as refeições.
Alice ergueu as sobrancelhas, desafiadora, e respondeu sem se intimidar:
— Me perdoe, tio, mas é a pura verdade. O Raul me contou que a Paola e o Fernando estão sendo alvo de fofocas e que muitos dizem que os ter certeza que os dois têm um caso.
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