O Audi preto avançava com suavidade pela estrada que levava ao estaleiro da família Martins, um dos maiores do país e símbolo do poder e legado da família. Fernando conduzia o carro com a mão firme no volante, enquanto Bianca, ao seu lado, apertava discretamente a mão dele, sentindo um misto de ansiedade e determinação pulsando no peito.
— Vai dar tudo certo, Bianca — disse Fernando, quebrando o silêncio com um sorriso confiante.
— Você é forte, inteligente, e vai mostrar para todo mundo o quanto é capaz.
Ela sorriu de volta, sentindo a segurança que só ele sabia lhe proporcionar. Eles eram um casal admirado, não só pela beleza de ambos, mas pela sintonia que demonstravam mesmo em meio a tantos desafios.
Quando chegaram ao estaleiro, não demorou para que os olhares se voltassem para eles. Funcionários, gerentes e fornecedores não disfarçavam a curiosidade e a admiração ao verem Bianca ao lado de Fernando, os dois de mãos dadas, exibindo um sorriso discreto e a confiança de quem estava unido contra qualquer tempestade.
No entanto, por trás dos sorrisos e olhares, havia uma presença que fazia o ar pesar. Paola, a ex-noiva do irmão de Fernando, observava tudo de longe com os olhos brilhando de ódio contido. A armação que fizera para afastar Bianca de Fernando não dera certo, e aquilo a irritava profundamente. A presença firme e segura da nova relações públicas no estaleiro era um lembrete constante de que seu plano fracassara.
Apesar do rancor que sentia, Paola sabia que precisava manter as aparências. Sua postura era impecável, o sorriso controlado, a expressão neutra. Quando foi chamada para a reunião com os funcionários para conhecer Bianca, ela acenou e cumprimentou a todos com educação fria, escondendo a raiva que consumia por dentro.
Fernando tomou a palavra, apresentando Bianca formalmente como a nova relações públicas da empresa.
— É com grande prazer que anuncio a chegada da Bianca à nossa equipe. Ela será responsável por fortalecer a imagem do estaleiro, especialmente após os recentes desafios que enfrentamos. Confio plenamente no talento e na competência dela — disse ele, lançando um olhar firme para Paola, que sentiu o golpe daquelas palavras.
A reação de Paola foi um leve sorriso, quase imperceptível, mas Bianca sentiu a tensão no ar, como se cada palavra fosse uma batalha silenciosa travada ali mesmo.
Mais tarde, na tranquilidade do seu novo escritório, Bianca organizava alguns papéis quando ouviu a batida suave na porta. Antes que pudesse responder, a porta se abriu, revelando Paola, que entrou com um sorriso falso e uma voz doce.
— Olá, Bianca. Achei que devia passar para lhe dar as boas-vindas pessoalmente e dizer que pode contar comigo para o que precisar... e quanto a mim e o Fernando, quero deixar claro... — disse ela, aproximando-se com passos calculados.
— Não precisa me dizer nada, até porque o meu marido não é um assunto que eu queira discutir com você. Obrigada pelas boas-vindas — disse Bianca, com a voz firme, interrompendo-a.
— Eu entendo, Bianca, e só queria esclarecer que o que dizem por aí sobre nós são apenas boatos maldosos.
— Se quer insistir nesse assunto, vou ser bem franca com você: para o seu bem, espero que seja mesmo boatos; e para o bem do Fernando, porque ele, mais do que você, me deve respeito . Não acha?Afinal ele que é casado comigo.
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