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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 229

O sol da manhã refletia sobre os vidros do carro de Fernando enquanto ele acelerava pela estrada em direção ao estaleiro. As mãos firmes no volante denunciavam a fúria que ele tentava esconder, mas o maxilar travado e os olhos escuros faiscando no retrovisor mostravam que a batalha interna ainda estava longe de terminar.

Bianca, por sua vez, vinha alguns minutos atrás, acomodada no banco traseiro do carro dirigido pelo motorista da família. Não queria dividir o mesmo espaço com o marido depois da discussão amarga. O silêncio, para ela, era quase um refúgio — embora não fosse suficiente para calar os pensamentos que a corroíam. Sentia-se ferida pela descrença de Fernando, sufocada pela desconfiança que parecia crescer a cada palavra dita.

“Será que um dia voltaremos a ser quem fomos?”, pensava, o coração apertado. “Ou estamos condenados a viver nesse ciclo de desejo e mágoa, nos consumindo pouco a pouco?”

Enquanto os dois travavam suas guerras íntimas em carros diferentes, no estaleiro, outra batalha se desenhava, muito mais perigosa.

Na sala ampla e envidraçada, Raul caminhava de um lado para o outro, inquieto. O primo de Fernando nunca aceitara viver à sombra do sucesso dele. A cada vez que via o nome Venturini sendo exaltado, sentia o sangue ferver nas veias. Paola, sentada em uma das poltronas de couro, observava-o com um sorriso calculista. Ela não tinha apenas ambição; tinha uma obsessão que lhe corroía a alma: Fernando.

— Apesar de tudo… da relação dos dois ficar estremecida...— disse ela, com a voz doce, mas carregada de frustração

—... o nosso plano não serviu para separar os dois.

Raul parou de andar e virou-se para encará-la, bufando.

— É, e confesso que isso me irrita profundamente. — Ele passou a mão pelo cabelo, os olhos semicerrados.

— Sabe o que descobri? Na semana que vem, eles vão se mudar para a imensa mansão que ele herdou.. Mais um prêmio para o querido Fernando. Parece que esse desgraçado só nasceu para se dar bem na vida.

Paola, no entanto, não parecia impressionada com a ganância dele. Seus olhos ardiam com outro tipo de desejo, mais íntimo, mais sombrio.

— Dinheiro… — murmurou, quase com desprezo.

— Eu não estou falando de dinheiro, Raul. O que eu quero é Fernando livre. Só para mim, no fundo acho que a filha deles que acaba prendendo Fernando a ela.

O primo riu, um som seco, carregado de incredulidade.

— Livre? acho difícil conseguirmos separar aqueles dois, apesar de tudo, se amam. Não é só pela filha que continuam juntos. Eles podem até estar se matando de raiva, mas preferem sentir essa raiva estando juntos do que separados

.As palavras de Raul só serviram para deixar Paola mais irritada.

Ela cerrou os punhos, as unhas cravando na palma da mão, mas não deixou a raiva transparecer. Pelo contrário, um sorriso frio surgiu em seus lábios.

— E se aumentássemos essa raiva? — perguntou, a voz baixa, carregada de malícia.

Raul estreitou os olhos, curioso.

— Como assim?

Paola inclinou-se na poltrona, cruzando as pernas com elegância.

— Fazendo Fernando duvidar daquilo que ele mais ama.

Raul franziu a testa.

— A filha?

— Exatamente. — O olhar dela faiscava de crueldade.

— Se conseguirmos plantar a dúvida de que a menina não é filha dele, vai ser como jogar gasolina na fogueira. Ele já vive em guerra com a própria confiança em Bianca. Imagine o que acontecerá se acreditar que foi traído primeiro… e pior, que está criando uma filha que não é dele.

Tramando contra o casal 1

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