Fernando respirou fundo, tentando controlar o turbilhão de emoções que o consumia. A provocação dela apenas inflamava seu desejo e a raiva ao mesmo tempo. Aproximou-se, colocando uma mão firme na cintura dela:
— Não é ameaça, Bianca. É aviso. Se estava querendo mais , poderia ter ido ao meu quarto… Eu teria te dado o que você queria , novamente com todo prazer . Mas me diga: foi melhor comigo ou com aquele imbecil?
Bianca o observou, o coração batendo acelerado, e com um sorriso irônico decidiu ferir seu orgulho e provocá-lo ainda mais:
— Eu vou responder sua pergunta ...Walter… é muito melhor que você em tudo. Inclusive na cama. Eu me arrependo de ter transado com você, mas… você sabe que eu sou fogosa, você é gostoso ,pode ser um mau caráter , mas é gostoso e por isso que não resisti. — A provocação estava em cada palavra, no tom seguro, quase desafiador.
Fernando sentiu o sangue ferver. Cada músculo do seu corpo se tensionou, a respiração ficando mais pesada, a ereção já pulsando com força contra a calça. A camisola curta que ela usava, , tão reveladora, deixava seu desejo fora de controle.
— É por isso que está vestida com esse pedaço de pano que mais mostra do que cobre… esperando pelo seu macho alfa.— A voz dele saiu grave, rouca, controlada com dificuldade, cada palavra carregada de desejo e possessividade.
— E se for você, não tem nada com isso. — Bianca respondeu, firme, provocando ainda mais o homem à sua frente.
Fernando não pôde mais se conter. A ira e o desejo explodiram juntos.
— Sua atrevida… eu vou lhe mostrar que sou muito melhor que aquele imbecil e é por mim que seu corpo treme de desejo .— murmurou, avançando em direção a ela, encurralando-a entre seu corpo forte e a parede, a sensação de sua ereção potente contra ela quase impossível de controlar.
Quando finalmente agarrou seus cabelos, inclinando-a para um beijo faminto , um som interrompeu o momento: passos pequenos, hesitantes, sonolentos. Valentina surgia na sala, despenteada, com o ursinho preferido na mão, os olhos semicerrados, recém-acordada.
Fernando recuou instantaneamente, a expressão se transformando. Ele olhou para a filha, e o calor da raiva e do desejo deu lugar a um cuidado instintivo, uma preocupação imediata. Bianca, percebendo o instante de distração, aproveitou para se recompor.
— Vou dar banho nela, arrumar a mamadeira e depois vamos visitar os seus pais — disse, pegando Valentina nos braços. A menina se aninhou nela, bocejando, ainda sonolenta.
Fernando respirou fundo, ainda irritado e excitado, mas controlando-se. Observava as duas, sentindo a necessidade de proteger sua filha, e ao mesmo tempo, lutando contra o desejo avassalador por Bianca. Ele sabia que aquele momento exigia autocontrole.
Bianca caminhou para o quarto da filha, Fernando a seguiu com o olhar, cada gesto dela parecia acionar um turbilhão de emoções dentro dele. O amor por Valentina misturava-se com a possessividade e a paixão que sentia por Bianca, tornando tudo ainda mais intenso.
Enquanto preparava o banho e a mamadeira, Bianca pensava: “Se não fosse você filha ,eu ia acabar fazendo besteira novamente, seu pai é um convencido ,mas mesmo assim eu sou louca por ele " .
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