Fernando sentiu o chão tremer sob seus pés, a intensidade do ciúme e da raiva batendo forte contra seu coração. Cada suspeita formada em sua mente encontrava resistência na sinceridade dos olhos de Bianca, e ele lutava para controlar a avalanche de emoções que se agitava dentro dele.
Fernando sentiu o chão tremer sob seus pés, como se a própria terra estivesse reagindo ao turbilhão de emoções que o dominava. O ciúme corria por suas veias como fogo líquido, queimando cada pensamento, cada sensação, tornando seu coração uma máquina descompassada que batia forte demais, exigindo respostas que ele não sabia como dar. Ele encarava Bianca, e via nos olhos dela a sinceridade mais pura, aquele brilho que sempre o atraíra desde o primeiro momento, e que agora parecia desafiá-lo a confiar novamente. Mas a mente de Fernando, traiçoeira e cheia de medos, não permitia que a confiança florescesse. Cada sombra de dúvida se transformava em tempestade dentro dele, cada silêncio dela, mesmo que pequeno, parecia gritar que a qualquer momento ela lhe trairia.
Ele respirou fundo, tentando ordenar os pensamentos que se atropelavam. Passou as mãos pelos cabelos, nervoso, como se pudesse arrancar dali a ansiedade, mas nada ajudava. Ele se aproximou, instintivamente, querendo abraçá-la, buscá-la, sentir sua presença para se acalmar. Mas dessa vez, Bianca recuou. Um gesto simples, quase imperceptível, mas que fez Fernando sentir como se uma lâmina invisível cortasse seu peito.
— Me perdoe… — começou, a voz rouca de emoção e arrependimento. — Acho que estou ficando louco… você nunca me deu motivo para desconfiar de você, amor… é verdade, eu confesso: tenho medo de que me pague na mesma moeda o que eu te fiz… e por isso me tornei ainda mais ciumento do que já era.
Bianca respirou fundo, a respiração curta e tensa. Ela o olhava nos olhos, cada fibra do corpo preparada para se defender, mas também para manter a verdade entre eles.
— Pois eu não te perdoo… se você acha que eu desceria tão baixo a ponto de ir para a cama com o homem que eu te falei que me causou tanto sofrimento… você realmente não me conhece. Eu aprendi a me amar e me respeitar demais para me sujar com um sujeito como aquele. — A voz dela firme, quase cortante, mas carregada de dor.
Fernando sentiu um peso esmagador sobre o peito. Cada palavra de Bianca parecia martelar dentro dele, e ainda assim não podia culpá-la. A raiva e o ciúme lutavam contra o amor que sentia, formando um nó quase insuportável em seu estômago. Ele se aproximou mais, a intensidade do olhar implorando perdão, compreensão, qualquer sinal de que ela ainda queria ficar.
— O que posso fazer para você me perdoar, amor? — perguntou, a voz baixa, quase quebrada.
— Diga o que quer eu que faça para me perdoar .Eu faço .Até outro tapa eu aceito porque sei que estou merecendo.
Bianca respirou fundo, sentindo a mistura de raiva, amor e frustração explodir dentro dela. Era como se cada gesto, cada palavra de Fernando provocasse uma tempestade em seu coração.
— Como se te bater fosse aliviar a dor que você me causa toda vez que desconfia de mim. Se eu te dei aquele tapa foi na hora da raiva… eu acabei perdendo o controle, como sempre acontece quando você me trata como uma mulher que não sou. — Cada palavra carregava uma ponta de dor que Fernando só podia sentir, mas que ainda não conseguia compreender completamente.
Ela afastou-se um passo, e Fernando sentiu o vazio que aquele simples gesto deixava. A intensidade da discussão se misturava ao medo real de perdê-la, e ele sabia que precisava agir, mas não sabia como.
— Quer saber? — disse Bianca, a voz carregada de determinação.
— Eu vou pegar minha filha e vou alugar um apartamento para mim e ela. Com o salário que recebo, posso muito bem nos manter.
Fernando engoliu em seco. Um aperto no peito, uma mistura de desespero e incredulidade.
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